Polícia diz ter provas de que morte de Bernardo foi premeditada


A Polícia Civil gaúcha afirma já ter reunido provas da premeditação do assassinato de Bernardo Uglione Boldrini, 11. O corpo do garoto foi encontrado, esta semana, em um matagal em Frederico Westphalen (a 447 de Porto Alegre e a 80 km de Três Passos, cidade onde ele morava).

A delegada Caroline Machado afirmou que vai indiciar o pai, o médico Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, e uma amiga do casal, a assistente social Edelvânia Wirganovicz, por homicídio qualificado. Os três estão presos desde segunda-feira.



A tese da polícia de premeditação se baseia no depoimento de Edelvânia, que confessou ter cavado a cova de Bernardo dois dias antes da morte do menino. O trabalho, diz a polícia, foi iniciado com uma enxada. Um dia depois, ela comprou uma pá e uma ferramenta usada para abrir buracos. As ferramentas foram apreendidas na casa de um parente dela.

Uma das suspeitas em investigação é que ela tenha cedido o apartamento para a aplicação da injeção letal no menino. A perícia vai dizer se foram usados remédios da clínica do pai da criança e até se o menino estava vivo quando foi enterrado. Outro indício de premeditação são as ligações trocadas pelas duas mulheres dias antes do crime. 

Enquanto a polícia investiga diversas motivações do pai e da madrasta para praticarem o crime, entre elas financeira, uma hipótese averiguada no caso de Edelvânia é que ela tenha sido paga. “Não dá para comparar as condições financeiras dela com as do pai e da madrasta”, diz a delegada.

Para a polícia, até agora, o papel das duas mulheres no crime parece melhor delineado pela investigação. A polícia já sabe que o pai não estava na cena do crime, mas diz ter indícios de que ele está envolvido na morte do filho. A babá que cuidou de Bernardo entre 2007 e 2009 disse, ontem, que não foi chamada pelo Ministério Público para prestar depoimento durante o processo que determinou a guarda do menino ao pai. A diarista Elaine Raber já havia afirmado em depoimento à Polícia Civil que Graciele tentou asfixiar o garoto em 2012, quando o próprio Bernardo confessou a agressão à babá.

O advogado Marlon Balbon Taborda, que representa a avó materna da vítima, ressaltou que já havia comunicado ao Conselho Tutelar de Santa Maria e ao Ministério Público de Três Passos que Bernardo sofria ameaças do pai e da madrasta e risco de morte.








Comentários

Postagens mais visitadas