Polonês abusado por padre pede R$ 155 mil de indenização à Igreja Católica


Um polonês, abusado sexualmente durante a infância por um padre, iniciou nesta quinta-feira (6) o primeiro processo civil em seu país cobrando uma indenização da Igreja Católica, anunciou a Fondation Helsinki para os Direitos Humanos (HFHR), que oferece apoio jurídico a vítimas.

O homem, identificado como Marcin K., reclama ante o tribunal de Koszalin uma indenização de 200 mil zlotys (R$ 155 mil) à paróquia e à diocese — o padre pedófilo foi condenado em 2012 a dois anos de prisão em regime fechado, em um processo penal.

"É o primeiro processo civil contra a Igreja Católica. Até o momento, mais de 15 pessoas foram condenadas por abusos sexuais, mas não houve um processo no qual a vítima cobra a responsabilidade não somente do autor do crime, mas também da instituição igreja", indicou à imprensa Adam Bodnar, vice-presidente da HFHR.

Em outubro do ano passado, a igreja polonesa rejeitou o mesmo pedido realizado por Marcin K.

O advogado Krzysztof Wyrwa, representante da igreja neste caso, indicou que a instituição não se sentia responsável pelo caso "já que um padre atua em sua paróquia de maneira autônoma".

O caso de Koszalin faz parte de uma série de casos de pedofilia na Igreja Católica na Polônia, que sacudiram esta instituição poderosa em um país onde mais de 90% das pessoas se dizem católicas.

O escândalo voltou à tona recentemente após a destituição pelo papa Francisco do núncio na República Dominicana, o arcebispo polonês Jozef Wesolowski, e ações contra um outro padre polonês suspeito de crimes contra menores na ilha caribenha.

O episcopado polonês rejeita a ideia de uma possível compensação para as vítimas de pedofilia da Igreja polonesa.







Comentários

Postagens mais visitadas