Jovem que matou seis taxistas no RS é condenado a 55 anos de prisão


Luan Barcelos da Silva, que confessou a morte de seis taxistas em 2013, foi condenado a 55 anos de reclusão por latrocínio. A condenação se refere aos três crimes ocorridos em Porto Alegre, na madrugada de 30 de março. A sentença foi dada nesta segunda-feira (17) pela juíza Betina Meinhardt Ronchetti, da 1ª Vara Criminal do Foro Regional do Alto Petrópolis. Cabe recurso da decisão, segundo o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
O julgamento das outras três mortes, duas em Santana do Livramento, e um na cidade vizinha de Rivera, no Uruguai, ainda não ocorreu.
A denúncia ajuizada pelo Ministério Público apontava o jovem como principal suspeito da morte dos motoristas na madrugada de 30 de março de 2013 em Porto Alegre. De acordo com a investigação, as vítimas foram mortas com tiros e tiveram objetos como telefones celulares e um rádio levados de seus carros.
Durante audiência, a juíza citou o depoimento de testemunhas que afirmaram ter comprado de Luan um GPS e um aparelho de som. Conforme os depoimentos, o jovem também queria vender um telefone celular e um rádio automotivo. Segundo a magistrada, Luan foi filmado pelas câmeras de segurança da rua usando roupas que foram reconhecidas por um amigo.
Além disso, Luan foi visto por uma testemunha abandonando um dos táxis roubados. A pena foi fixada em 55 anos de reclusão, em regime inicial fechado. Segundo a juíza, o crime é considerado hediondo.


O homem que confessou ter assassinado seis taxistas no Rio Grande do Sul foi detido no dia 13 de abril, em Porto Alegre. Os crimes foram cometidos em sequência, no final de março deste ano. Na madrugada do dia 28, o jovem assaltou e executou três taxistas em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste, sua cidade natal. Dois dias depois, viajou de ônibus para Porto Alegre e repetiu a série de três homicídios.
O caso começou a ser apurado pela Polícia Civil de Santana do Livramento. Imagens de câmeras de segurança indicaram a presença do jovem nos locais dos crimes. Digitais dele foram encontradas em um dos veículos das vítimas e o rastreamento dos celulares também confirmou a identificação.
Foi também com a ajuda de câmeras de vigilância que a polícia identificou o suspeito próximo aos locais de dois crimes na capital gaúcha. Ele vestia calças claras, casaco escuro e carregava uma mala de viagem na mão. Essas roupas foram encontradas no apartamento dele, e a perícia revelou que tinham manchas de sangue. Celulares das vítimas e uma passagem de Santana do Livramento para Porto Alegre também foram achados.
De acordo com o chefe da Polícia Civil, delegado Ranolfo Vieira Júnior, os crimes tiveram motivação financeira. Em depoimento, o suspeito relatou que precisava de dinheiro para pagar o aluguel do apartamento onde morava, no bairro Santa Cecília.
O suspeito morava havia dois anos em Porto Alegre, para onde se mudou depois de ser expulso do Exército. Na capital, o jovem estava desempregado quando cometeu a série de crimes.








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