Menino de três anos perde dedos em parquinho público de Palmas Segundo pai, escorregador estava com ferros soltos. Por demora do Samu, criança foi levada de moto para o hospital.


Natanael Borges dos Santos, de 3 anos, perdeu dois dedos da mão esquerda enquanto brincava em um escorregador em um parquinho público próximo ao Ginásio Ayrton Senna, em Taquaralto, na região sul de Palmas, na tarde de quinta-feira (28). O menino foi levado para o hospital, mas a cirurgia para o reimplante dos dedos não teve sucesso.


Segundo relatos do pai do menino, o técnico de contabilidade Terezino Borges da Silva, de 35 anos, o garoto caminhava com a mãe e o irmão, de 9 anos, perto do parquinho, quando os filhos pediram para brincar. A mãe só não imaginava que o escorregador, escolhido por Natanael, estava com ferros soltos. Em uma descida no brinquedo, o menino perdeu os dedos indicador e médio da mão esquerda.
De acordo com Terezino, o brinquedo estava estragado e já havia sido reformado pela prefeitura, mas havia uma parte de ferro solta no escorregador. "Eles colocaram uma chapa de ferro na lateral", explica. Quando a mãe, a dona de casa Charlene Alves dos Santos, de 29 anos, viu o que tinha acontecido começou a gritar. Um casal de comerciantes, Djeanny Alves Ribeiro e Alessandro Gomes Soares, ouviu e acudiram o menino. Eles levaram o menino para o estabelecimento deles e chamaram o Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência).


Como o socorro demorava a chegar, um motociclista que passava pelo local, Cícero Isidoro dos Santos, de 60 anos, foi quem ajudou. Ele disse que viu o irmão de Natanael chorando e perguntou o que tinha acontecido. Ao ficar sabendo, ofereceu transporte para a mãe. Charlene pediu para o filho mais velho recolher os dedos do irmão no parquinho e assim que foram encontrados, a mãe seguiu com Natanael para uma unidade de pronto-atendimento na carona da moto.
Na unidade de saúde, os profissionais colocaram os dedos em uma caixa de isopor com gelo e, percebendo a gravidade da situação, encaminharam o menino para o Hospital Geral de Palmas. O pai, que trabalha em um hospital particular da capital foi avisado e pediu para que o filho fosse operado na unidade privada. A cirurgia começou às 19h e terminou às 22h. Mas, a operação não teve êxito, já que as artérias finas em função da idade do menino, não permitiram o reimplante.



"Eu não sei explicar o meu sentimento. É um dano irreparável, não tem dinheiro que pague", comentou indignado Terezino. Na tarde desta sexta-feira (30) ele foi à delegacia registrar um boletim de ocorrência para pedir que a Prefeitura de Palmas retire o brinquedo do local.
Segundo o pai, depois que o menino se machucou parentes permaneceram no local para evitar que outras crianças se ferissem no brinquedo. "Era um lugar onde ele adorava brincar", disse Terezino.




Comentários

Postagens mais visitadas