No AP, 7 mil índios em três aldeias terão acesso a internet banda larga


Índios de três aldeias de Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá, terão acesso a internet banda larga, segundo informou nesta segunda-feira (17) o governo do Amapá. Ela será implantada nas aldeias de Kumarumã, Kumenê e Manga. O serviço faz parte da contrapartida oferecida pela empresa Oi e o governo estadual, responsáveis por instalar a tecnologia no Amapá. O anúncio ocorreu durante o lançamento da banda larga no estado.
As compensações foram estabelecidas devido as obras de cabeamento de fibra óptica passarem por terras de nove aldeias. Dessas, apenas três ganharam acesso a internet por reunirem as maiores populações indígenas. Ao todo, elas abrangem cerca de sete mil índios, calculou a Secretaria Extraordinária de Políticas Indígenas. O restante das comunidades foi beneficiada com telefones e oferecimento de cursos de capacitação.


As obras da fibra óptica no Amapá iniciaram em 2011 e tinham previsão para serem entregues no fim do ano seguinte, mas ficaram prontas somente em dezembro de 2013. O atraso, de a acordo com o governo, foi provocado pela demora em chegar a um acordo entre a Oi, estado e as aldeias.
"Os povos indígenas vão ter uma série de compensações oferecidas pela Oi, entre elas, acesso a internet, rádio para comunicação, centros de inclusão digital e capacitação. As obras atrasaram por causa da liberação das terras, entre outras burocracias", disse o governador do Amapá Camilo Capiberibe, sem dar prazo para o início das contrapartidas.

De acordo com o secretário de Políticas Indígenas, os centros de inclusão digitais serão implantados em escolas. "Os nossos professores vão poder ensinar melhor as crianças porque com a internet o ensino será melhor", comentou.
Além da internet por fibra óptica, implantação de laboratórios e capacitação de índios, as aldeias ainda ganharam 40 rádios transmissores para facilitar a comunicação entre as comunidades.
"Reunimos em assembleia com todos os envolvidos porque a obra não poderia passar pelas terras indígenas sem que houvesse uma compensação. Recebemos uma primeira proposta e depois ofertamos a nossa, que seria beneficiar as três comunidades com maior número de indígenas", comemorou o presidente do Conselho de Caciques dos Povos Indígenas de Oiapoque (CPIO) Paulo Silva.








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