COPA TOTAL SUDAMERICANA

MARCADO POR VIOLÊNCIA E EMAPTE SEM GOLS

Mesmo com a expectativa criada nos dias que antecederam o Superclássico, o jogo realizado em La Bombonera na noite desta quarta-feira decepcionou a torcida mandante. Apesar da pressão das arquibancadas, o Boca Juniors não conseguiu passar de um empate em 0 a 0 com o rival River Plate, e agora terá que buscar o resultado no território dos Millonarios para chegar à decisão da Copa Sul-Americana.

Após o empate sem gols, a grande decisão será realizada na casa do River Plate, desta vez apenas com torcedores dos Millonarios. O confronto no Monumental de Nuñez será realizado na próxima quinta-feira, novamente às 21h45 (de Brasília). O argentino classificado terá pela frente a equipe que passar no duelo entre São Paulo e Atlético Nacional, da Colômbia.

Ciente da importância de fazer o resultado no primeiro jogo do clássico, a torcida xeneize deu show já na entrada das duas equipes. O incentivo para receber sua equipe deu resultado, e o Boca Juniors dominou os primeiros minutos de jogo. Mesmo com um time superior tecnicamente, o River encontrava dificuldades para passar do meio de campo e trocar passes no ataque.

O domínio dos anfitriões, no entanto, não refletia em chances de gol. Apesar da empolgação por causa da festa da torcida, o Boca Juniors sofria com a falta de criatividade. Gago era o jogador mais lúcido no meio de campo, e foi quem mais levou perigo ao arriscar de fora da área. Chávez também chegou a dar trabalho a Barovero, mas nada que deixasse o torcedor do River preocupado.

Se as chances de gols não apareciam, o clássico ao menos não perdia uma de suas principais características. Aos 40 minutos, Teo Gutiérrez ficou caído, o Boca não colocou a bola para fora, e Ponzio deu um pontapé em Gago. Era o lance necessário para fechar o tempo. Após os empurrões, com praticamente todos os jogadores envolvidos, o primeiro tempo seguiu sem emoções.

Após uma etapa inicial sem jogadas perigosas, o Boca quase abriu o placar já no primeiro ataque, quando Barovero saiu mal do gol e Marín foi travado pela zaga no momento do chute. Já aos seis, Chávez chutou rasteiro, o arqueiro do River fez a defesa me dois tempos, mas precisou mostra velocidade para evitar com que Gago chegasse no rebote para marcar.

O River, aos poucos, passou a ter mais liberdade, e quando esteve no ataque mostrou sua qualidade. Carlos Sanchez foi buscar a bola na esquerda, cruzou rasteiro na pequena área e Teo Gutiérrez completou de letra para fora. Apesar da melhora, o jogo seguia muito tento, e em nova confusão entre Teo Gutierrez e Fernando Gago, o árbitro aplicou o cartão amarelo para os dois.

Com o passar do tempo, o jogo voltou ao mesmo cenário, no qual sobrava vontade, principalmente do Boca Juniors, mas faltava qualidade para o time mandante chegar ao gol da vitória. Desta forma, o River Plate, ciente do direito de decidir em casa na próxima quinta-feira, apenas neutralizou o rival. Para a decepção dos xeneizes, o empate sem gols persistiu em La Bombonera.

SOB PRESSÃO, SÃO PAULO PERDE COM PLACAR MAGRO

No dia em que sua aposentadoria voltou a ficar sob suspeita, desta vez devido a um desmentido do clube sobre ação do fornecedor de material esportivo, Rogério Ceni foi indeciso também em campo e contribuiu para derrota do São Paulo por 1 a 0 para o Atlético Nacional, em Medellín, na primeira semifinal da Copa Sul-americana. Em dúvida se sairia ou não da meta para ajudar a zaga, ele acabou sendo encoberto por Ruíz, na metade do primeiro tempo

O goleiro (que fez diversas defesas importantes depois da falha) e os demais jogadores brasileiros reclamam de erro da arbitragem na origem do lance, em marcação invertida de lateral. Queixam-se, também com razão, de jogada anterior na qual Alan Kardec foi derrubado com carrinho pelo goleiro Franco Armani, fora da área. O atacante, inclusive, foi substituído antes do intervalo, depois de receber uma segunda pancada na perna direita e não suportar continuar em campo.

Porém, sem balançar a rede ou nem sequer ameaçar a meta colombiana, o São Paulo agora terá que vencer o segundo confronto (daqui a uma semana, no Morumbi) por dois gols de diferença para avançar à final - ou por 1 a 0, tendo que decidir a vaga nos pênaltis. Os argentinos Boca Juniors e River Plate disputam a outra vaga.