Imagens mostram armas e facas usadas por presos em brigas no MA


Imagens exclusivas mostram policiais da Tropa de Choque da Polícia Militar do Maranhão e da Força Nacional retirando armas, facões, facas, celulares, drogas e até um caderno da contabilidade de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, em uma vistoria no presídio no dia 31 de dezembro de 2013.

O material pertencia a duas facções rivais que disputam o controle do presídio e controlam o tráfico de drogas na capital maranhense. Segundo um dos presos, logo que ingressam na unidade, o detento é pressionado e ameaçado a escolher em qual das duas facções fará parte.
Foi logo após a inspeção policiais em dezembro que o chefe de uma das facções, Wallison dos Santos, deu a ordem para que Hilton John Alves Araújo, o "Praguinha", seu comparsa do lado de fora das celas, iniciasse os ataques nas ruas, inclusive determinando que fosse incendiada a casa onde mora o comandante da tropa de Choque da PM, o que não ocorreu. Santos demonstrava revolta com a apreensão de uma pistola calibre 380, fogão, ventilador e outros pertences do grupo.

Três dias após a inspeção, vários tiros atingiram duas delegacias de São Luís e um posto da polícia e quatro ônibus foram incendiados.

Cinco pessoas ficaram feridas devido aos ataques. A menina Ana Clara, de 6 anos, morreu devido às queimaduras após ter mais de 90% do corpo queimado.
A intervenção policial no presídio começou após uma série de mortes no estado – foram mais de 60 casos dentro de penitenciárias, segundo relatório do Conselho Nacional de Justiça, obrigando o governo do Maranhão a decretar estado de emergência no sistema prisional.

“É uma coisa que eu jamais pensei que ia acontecer na minha família. Às vezes eu ligava a televisão, ficava vendo o noticiário, as crueldades que acontece, a gente muda de canal. A gente pensa que isso nunca vai acontecer com a gente”, diz o pai de Ana Clara, Anderson de Souza.











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