Jovem atropelada por ex-árbitro na Grande SP volta a ser internada Carolina Rodrigues, 19, foi atingida por carro de Oscar Roberto Godói. Acidente foi no sábado (24); ex-árbitro nega ter bebido ao volante.


Um dia depois de ter sido atropelada pelo ex-árbitro e jornalista Oscar Roberto Godói na Grande Sã Paulo, a estudante Carolina Rodrigues, de 19 anos, voltou a ser internada neste domingo (25). De acordo com a família, ela sente muitas dores de cabeça e precisou fazer novos exames.
Godói negou que estivesse bêbado ao volante, como afirmam os parentes da vítima.
O acidente ocorreu por volta de 17h na Rua Doutor Hamilton Prado, em Franco da Rocha, quando Carolina, a filha, de 6 meses, a mãe, Beth Rodrigues, 42, e o marido Rogério Santos de Oliveira, 32, tinham saído para fazer compras. “A dor de cabeça dela não cessou embora já tivesse tomado os remédios que o médico passou. Ela não conseguiu dormir, está com três galos na cabeça e isso me preocupa demais”, contou Beth. De acordo com ela, os médicos, assim que viram Carolina, recomendaram a internação.
A jovem foi atendida no sábado (23) após o atropelamento e liberada no mesmo dia. Na ocasião, o delegado Luís Roberto Hellmeister, responsável pelo caso, havia informado que a vítima tinha sofrido “escoriações leves”. No entanto, Beth contou que a filha está com “as costas ralada, em carne viva”. Acompanhado do delegado, Godói aceitou fazer exame de sangue para o teste de embriaguez. O resultado não está pronto ainda.
A mãe de Carolina afirmou que o ex-árbitro estava embriagado quando atingiu a família na faixa de pedestre. “Ele não falava coisa com coisa. Não tinha nem condições de ficar em pé”, disse Beth. “Eu tirei as chaves do carro para ele não sair dali”, completou a mãe da vítima, querendo evitar que o ex-árbitro deixasse o local antes da chegada da polícia.
Beth relatou que a família atravessou na faixa de pedestre e foi surpreendida pela chegada do carro dirigido pelo ex-árbitro. "Um rapaz na moto parou para a gente passar e, quando faltavam dois passos para chegar até a calçada, ele (o veículo) surgiu do nada." Segundo ela, Carolina bateu com a cabeça duas vezes no carro e a terceira, no chão. "Na hora, pensei que tivesse perdido minha filha", contou a mulher.
Outro lado
Por telefone, Godói negou que tivesse bebido. Questionado duas vezes pela reportagem, respondeu apenas “não” e afirmou: “deduziram isso”. Ele não quis dar detalhes do acidente e informou que pretende ajudar a família da moça. “Já fiz contato com a mãe dela e me coloquei à disposição para prestar todo o socorro necessário. É o mínimo que posso fazer para amenizar a dor dela”, contou Godói.
Apesar disso, o marido de Carolina, que é autônomo, informou que pensa em processar o atropelador. “Vou perder vários dias do meu trabalho para cuidar da minha esposa. Se eu não trabalhar, não recebo”, disse Oliveira, que trabalha fazendo frete. Beth, cujo emprego é de auxiliar de escritório, disse pensar da mesma forma. “A menina (Carolina) vai precisar de um especialista e não vou poder trabalhar para cuidar da neném.”
Carolina foi levada neste domingo para o Hospital Estadual Professor Carlos da Silva Lacaz, em Francisco Morato, Grande São Paulo. A Secretaria estadual de Saúde confirmou que ela fez tomografia na cabeça e está em observação.


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