Fifa gastou US$ 27 mi em filme que retrata Blatter como herói


Um filme sobre a história da Fifa que custou US$ 32 milhões, e em que o presidente Sepp Blatter é um dos heróis, será lançado na Sérvia, mas planos para um lançamento mundial não foram anunciados. O que está acontecendo?
Sepp Blatter está feliz de ter sido representado pelo ator inlgês Tim Roth. "Nesse caso o elenco foi bem escolhido", disse o presidente da Fifa quando ele encontrou o ator em um hotel. "Nós temos coisas em comum, vamos dizer, qualidades".
Roth, estrela dos filmes "Cães de Aluguel" e "Pulp Fiction: Tempos de Violência", representa o administrador suíço em "United Passions". O filme conta como a Fifa cresceu desde sua criação por um dedicado grupo de pessoas determinadas em Paris, em 1904, para se tornar responsável por uma indústria de bilhões de dólares.
O ator francês Gerard Depardieu faz o papel do presidente de longa data Jules Rimet, creditado por criar a Copa do Mundo, em 1930. O neozolandês Sam Neill é o antecessor imediato de Blatter, o brasileiro João Havelange.
A Fifa, que pagou US$ 27 milhões dos US$ 32 milhões do filme, diz que o filme é "aberto, autocrítico e muito agradável", já que lida com esforços para combater a corrupção. No entanto, foi insinuado que Blatter exigiu mudanças no roteiro.
Foi observado que o dinheiro investido equivale ao financiamento de um ano para o programa "Goal" da Fifa, que apóia o futebol em nações mais pobres.
O filme teve sua estreia no Festival de Cinema de Cannes no mês passado, com a Fifa enfrentando acusações de que o filme é um projeto vaidoso que mostra Blatter e Havelange como visionários de grande tino comercial.
"Tudo o que eu fiz até agora foi para o bem do futebol", diz o personagem de Blatter no trailer oficial do filme.
Há ecos não intencionais de problemas de imagem atuais da Fifa. Um oficial uruguaio é retratado dizendo à Jules Rimet: "Você precisa de dinheiro, (e nós) precisamos do campeonato mundial."






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