GIRO DE NOTICIAS























presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta segunda-feira (2) ao Congresso que aprove uma legislação anti-imigração, um dia depois de dizer que não cogitará um acordo para proteger imigrantes jovens e que encerrará um pacto comercial com o México se o vizinho não proteger mais a fronteira.

"O Congresso precisa aprovar imediatamente a legislação de fronteira, usar a 'opção nuclear' se necessário, para deter o influxo em massa de drogas e pessoas... aja agora, Congresso, nosso país está sendo roubado!", tuitou Trump. A opção nuclear é um procedimento parlamentar que, na prática, permite ao Senado decidir uma questão por maioria simples.








Trump reiterou seu pedido para que o México impeça as pessoas de entrarem nos EUA, dizendo que as "leis de fronteira (mexicanas) funcionam".

Um de seus tuítes aparentemente se referiu a um grupo de 1.500 homens, mulheres e crianças de Honduras, Guatemala e El Salvador que estão viajando em uma assim chamada "caravana de refugiados" organizada pelo Povo Sem Fronteiras, um grupo de defesa da imigração com sede nos EUA.

Uma das principais promessas de campanha de Trump foi construir um muro na fronteira sul dos EUA e insistir para que o México pague por ele -- o que o governo mexicano se recusa a fazer.

Trump disse estar aberto a negociar com democratas do Congresso para receber fundos para o muro em troca de proteção para imigrantes jovens que entraram no país como crianças, os chamados "Dreamers" (sonhadores).

O ex-presidente Barack Obama lançou o programa em 2012. Trump o cancelou em outubro, mas tribunais determinaram que por ora ele pode continuar em vigor.

Os EUA também estão envolvidos na renegociação do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês) com o México e o Canadá.

A porta-voz da Casa Branca não respondeu de imediato a um pedido de comentário enviado por email.

Apesar das concessões de Trump aos parlamentares democratas no tema da imigração, nenhum acordo ainda foi firmado. O Senado, que é controlado pelos republicanos, estudou várias propostas ligadas ao tema em fevereiro, mas rejeitou todas.

Nos primeiros meses da gestão Trump, o número de pessoas que cruzaram a fronteira ilegalmente e foram apreendidas recuou, mas a partir de abril de 2017 aumentou e ultrapassou o do governo Obama.













Abdel Fattah al-Sisi foi reeleito presidente do Egito com 97,08% dos votos válidos, segundo o resultado oficial das eleições presidenciais egípcias divulgado nesta segunda-feira (02/04). A participação no pleito da semana passada, no entanto, foi de apenas 41,05% dos quase 60 milhões de eleitores.

O ex-comandante do Exército egípcio obteve quase 22 milhões de votos, enquanto seu único adversário, Musa Mustafa Musa, recebeu um pouco mais de 656 mil, somando 2,92% dos votos.

Musa, presidente do partido liberal Al Ghad, é considerado um aliado de Sisi. Ele não participou de comícios durante a campanha eleitoral e quase não fez propaganda para se tornar mais conhecido da população.


Candidatos fortes da oposição abandonaram a corrida eleitoral no início do ano. O principal adversário foi preso e seu gerente de campanha espancado, enquanto outros candidatos desistiram de concorrer sob circunstâncias obscuras.

Sisi defendeu que seu governo não teve qualquer envolvimento na retirada da oposição, e repetidamente apelou aos egípcios para que comparecessem às urnas, prometendo uma eleição justa. A oposição, por sua vez, convocou os eleitores a um boicote, classificando o pleito de "uma farsa".

A comissão eleitoral egípcia, ao divulgar o resultado das eleições nesta segunda-feira no Cairo, reiterou que a votação da segunda-feira passada foi livre e justa.

O baixo comparecimento às urnas, no entanto, representa um possível revés para Sisi, que dissera antes do pleito enxergar a votação mais como um referendo sobre sua presidência do que uma eleição genuína. A imprensa estatal descreveu a baixa participação como uma traição ao Egito.

Nas eleições presidenciais realizadas quatro anos atrás, Sisi fora eleito para seu primeiro mandato com a mesma porcentagem de votos, 97%, mas a participação fora de 47%.

Alguns eleitores disseram ter recebido incentivos, incluindo dinheiro e comida, para ir às urnas neste ano, mas sem especificar quem fez as ofertas, relatou a mídia local e internacional. Autoridades defenderam que, se isso aconteceu, não foi patrocinado pelo Estado e foi extremamente limitado.














O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou nesta segunda-feira (2) uma investigação do parlamento boliviano sobre a Odebrecht, mas afirmou que nem ele, nem seu governo, estão envolvidos em casos de corrupção relacionados com a construtora brasileira.

"Vou a pedir à Assembleia Legislativa Plurinacional que faça uma profunda investigação de ex-autoridades como vem sendo veiculado em alguns veículos de imprensa", garantiu Morales aos jornalistas durante um evento em La Paz.

O objetivo, acrescentou Morales, é encontrar "os autores se ocorreu extorsão, propina, em licitações para a concessão de obras".

"Sou o mais interessado, o governo é o mais interessado em que se investigue esses atos de corrupção", acrescentou o presidente boliviano.


O presidente boliviano reiterou que o governo não está incluído no caso Odebrecht e garantiu que qualquer caso de corrupção no país será investigado.

Morales fez essas declarações durante um evento no Comando Geral da polícia boliviana, pouco depois de publicar no Twitter que o Executivo apresentará hoje mesmo no parlamento o pedido para formar uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) mista, integrada por deputados governistas e opositores.

A solicitação chega "depois que (o governo) obteve informação sobre a investigação que o Brasil realiza sobre a empresa Odebrecht e que cita a Bolívia", explicou Morales na rede social.















Autoridades do Estado de Borno, no nordeste da Nigéria, disseram nesta segunda-feira (02/04) pelo menos 18 pessoas morreram e 84 ficaram feridas em duas vilas da região após confrontos de militares e terroristas do grupo islâmico Boko Haram.

"As vítimas foram mortas enquanto tentavam escapar da luta entre os insurgentes e os militares", disse a Agência de Gerenciamento de Emergências do Estado de Borno(SEMA), que descreveu o incidente como um "ataque".

Segundo as autoridades locais, entre os mortos, está um soldado. Não ficou imediatamente claro se os outros mortos representavam apenas civis ou incluíam os jihadistas.

Fontes locais apontaram que os terroristas também atacaram uma base militar nos arredores de Maiduguri, a maior cidade da região.

"Dezoito terroristas do Boko Haram a pé atacaram a base militar enquanto sete homens-bomba atacaram moradores das aldeias próximas de Bale Shuwar e Alikaranti”, disse um oficial que pediu para não ser identificado à agência de notícias AFP. "Os terroristas dispararam morteiros contra as tropas", disse o oficial.

Se confirmado, o incidente seria o mais grave desde que o governo da Nigéria anunciou que está em negociando um acordo de cessar-fogo com os jihadistas.

Maiduguri, cidade quase três milhões de habitantes, incluindo milhares de pessoas deslocadas pelo conflito no país, está "cercada” por um muro de areia para evitar uma incursão do grupo jihadista. Mas os combatentes conseguiram escalar o muro, explicou Ba'Kura Abba Ali, membro das milícias civis que lutam ao lado do exército.

"Durante mais de uma hora excutamos grandes explosões e tiros na cidade", afirmou Ibrahim Gremah, morador de Maiduguri. A última tentativa de incursão na cidade aconteceu na semana do Natal.

Mais de 20 mil pessoas morreram e 2 milhões foram obrigadas a deixar suas casas na Nigéria desde o início da insurgência do Boko Haram, em 2009. Um dos episódios mais marcantes do conflito foi o sequestro em 2014 de 219 meninas pelo grupo no vilarejo de Chibok.















A ativista Winnie Mandela morreu aos 81 anos nesta segunda-feira (2), de acordo com informações do porta-voz oficial da família à BBC.

Winnie Madikizela-Mandela foi a segunda esposa de Nelson Mandela, o primeiro presidente negro da África do Sul. O casal foi um símbolo da luta anti-racista e contra o apartheid em todo o mundo.

Em entrevista ao jornal frânces Le Journal du Dimanche, Winnie destacou a sua importância na vida do líder político.

"Se eu não tivesse lutado, Mandela não teria existido, o mundo inteiro o teria esquecido e ele teria morrido na prisão como queriam as pessoas que o prenderam", afirmou Winnie.

A família deve se pronunciar ainda nesta segunda.





A ativista era considerada uma personalidade difícil de classificar.

Ela fazia parte de um bloco radical dentro do partido governista da África do Sul e foi forçada a trabalhar como soldada em Soweto durante o encarceramento de Mandela, que começou em 1964.

Devido à sua pouca popularidade diante do público, ela foi banida do lar que tinha com Mandela e deixada à margem pelo governo do apartheid.

Winnie Mandela voltou à cena política ao fazer parte do braço armado do Congresso Nacional Africano (CNA), o Umkhonto we Sizwe, nos anos 70. Ela acabou se tornando uma das mais importantes e respeitadas representantes do partido, com enorme apoio da população.

Porém, durante esse período, ela foi acusada de se envolver em delitos graves, como o assassinato de Stompie Seipei, de 14 anos.

"Estávamos em guerra. Líamos sobre a Alemanha nazista, e equiparávamos nossa situação à Alemanha nazista. A luta é um trabalho ingrato. Não saí por aí dizendo: 'Bom trabalho, bom trabalho'", declara em entrevista ao HuffPost US.

Sobre o seu relacionamento com Mandela, Winnie afirma que o líder político era um "ser humano normal, não apenas um mito."

A ativista divergia de Mandela na luta contra o regime segregacionista.

"O que fiz deliberadamente foi manter vivo o nome de Mandela e de seus companheiros de prisão. Para alimentar a luta, tinha de me expor à violência e à brutalidade do apartheid. Eles, na prisão, nunca foram torturados como nós fomos", compartilha em entrevista ao jornal frânces. "Ele era livre para acreditar na paz e nós, que sofríamos a violência do apartheid, não estávamos tão à vontade com esta noção. Não restou outra opção a não ser responder à violência com violência."

O casal se separou em 1996. Eles estavam casados desde 1958, 6 anos antes de ele ser condenado à prisão perpétua pelo regime segregacionista.
















O ex-presidente regional da Catalunha, Carles Puigdemont, alegou à Justiça da Espanha que, durante a realização do referendo de independência de 1º de outubro de 2017 - considerado ilegal pelo Tribunal Constitucional -, não houve "nenhum tipo de violência", por isso ele não acredita que o crime de rebelião do qual é acusado esteja justificado.

Puigdemont, que permanece detido há uma semana no centro penitenciário de Neumünster na Alemanha, está sendo processado na Espanha por rebelião e desvio de recursos públicos, entre outros crimes.

No recurso apresentado por seu advogado no Tribunal Supremo (TS), ao qual a Agência Efe teve acesso, o ex-presidente catalão assegura que durante a consulta separatista, apenas alguns cidadãos "teriam se excedido" em sua "resistência passiva", mas alega que foram "casos isolados", por isso não cabe o seu indiciamento por rebelião.

Nos autos do processo, o juiz Pablo Llarena baseou sua acusação em dois conceitos-chave: que houve violência encorajada a partir das instituições na busca pela independência e que esse plano permanece "latente", à espera de ser reativado quando for possível.

Cinco dias depois, o magistrado aceitou que tanto Puigdemont como seus ex-conselheiros no governo catalão Lluis Puig e Clara Ponsatí, ambos foragidos e processados, fossem incluídos no sumário que instrui o fracassado processo independentista na Catalunha.

Ponsatí, que também está sendo processada pelos crimes de rebelião e desvio, se apresentou na semana passada à Justiça escocesa, país para o qual viajou partindo da Bélgica para dar aulas em uma universidade, enquanto Puigdemont, sobre quem pesam os crimes de desvio e desobediência, fez o mesmo na Justiça belga. Ambos também são requeridos pela Justiça espanhola.

No recurso, Puigdemont, Ponsatí e Puig pedem a "nulidade das ações por falta de competência objetiva do tribunal" e negam a existência de crime de rebelião e de desvio.

"Por violência não cabe entender as manifestações de protesto nem as ações reprováveis e isoladas dos que causaram danos", diz o texto em referência aos argumentos utilizados por Llarena para imputar a eles o crime de rebelião.

Esses fatos isolados "poderiam no máximo implicar a comissão de um tipo penal de desordem pública e sempre a cargo de quem fizesse essas ações", acrescentou a defesa no recurso.

A violência foi o elemento-chave que determinou que o magistrado considerasse que 13 dos 25 indiciados pelo processo independentista incorreram em um crime de rebelião, já que sabiam que "o fanatismo violento de muitos de seus seguidores" poderia ser suscitado por suas ações.

O juiz não hesita em afirmar nos autos do processo que a rebelião, um crime que pode ser punido com penas de entre 15 e 25 anos de prisão, "é plenamente exigível a quem, conhecendo a ineludível explosão social que já resultava inerente aos fatos, o incorporaram em sua atuação criminal".













Moradores de São Paulo (SP) e Brasília (DF) relatam terem sentido um tremor de terra na manhã desta segunda-feira (2). Alguns prédios foram evacuados nas duas localidades, segundo relatos.

O tremor seria reflexo de um terremoto de magnitude 6,8 na Escala Richter que atingiu a região de Carandayti, na Bolívia, na manhã desta segunda, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).

“Esse fenômeno não é incomum para sismos com essas magnitudes. Grande parte das pessoas em andares mais altos de prédios puderam sentir a vibração das ondas emitidas por este tremor que ocorreu a mais de 1500 km de distância”, afirma o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo.

Segundo o órgão, o tremor foi detectado por volta das 10h43, horário de Brasília.

A ferramenta da universidade para registro de temores mostra que há relatos de tremores registrados nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Há ocorrências também no estado de Santa Catarina.









O uruguaio Nobil Barrera, CFO da Assist Card Internacional, que trabalha no 16º andar de um prédio na altura do número 1000 na região da Avenida Paulista, em São Paulo, afirma que sentiu uma vertigem por volta das 10h30. De acordo com ele, a sensação foi compartilhada por outras pessoas que estavam no mesmo andar.
Ele conta que percebeu que algo estava acontecendo quando o lustre próximo a uma das janelas começou a se mover por cerca de 20 centímetros. “Foi um movimento bem forte”, relata. Segundo ele, o tremor pode ter durado cerca de 5 ou 6 minutos.

Já a administradora de empresas Danielle Marques, coordenadora operacional da Regus Brasil, que trabalha no oitavo andar do mesmo prédio, não sentiu o tremor, mas conta que pessoas que estavam nos 12º e 16º andares relataram a ocorrência. O edifício foi evacuado.

Por volta das 11h, o prédio do Ministério Público de São Paulo, que fica na Rua Riachuelo, no centro, foi esvaziado. O Corpo de Bombeiros afirma que às 11h30 recebeu uma ocorrência de abalo sísmico na Rua Cincinato Braga, 321, no centro da cidade, e também na Rua Boa Esperança, 267, na Vila Maria, na zona norte.










Em Brasília, o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal relatou ao Estadão que recebeu vários pedidos de avaliação da estrutura de prédios. Ao Estadão, o professor de Sismologia do Observatório Sismológico da UnB, Lucas Vieira Barros, confirmou que o tremor foi sentido em alguns locais do Brasil.














Parte das máquinas caça-níqueis apreendidas em cassinos clandestinos no Espírito Santo estão sendo transformados em computadores. O plano é de que eles sejam usados por crianças carentes em escolas e projetos sociais.

Dentro dos gabinetes de madeira das máquinas ficam monitores, placas de vídeo, processadores e estabilizador de energia. Há também teclados. Mas, por serem frutos de apreensões, o mais comum é que tudo seja destruído.

"O caminho natural, após a realização da perícia, é que essas máquinas sejam destruídas. Contudo, com essa parceria que fizemos, estamos representando pela doação desses componentes eletrônicos para que seja dada uma nova destinação", falou o delegado Ícaro Ruginski.


O trabalho é feito no Instituto Nacional de Erradicação da Carência Escolar e Social (Ineces), em Vitória. O porteiro Marcos Schimidt é um dos voluntários e faz o trabalho de avaliação das peças e montagem dos computadores.

"Geralmente dá pra aproveitar boa parte das placas-mãe. O HD, as memórias, os teclados, o monitor, são partes que parecem ser velhas, mas que estão em bom estado", explicou.

O porteiro aprendeu sozinho tudo o que sabe de informática. "É aquela velha história da criança que desmonta o radinho do pai e depois tenta montar de novo. Fui fazer a mesma coisa para ver se dava certo ou não. No caso da informática, como eu trabalho em prédio, sempre fui conseguindo sucatas e mexendo, analisando, montava e desmontava para ver se dava certo", contou.


Recentemente, vinte máquinas caça-níqueis foram transformadas em três computadores para a sala de informática do projeto social Arca de Noé, em Cariacica.

"A inclusão digital é muito importante para as crianças e adolescentes que frequentam o projeto. Eles vivem em uma área de vulnerabilidade social muito forte, então esses computadores vão contribuir bastante com o crescimento e maturidade deles. Se a gente fosse comprar, não ia sair por menos de R$ 20 mil", explicou a coordenadora Cláudia Oliveira.

O projeto atende cerca de 70 crianças e adolescentes, que frequentam o espaço quando não estão em aulas. Muitos não têm computador em casa e no local conseguem a chance de usar.

"Antes, a gente ficou um tempo sem mexer no computador porque tava estragado. Foi muito bom que chegaram mais computadores para a gente fazer mais pesquisas, ter aulas de informática, coisas assim", explicou a estudante Samira Oliveira, de 11 anos.












O governo do Estado divulgou lista com 184 municípios baianos que se encontram em situação de emergência por conta da seca.

Os dados são da Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec) e foram atualizados na última quinta-feira (29).


Atualmente, o número de municípios em emergência corresponde a 44% do total de cidades do estado.

Somente na semana passada, o governo decretou situação de emergência para 144 municípios.












O coordenador especial de Diversidade Sexual da prefeitura do Rio de Janeiro, Nélio Georgini, registrou ocorrência hoje (2) na 15ª Delegacia de Polícia, na Gávea, zona sul, onde mora. Ontem (1º), o coordenador informou, por meio de nota, ter sofrido um ataque a tiros em Benfica, na zona norte.

Ainda abalado, o coordenador disse à imprensa, antes de registrar a ocorrência, acreditar que o ataque não teve características de uma tentativa de assalto. De acordo com Giorgini, uma moto com duas pessoas acompanhou, por quatro quadras, o carro, um Chevrolet Cruze, em que ele estava com os pais e o marido, Ronni Adriani, após almoçarem no restaurante Adonis. Giorgini estava sentado na frente, no banco do passageiro. Segundo ele, os criminosos apontaram a arma para sua cabeça por cerca de cinco minutos.

“Quando a gente saiu da Rua Tavares Ferreira e virou [na Rua Ana Neri], eu só escutei o grito do Ronni: ‘Eles vão atirar!’. Os tiros foram lá no final, já chegando na Rua Dr. Garnier. Eles foram acompanhando o carro desde a Tavares Ferreira até a Dr. Garnier. Do meu lado, com a arma apontada”, disse.

O coordenador contou, aos jornalistas, que os homens não anunciaram o assalto. “Essa é a nossa curiosidade, porque normalmente se jogam na frente do carro e para o carro para levar o carro. Não anunciaram nada, simplesmente nos acompanharam quatro quarteirões com a arma apontada para gente. Estavam de capacete azul, claro. Não deu para ver a moto, foram cinco minutos de pânico total”.

Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado como crime de tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte). “A vítima foi ouvida, nesta segunda-feira, na unidade policial [15ªDP]. As investigações vão ficar a cargo da 25ª DP (Engenho Novo), responsável pela área onde ocorreu o fato”.

Após fazer o registro na delegacia, Giorgini disse que a reação que teve durante o ocorrido não é recomendada pelas autoridades policiais, pois pediu ao marido para acelerar o carro. 

Vulnerável

Giorgini afirmou que confia na investigação policial, mas que o fato de ocupar um cargo público pode deixá-lo mais vulnerável a sofrer violência. “Dizer que o cargo não me expõe, eu estaria mentindo. Afinal de contas, uma das grandes questões que a gente tem que levar no dia a dia dos LGBTs é a violência. A gente tem que lidar com isso, é uma coisa que a gente tem que fazer. Eu não gosto de trabalhar com a desgraça alheia, mas é uma das questões de ofício do meu cargo. Mutilações, violências e agressões são comuns da pasta LGBT, mas nem por isso eu posso relacionar isso com o que aconteceu ontem. Se houver algum tipo de relação, quem vai poder dizer é a polícia”.

O coordenador disse que não pretende solicitar escolta ou segurança pessoal. “O dia que eu chegar a esse ponto, eu vou estar desacreditando no poder policial do Rio de Janeiro. Eu quero acreditar no poder policial. Neste ano e pouquinho que estamos trabalhando na coordenadoria, não tenho o que reclamar da polícia, nem da PM, nem da Polícia Civil. Eu tenho que acreditar no estado”, afirmou, ao lamentar que "moradores do subúrbio, onde cresceu e onde os pais ainda moram, tenham que conviver com esse tipo de violência cotidianamente".

"O subúrbio sempre foi largado, a gente sempre teve que lidar com essa direção do carro abrupta. É um absurdo, independentemente de ser gay, evangélico ou qualquer coisa, isso não pode acontecer. Eu não posso ficar com medo de sair da minha casa e ir para casa dos meus pais", afirmou.

















Comentários

Postagens mais visitadas