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Fernandinho Beira-Mar vai a júri popular por mortes em rebelião no Rio
O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira Mar, será ouvido em júri popular no dia 13 de maio no Fórum do Rio, no Centro da Cidade. A informação foi confirmada na tarde desta terça-feira (14) pelo Tribunal de Justiça do Rio.
Beira Mar será julgado por homicídios qualificados durante a rebelião no presídio de Bangu 1, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, em 2001, quando pelo menos quatro traficantes de facções rivais foram mortos a mando dele.
O traficante foi, após este fato, transferido frequentemente de unidade de segurança máxima até chegar a Catanduvas, no Paraná, onde está atualmente preso. Por cada assassinato, Beira-Mar pode pegar 30 anos de prisão.
O traficante foi preso em maio de 2001 na Colômbia. Ele já havia sido condenado a 80 anos de prisão em 2013. A pena foi dividida em 30 anos por cada homicídio, dos também traficantes Antônio Alexandre Vieira Nunes e Edinei Thomaz Santos, e mais 20 anos por tentativa de homicídio, de Adaílton Cardoso de Lima, que sobreviveu.
Beira-Mar conseguiu abrir caminho dentro do presídio e invadir as galerias onde ficavam as facções rivais, tendo entre as vítimas o traficante Ernaldo Pinto Medeiros, o Uê, que teve o corpo dilacerado e queimado. Outros 19 criminosos participaram da ação junto com Beira-Mar.
Laudo detalha crueldade contra chinês torturado no Rio
Detalhes do relatório médico, do laudo do Instituto Médico Legal (IML) e do depoimento de um chinês vítima de tortura no Subúrbio do Rio, são partes fundamentais do processo do Ministério Público do Trabalho (MPT) que investiga situação de trabalho escravo em, pelo menos, três pastelarias do Rio.
Em depoimento, o rapaz contou como eram as agressões. “O dono [da pastelaria] lhe agredia com o rolo de massas nas partes internas das pernas, virilhas e usou uma concha de sopa para lhe agredir no rosto e acabou pegando a orelha e que ela sangrou e ficou inchada. Mês passado o dono usou um cano de plástico para lhe agredir na cabeça. Ele falava para o dono que não queria mais trabalhar para ele porque apanhava, e o dono respondia que investiu despesas nele e, por isso, deveria continuar o trabalho”, diz o depoimento do jovem chinês, que precisou ser acompanhado por um tradutor, já que não fala português.
De acordo com o laudo do IML, que em quatro páginas detalha as marcas das torturas e os inúmeros ferimentos na vítima, as lesões foram produzidas por meio cruel.
“A exuberância, a quantidade, e a diversidade de tipos de lesões observadas sobre o corpo do periciado, em quase todas as principais regiões corpóreas, bem como as flagrantes características de diversidade temporal, atestadas pelas diferentes fases de evolução cicatricial, vendo-se a coexistência de lesões, recentes e antigas, em uma mesma região do corpo, não deixam dúvida sobre o caráter de continuidade e crueldade sobre elas empregado”, detalha o laudo.
O proprietário da pastelaria foi preso em 2013 e responde pelos crimes de redução à condição análoga a de escravo, frustração de direitos assegurados por lei trabalhista, omissão de socorro e crime de tortura. O rapaz foi resgatado da pastelaria em abril de 2013 e imediatamente encaminhado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, onde ficou internado.
As denúncias foram antecipadas pelo jornal "O Globo". O primeiro caso chegou ao conhecimento do MPT há dois anos, quando um rapaz foi hospitalizado com queimaduras no corpo. Além de ser obrigado a trabalhar sem remuneração, a vítima era alvo de castigos diários e jornada de trabalho exaustiva em uma pastelaria de Parada de Lucas.
“Ele levava coronhadas e apanhava todos os dias. Os vizinhos ouviam os gritos, mas como não eram de socorro, não sabiam do que se tratava. Um dia o patrão jogou uma panela quente nas costas dele. A vizinhança chamou a polícia, e o menino foi hospitalizado”, diz a procuradora Guadalupe Louro Couto.
Além de condições de trabalho degradantes, o rapaz trabalhava das 5h às 23h e cuidava de toda a produção da pastelaria. Quando demonstrava exaustão, era submetido aos castigos. De acordo com a procuradora, o local onde o chinês foi encontrado é assustador.
“Aquela foi a pior semana da minha vida. É um lugar horrível, a pior situação a que um ser humano pode ser submetido. Dá muita indignação saber que ele era torturado diariamente”, lamentou Guadalupe. O rapaz vítima das agressões foi colocado no programa de Proteção à Testemunha, pois o MPT teme que ele seja alvo da quadrilha responsável pela vinda desses chineses para o Brasil.
Homem é baleado e morre durante confusão na Barra da Tijuca, Rio
Um homem foi baleado e morreu durante uma confusão na tarde desta terça-feira (14), na Praia da Barra de Tijuca, na Zona Oeste do Rio. De acordo com a PM (Recreio dos Bandeirantes), a vítima teria tido um "surto psicótico" e tentou agredir com uma faca militares da Aeronáutica, na na Avenida Lúcio Costa. Um deles reagiu e atirou, causando a morte.
Segundo testemunhas, o homem desceu de um carro e ameaçou as pessoas com um facão e um soco inglês, quando os batedores que passavam pelo local o deram voz de prisão. Ele insistiu e tentou atingir um dos militares com o facão. Os agentes deram um tiro para o alto, mas o homem persistiu e foi atingido com um tiro no braço. O homem ainda tentou dar uma última facada no batedor, quando foi atingido por mais disparos e morreu.
Agentes da Divisão de Homicídio da Polícia Civil isolaram a área e a Avenida Lúcio Costa foi fechada para a realização da perícia. Por volta das 18h30, o trânsito ficou travado na região.
Atendimento é falho em tenda para pacientes com suspeita de dengue
Cinco tendas para atender pacientes com suspeitas de dengue já deveriam estar funcionando segundo a Prefeitura de São Paulo, mas a estrutura ainda não está totalmente pronta para o atendimento em parte delas, conforme constatou.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, tendas no Jaraguá, no M’Boi Mirim e em Cidade Ademar já funcionam normalmente. Na de Cidade Ademar, porém a equipe de reportagem viu que médicos e enfermeiros não trabalhavam e apontavam como motivo disso a falta de uma máquina. Eles previam que o serviço será normalizado nesta quarta-feira (15) "inclusive com a máquina de exame rápido para apoio ao tratamento".
Segundo a secretaria, o atendimento está em fase de adaptação no local, mas é feito desde segunda. O atendimento é feito dentro da subprefeitura.
Outra tenda, a da Freguesia do Ó, na Zona Norte, passaria a funcionar nesta terça, segundo a Secretaria da Saúde. O serviço, porém, não estava à disposição por volta das 7h, conforme constatado pela reportagem. Em nota, a pasta afirma que o equipamento começou a funcionar às 8h30 e que conta com o atendimento de três médicos..
Apenas a UBS vizinha, na Vila Palmeiras, atendia as pessoas com suspeita de dengue. O local estava lotado pela manhã. A auxiliar administrativo, Ana Beatriz Félix conta tenta há uma semana descobrir se seu filho tem dengue. “Ontem eu vim, e era duas horas em média para ser atendido. Hoje eu venho de novo e eles não têm pediatra”, disse nesta terça.
A secretaria diz que “a UBS Elísio Teixeira Leite (Jaraguá) possui cinco médicos generalistas, um clínico e um pediatra e a UBS/AMA Vila Palmeiras (Freguesia do Ó) atendem seis clínicos e um pediatra”. A nota acrescenta que “qualquer médico está habilitado para fazer o acompanhamento e tratamento de hidratação dos pacientes com dengue”.
Na tenda do Jaraguá, o aposentado Valter Marconi afirmava que não tinha médicos para prestar o atendimento na segunda-feira à noite. Voltou na manhã desta terça e foi atendido.
De acordo com a Prefeitura, o horário de atendimento das tendas é de segunda a sexta-feira, 8h00 às 18h00 (exceto a tenda da Brasilândia que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 18h00).
Mãe de quíntuplos deixa UTI e visita bebês na tarde desta terça
A mãe dos quíntuplos, que nasceram nesta segunda-feira (13), teve alta na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Sepaco, na Zona Sul de São Paulo, na manhã desta terça-feira (14) e irá visitar os bebês pela primeira vez na UTI neonatal. O quadro clínico das crianças evolui bem, segundo o hospital.
A encarregada de vendas Karina Bárbara Barreira, de 35 anos, ainda não havia sido transferida, por volta das 16h, para quarto onde estava internada preventivamente desde o dia 10 de março. Logo depois da transferência, ela irá na UTI neonatal para ver os bebês. A assessoria do hospital chegou a confirmar por volta das 15h que a visita já havia acontecido, mas houve um atraso na saída da mãe da UTI e o encontro ainda não ocorreu.
“Nesta noite nós optamos por deixá-la na UTI por uma questão de segurança e de conforto, porque ela ficou sonolenta após a anestesia, mas ela não apresentou nenhuma intercorrência”, afirmou o superintendente médico do Hospital Sepaco, Linus Pauling Fascina. De acordo com Fascina, ela deve ter alta do hospital em 72 horas, mas as crianças permanecerão internadas até atingirem o peso mínimo de 1,8 kg.
O maior receio dos médicos era a readaptação do útero de Karina. “Ela teve uma ótima evolução durante a noite. Ela está ansiosa para rever os seus bebês. Ela os viu quando nasceram, mas agora quer tocar um pouquinho mais e fazer um pouco mais de carinho”, contou.
O pediatra Lúcio Flavio Lima explicou que, além de todas as imaturidades orgânicas, eles enfrentam a imaturidade imunológica. Os cinco bebês chegaram a receber ventilação mecânica, mas apenas uma menina permanecia entubada nesta manhã.
A equipe médica precisou promover a ventilação mecânica por conta de insuficiências respiratórias. Com a evolução positiva, quatro das crianças passaram a utilizar apenas um cateter nasal. A menor das bebês, que nasceu com apenas 0,595 kg e que provocou a antecipação do parto, está com o equipamento no nariz.
“A recuperação é boa, mas tudo é muito delicado, não dá para prever nada. O próximo passo é a nutrição, porque o intestino também é imaturo”, contou.
A alimentação nas primeiras horas após o parto foi administrada pela veia desde na noite de segunda-feira. Como os bebês evoluíram bem, a equipe médica deve começar a nutri-los por meio de sonda entre esta terça e quarta-feira (15).
“Elas não têm capacidade de deglutir ou sugar. Essa fase de crescimento, que acompanha o amadurecimento do sistema nervoso, demora entre 3 e 4 semanas”, explicou Fascina.
Bebê cai do 2º andar de casa dentro de piscina e é salva por policial
Policiais militares conseguiram salvar uma criança de um ano, que se afogou após cair do segundo andar da casa que mora dentro de uma piscina, no bairro Barramares, em Vila Velha, na Grande Vitória, nesta terça-feira (14). Foi o soldado Cerqueira quem realizou os procedimentos de salvamento, como massagem respiratória e respiração cardiopulmonar. Ágata Soares da Silva foi levada para um hospital particular do município e está internada em estado estável.
O soldado contou que estava fazendo uma patrulha no bairro, junto com outros policiais, quando os pais da criança e vizinhos começaram a gritar na rua para que eles ajudassem a socorrer.
"Começaram a gritar que a menina tinha caído do segundo andar, mas quando cheguei na casa, vi que tratava de um afogamento. Como já fui guarda-vidas, sabia como proceder, pois fiz curso. Ela estava com roxidão na boca, o que indicava grau dois ou três de afogamento. Graças a Deus, com os procedimentos, ela conseguiu voltar a si", falou o policial.
Assim que Ágata recobrou a consciência, foi levada pelos policiais para o hospital. "Resolvemos não esperar por Samu e nem bombeiros, assim que ela voltou quase ao estado normal, já corremos com ela para o hospital. Ficamos com medo de que ela voltasse a ter uma parada cardiorespiratória, o que poderia ocorrer", contou o soldado Cerqueira.
A menina foi levada para o Hospital Santa Mônica, em Vila Velha, onde foi entubada e segue internada em estado estável. Como a equipe que estava com o soldado realizou o resgate, irá permanecer na unidade de saúde durante todo o tempo que ela ficar no local.
De acordo com relatos dos pais aos policiais, no momento do acidente a mãe e o pai estavam na sala da casa e Ágata acabou passando por um portão na cozinha, no segundo andar, caindo na piscina.
"A mãe não soube dizer se o portão já estava aberto, mas quando ela deu falta da criança, começou a procurar e viu o local aberto. Ela olhou na piscina e viu a menina desacordada. Ela acredita que o bebê ficou cerca de quatro minutos na piscina", disse Cerqueira.
Turista espanhol morto em assalto na Bahia fazia tour na América Latina
O corpo do turista espanhol Hugo Calavia Blanco, de 36 anos, morto após assalto no bairro de Itapuã, em Salvador, permanece no Departamento de Polícia Técnica (DPT) da capital baiana e deve ser liberado após a chegada de algum parente. Segundo a polícia, familiares da vítima foram avisados da morte nesta terça-feira (14).
Hugo havia chegado a Salvador no dia do crime, na segunda-feira (13), vindo do Equador. Ele estava fazendo um tour pela América Latina e se encontrou com um amigo espanhol que vive na capital baiana há 7 meses, Alberto Aroz, de 36 anos.
Eles foram abordados em Itapuã por dois homens, que atiraram e levaram o carro em que estavam os espanhóis. Hugo morreu na hora.
Aroz, que também foi baleado pelos bandidos, foi socorrido por policiais. Ele passou por uma cirurgia no mesmo dia do crime e tem saúde estável nesta terça-feira, segundo informações da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab).
Ainda segundo a Sesab, ele será transferido para um hospital particular, mas a assessoria não informou o nome da unidade de saúde. Alberto Aroz está consciente e conversando com os médicos.
Segundo a polícia, o carro levado pelos bandidos foi alugado na capital baiana. O veículo ainda não foi encontrado nem os suspeitos do crime foram presos.
A Polícia Civil pede que quem tiver visto o carro entre em contato por meio do Disk Denúncia: (71) 3235-0000. O veículo é um Ford Ecosport preto, de placa PUI-5355, de Belo Horizonte.
Ainda de acordo com a polícia, o caso está sendo investigado pela Delegacia do Turista (Deltur), com apoio da 12° Delegacia Territorial de Itapuã.
Polícia do DF prende suspeito de matar com bala de 'abater elefantes'
Policiais da 2ª DP, na Asa Norte, em Brasília, prenderam na manhã desta terça-feira (14) o dono de uma loja de som automotivo suspeito de matar o funcionário da loja vizinha à dele com um tiro de escopeta na sexta-feira (10), na 707 Norte. Segundo o delegado Laércio Rosseto, a bala calibre 12 usada no crime é de alta letalidade e usada para “matar elefantes”.
A vítima, Marcos José da Silva, de 32 anos, foi atingida no adbome e morreu a caminho do Hospital de Base. “A letalidade da munição usada por ele é muito maior que outras”, disse Rosseto. “É altamente destrutiva, usada para matar elefantes. A polícia investiga se a escopeta teve o cano serrado, para ser usada a curta distância e causar maior estrago. Quando disparada, as esferas contidas nela [na munição] se espalham.”
De acordo com o delegado, o crime ocorreu após uma discussão por conta do carro de uma cliente da loja da vítima, que estava estacionado em frente ao estabelecimento do suspeito. Segundo ele, o autor do disparo afirmou à polícia, informalmente, que agiu em legítima defesa.
“Foi o motivo mais fútil, mais banal possível. Nada justifica. Uma cliente parou em frente à loja dele. Ele foi discutir com o funcionário, discutiram, houve xingamentos”, diz Rosseto. “Acreditamos que foi uma ação premeditada porque já teve a discussão pela manhã. Na segunda discussão, ele vai até o escritorio, pega a arma, volta, mostra para a vítima, que desafia ele a atirar, ele vai e atira. Ele já foi com a intenção de matar.”
Depoimentos de acusados de matar Mattos fecham 1º dia do júri do caso
O primeiro dia do julgamento sobre a morte do advogado Manoel Mattos terminou com o depoimento dos dois acusados de serem os executores da vítima, na noite desta terça (14), na sede da Justiça Federal de Pernambuco, na Zona Oeste do Recife. Ambos negaram participação, afirmando que não se conheciam antes do crime. Mais cedo, foram ouvidos os dois acusados de planejarem o homicídio e o dono da espingarda apontada nos autos do processo como a usada no assassinato. Os interrogatórios dos réus giraram, principalmente, em torno do empréstimo dessa arma. A sessão será retomada às 9h desta quarta (15), com as falas do Ministério Público Federal, assistentes de acusação e advogados de defesa, seguidas pelo debate e a divulgação da sentença.
Em depoimento, José da Silva Martins, acusado de executar o advogado junto com Sérgio Paulo da Silva, disse que pegou uma espingarda calibre 12 emprestada com José Nílson Borges para fazer bicos de segurança em casas na Praia de Pitimbu, na Paraíba. Foi nesta região que Manoel Mattos foi executado, em 2009. José da Silva afirmou que foi o sargento reformado da PM Flávio Inácio Pereira quem sugeriu que ele pegasse essa arma com José Nílson. O militar é acusado de planejar o crime junto com Cláudio Roberto Borges, irmão de José Nílson.
A espingarda que foi usada no crime foi exibida durante o depoimento de José da Silva, que não a reconheceu como a mesma que ele pegou emprestada com José Nílson. "A arma que eu peguei eu entreguei desmontada para Flávio, porque José Nílson não estava, antes do homicídio. O Flávio não me disse para quem e quando ele entregou. E eu nunca reconheci esta arma como sendo a mesma usada no crime", disse.
O advogado Manoel Mattos integrava a Comissão de Direitos Humanos da OAB-PE e atuava, principalmente, contra grupos de extermínio quando foi morto a tiros em uma casa de praia na Paraíba, em 2009. O julgamento do homicídio foi federalizado sob o fundamento de existência de grave violação a direitos humanos – é o primeiro caso do tipo no Brasil. Isso se deu em outubro de 2010, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu o caso como sendo um procedimento de Incidente de Deslocamento de Competência (IDC), dispositivo conhecido como federalização.
José Nílson também assegurou que não conhecia Sérgio Paulo na época do homicídio e rebateu o depoimento de testemunhas que o teriam visto na cena do crime, vestido com uma blusa camuflada e um gorro, vestimentas apreendidas pela polícia na casa dele. "Nem iniciante faria um negócio desses, guardar o que usou no crime. Não fui eu [que matei], até hoje eu não entendo porque me acusaram. No dia [do homicídio], eu trabalhei logo cedo nas casas, porque era dia de festa, e de umas nove horas eu fui para casa de Edson [Rufino Alves]. Depois, eu saí para um depósito de bebidas e minha irmã veio perguntar se eu estava sabendo", afirmou.
O réu ainda disse que conhecia o advogado Manoel Mattos, mas não tinha desavenças com a vítima. "Muitas vezes eu sentei na mesma mesa com ele, mas nunca tive uma discussão, nem raiva, nem motivo para matar ele. Uma vez fui citado, na CPI de grupos de extermínio, por isso comentamos que isso [o homicídio] podia sobrar para mim. Esse grupo que está aqui [no julgamento] não tem nada a ver com a morte dele", finalizou.
O outro réu apontado como executor do advogado, Sérgio Paulo, teve um interrogatório mais curto, onde também negou a participação no caso. Ele disse que não conhecia nenhum dos outros réus e estava em um aniversário no momento do crime. "Tentaram me matar como forma de queima de arquivo, para tentar colocar a culpa disso tudo só em mim. Se tivessem conseguido, este júri não estaria acontecendo", afirmou.
Mais cedo, José Nílson confirmou a versão que emprestou a arma para José da Silva e que a recebeu das mãos do sargento Flávio Inácio. Ele ainda explicou que entregou a espingarda para a polícia com medo de ser investigado como co-autor do assassinato. Antes de José Nílson, quem prestou depoimento foi o irmão dele, Cláudio Roberto Borges, que negou ser o responsável pela execução. Pela manhã, o sargento reformado Flávio Inácio afirmou que a vítima tinha raiva dele e que é inocente das acusações.
Corpo de médica morta no Paraná será enterrado em Cuba, diz Ministério
O corpo da médica cubana Yaniet Marquez Campos, 31 anos, será encaminhado para o Aeroporto Internacional de Curitiba, no Paraná, nesta terça-feira (14), segundo a Secretaria Municipal de Saúde, em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná. Logo após a liberação dos documentos, o corpo será transladado para Cuba, onde será enterrado.
A médica cadastrada no Programa “Mais médicos”, do governo federal, foi encontrada morta no apartamento onde morava em Ponta Grossa, na tarde de segunda-feira (13). Segundo a polícia, ela disse ao marido que estava se sentindo mal e não foi trabalhar no período da tarde. Quando o marido voltou para a casa, por volta das 15h, encontrou a esposa sem vida.
Segundo o Ministério da Saúde, a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) está providenciando a liberação dos documentos para a repatriação do corpo da médica. A liberação está prevista no acordo de cooperação entre Cuba e Brasil para o programa. A previsão, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, é que o corpo seja transladado ainda na quarta-feira (15).
Após exames no Instituto Médico-Legal (IML) de Ponta Grossa, o corpo da médica foi velado em uma cerimônia na Capela Municipal da cidade nesta terça. A Secretaria Municipal de Saúde enviou nota afirmando que a médica estava no quinto ciclo do programa “Mais médicos” e que era considerada “uma excelente profissional”. “Foi uma despedida dos intercambistas e dos colegas de trabalho de Yaniet”, comentou a coordenadora de Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde, em Ponta Grossa, Regina Rodrigues, que participou do velório.
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