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presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pedirá um pacote de US$ 15 bilhões em cortes de gastos do Congresso na terça-feira, incluindo cerca de US$ 7 bilhões do Programa de Seguro Saúde Infantil patrocinado pelos democratas, disseram autoridades do governo nesta segunda-feira (7).

A proposta surge no momento em que a Casa Branca e os republicanos conservadores no Congresso dos EUA estão se afastando da ameaça de uma nova disputa orçamentária com os democratas, depois que os republicanos inicialmente lançaram cerca de US$ 60 bilhões em cortes há algumas semanas.

Autoridades de alto escalão disseram que o pacote inicial de cortes propostos foi direcionado a fundos federais que não foram utilizados. Isso não afetaria um acordo orçamentário de dois anos acordado em fevereiro.

Mais pacotes de "rescisão", incluindo um "grande" que trataria dos cortes que Trump quer com o acordo, estão prestes a ser divulgados, disse uma autoridade do governo.

O corte proposto para o programa de saúde infantil foi criticado pelo líder democrata no Senado, Chuck Schumer.

"Parece que sabotar nosso sistema de saúde em detrimento de famílias de classe média não foi suficiente para o presidente Trump e para os republicanos; agora eles estão atrás de dólares em assistência médica usada por milhões de crianças, especialmente durante os surtos de gripe e outras doenças mortais", afirmou em comunicado.

A autoridade de alto escalão do governo, falando aos repórteres em teleconferência, disse que os cortes não prejudicariam o programa. Do total, US$ 5 bilhões vieram de uma conta da qual o dinheiro não está autorizado por lei a ser gasto, disse.

O governo também propôs US$ 4,3 bilhões em cortes de um programa de empréstimo de veículos de tecnologia avançada, que, segundo a autoridade, não fez um empréstimo desde 2011.




















Um menino de 13 anos que estava em coma no Estado do Alabama (EUA) recobrou a consciência pouco depois de seus pais assinarem a papelada autorizando o desligamento dos aparelhos e a doação de seus órgãos.

Trenton McKinley sofreu danos cerebrais graves após um acidente com um reboque de automóvel, em março deste ano, na cidade de Mobile. Ele sofreu várias fraturas no crânio.

No hospital, médicos disseram aos pais do menino que ele nunca se recuperaria, e que Trenton era compatível com cinco outras crianças que precisavam de transplantes.






Um dia antes da data marcada para o desligamento dos aparelhos, Trenton começou a dar sinais de consciência.

A mãe do menino, Jennifer Reindl, disse que seu filho já passou por várias cirurgias cranianas - além de ter sofrido falência dos rins e uma parada cardíaca.

O garoto chegou a passar 15 minutos sem sinais vitais na mesa de cirurgia durante as tentativas médicas para salvá-lo, afirmou a mãe. Os médicos disseram que ele "nunca seria normal de novo".

À rede de TV americana CBS, Reindl disse que ela concordou em autorizar a doação de órgãos depois de saber que a atitude poderia salvar as vidas de outras cinco crianças.

"Depois que nós concordamos com a doação, eles tiveram que manter o Trenton vivo para 'limpar' seus órgãos para doação", disse Reindl, descrevendo como o filho recobrou a consciência em março.

"No dia seguinte, estava marcado o último teste de atividade cerebral para determinar o desligamento dos aparelhos. Mas os sinais vitais tiveram um pico, então, eles cancelaram o teste", conta a mãe.


Trenton agora está passando por um lento processo de recuperação.

"Eu bati no concreto (do chão), e o reboque caiu bem em cima da minha cabeça. Depois disso, eu não lembro de mais nada", disse o menino a uma emissora de TV.

O garoto já voltou a andar e a falar, e até mesmo a fazer exercícios de matemática, mas ainda tem dores nevrálgicas e convulsões. Ele precisará de mais cirurgias para recuperar seu crânio. Apesar disso, a mãe diz que a recuperação é "um milagre".

O próprio Trentou disse, numa entrevista, que pensou estar no céu enquanto estava inconsciente.

"Era como se eu estivesse caminhando num campo aberto", disse o menino.

"Não há outra explicação a não ser Deus", acrescentou ele.


A família iniciou uma campanha de arrecadação de fundos no Facebook para ajudar nos custos médicos. Até agora, 240 pessoas já doaram e US$ 12,7 mil foram arrecadados, três vezes mais que os US$ 4 mil pretendidos.
















Há 18 anos, Michelle Lyons viu Ricky McGinn morrer. Essa recordação ainda a faz chorar.

Quando ela menos espera, rememora a cena da mãe de McGinn com suas mãos colocadas no vidro da câmara da morte. Ela está bem-vestida para ver o filho ser executado.

Por 12 anos — primeiro como repórter de jornal, depois como porta-voz do Departamento de Justiça Criminal do Texas (TDCJ) — fazia parte do trabalho de Lyons testemunhar toda execução realizada no estado americano. O Texas é o estado que mais executa prisioneiros no país.


Entre 2000 e 2012, Lyons viu quase 300 homens e mulheres morrerem sobre uma maca, com injeções letais.

Ela testemunhou sua primeira execução quando tinha 22 anos. Depois de ver Javier Cruz morrer, escreveu em seu diário: "Eu fiquei completamente bem com isso. Eu deveria estar chateada?".

Ela achava que sua compaixão estava reservada para causas mais nobres como, por exemplo, a dos dois idosos assassinados a marteladas por Cruz.

"Testemunhar execuções era apenas uma parte do meu trabalho", diz Lyons, que acaba de lançar um catártico livro de memórias chamado Death Row: The Final Minutes (Corredor da Morte: Os Últimos Minutos, em tradução livre).

"Eu era a favor da morte, achava que era o castigo mais apropriado para certos crimes. E porque eu era jovem e corajosa, tudo era preto no branco", diz. "Se eu tivesse começado a explorar como as execuções faziam me sentir enquanto as presenciava, dado mais atenção às minhas emoções ali, como eu poderia ter sido capaz de voltar àquela sala mês após mês, ano após ano?"

Desde 1924, todas as execuções no Texas ocorreram na pequena cidade de Huntsville, no leste do estado. Há sete prisões em Huntsville, incluindo a Unidade Walls, um imponente prédio vitoriano que abriga a câmara da morte.

Em 1972, a Suprema Corte americana suspendeu a pena de morte no país alegando que era uma punição cruel e incomum, mas, poucos meses depois, alguns estados começavam a alterar suas leis para derrubar o argumento e restabelecê-la.

O Texas conseguiu voltar a executar presos dois anos depois, adotando a injeção letal. Em 1982, Charlie Brooks foi o primeiro preso a ser morto dessa maneira. Logo, Huntsville passou a ser conhecida como a "capital mundial da punição".

Huntsville é uma cidade pequena situada entre os belos bosques de pinheiros no chamado Cinturão da Bíblia. Há igrejas em todos os lugares, os moradores são educados e você pode passar alguns dias na cidade sem saber que ali é onde muitos criminosos encontram a morte.



Seja qual for sua ideia sobre uma testemunha de execução, Lyons não se enquadra nela. Ela fala de assuntos diversos — de cerveja a documentários. É inteligente, culta e muito rápida nas ironias.

Mas quando a conversa recai sobre o que ela presenciou na câmara da morte, sua audácia dá lugar à vulnerabilidade e não é difícil ver o preço que ela paga por ter visto tantas execuções.


Em 2000, o Texas matou 40 prisioneiros, um recorde para um único estado americano. Lyons, enquanto era repórter de polícia do jornal Huntsville Item, testemunhou 38 delas. Mas sua aparente indiferença, que se manifestava em alegres comentários em seu diário, era apenas um mecanismo de defesa.

"Quando olho para minhas anotações, vejo que as coisas me incomodaram. Mas qualquer desconfiança que eu tive, eu coloquei em uma mala na minha mente e a chutei para um canto. Foi essa apatia que me preservou e me manteve indo em frente."

Lendo suas primeiras anotações, chama a atenção a maneira aparentemente trivial como ela relata o que testemunhou.

Por exemplo: Carl Heiselbetz Jr., que assassinou uma mãe e sua filha, ainda usava os óculos na hora de morrer.

Já Betty Lou Beets, que enterrava maridos em seu jardim como se fossem animais de estimação mortos, tinha pés minúsculos. E Thomas Mason, que assassinou a mãe e a avó de sua mulher, parecia o avô de Lyons.

"Assistir aos momentos finais da vida de alguém e a alma delas deixando o corpo nunca se torna mundano ou normal. Mas o Texas estava executando criminosos com tanta frequência que tirou todo o teatro em torno disso."


Quando Lyons entrou para o escritório de informações públicas da TDCJ, em 2001, seus deveres se tornaram mais onerosos. Ela não mais relatava o que via na câmara da morte do Texas apenas ao povo de Huntsville — agora, era para todos os Estados Unidos e para o resto do mundo.

Lyons descreveu o procedimento da execução no Texas como sendo o de "observar alguém indo dormir". Para alguns entes queridos de vítimas dos presos, a injeção letal chegou a ser decepcionante, já que eles achavam mais teatral a cadeira elétrica na qual 361 condenados foram mortos entre 1924 e 1964.







Lyons também teve que reportar os apelos desesperados por perdão, as desculpas angustiadas e as alegações desesperadas de inocência, bem como passagens bíblicas, citações de canções de rock e até mesmo piadas ocasionais — em 2000, Billy Hughes disse: "Se eu estou pagando a minha dívida para com a sociedade, tenho direito a um desconto e a um reembolso". Raramente Lyons escutava algo raivoso, e só uma vez ela ouviu um preso soluçando.

Ela ouviu últimos sons emitidos pelos criminosos — uma tosse, um suspiro ou um "chocalho" — enquanto as drogas faziam seu trabalho e os pulmões eram destruídos. Depois que os presos morriam, ela os via ficarem roxos.

Lyons recebeu cartas e e-mails de todo o mundo, de pessoas que a condenavam por participar de "assassinatos patrocinados pelo Estado". Às vezes, ela respondia com raiva dizendo-lhes para não se meterem nos assuntos do Texas.

"Quase todo mundo de fora dos Estados Unidos achava estranho que ainda matássemos pessoas. Jornalistas europeus costumavam usar a palavra 'matar' em vez de 'executar'. Eles pensavam que estávamos assassinando pessoas."

Lyons também testemunhou algumas execuções teatrais.

Em 2000, quando Gary Graham foi executado, jornalistas do mundo todo desembarcaram em Huntsville junto com testemunhas famosas como o reverendo Jesse Jackson e Bianca Jagger (ex-mulher do roqueiro Mick Jagger e uma militante da Anistia Internacional) e membros dos Novos Panteras Negras.

Graham era um negro acusado de um homicídio sobre o qual pairavam várias dúvidas — a principal era sobre a bala com a qual a vítima foi morta, que não correspondia à arma que o acusado tinha. Ele tentou por 19 anos provar sua inocência, alegava racismo e o caso ganhou repercussão internacional.

Graham roubou 13 vítimas diferentes em menos de uma semana, espancou duas delas, atirou no pescoço de uma e bateu em outra com o carro que estava roubando A vítima final em sua ficha corrida foi sequestrada, roubada e estuprada. Nada disso foi contestado, porque ele se declarou culpado das acusações. No entanto, ele negava ter cometido um assassinato no início de sua fúria.





Um condenado ou condenada podia estar no corredor da morte havia décadas, então, Lyons conheceu bem alguns deles, incluindo serial killers, assassinos de crianças e estupradores. Nem todos eles eram monstros, diz, e ela passou a gostar de alguns deles. Chegou até a pensar que poderiam ter sido amigos se eles tivessem se encontrado no mundo fora da prisão.

Depois que Napoleon Beazley, que tinha apenas 17 anos quando assassinou o pai de um juiz federal, foi executado em 2002, Lyons chorou durante todo o caminho de volta para casa.

"Não só tive a sensação de que Beazley não teria mais se metido em problemas, eu pensei que ele poderia ter sido um membro produtivo da sociedade", lembra. "Eu estava torcendo para que ele conseguisse ganhar seus recursos (na Justiça), mas me sentia culpada por pensar assim. Foi um crime hediondo. E se eu fosse da família da vítima, iria desejar muito que ele fosse executado. Eu tinha o direito de sentir compaixão por Beazley quando ele não tirou nada de mim?"

Mas foi quando Lyons ficou grávida, em 2004, que esses sentimentos ambíguos começaram a tomar conta dela.

"As execuções deixaram de ser um conceito abstrato e tornaram-se profundamente pessoais. Comecei a me preocupar que meu bebê pudesse ouvir as últimas palavras dos detentos, suas desculpas lamentáveis, suas desesperadas alegações de inocência", diz.

Após o nascimento da filha, a angústia continuou a se agravar. "Eu tinha um bebê em casa e faria qualquer coisa por ele, e essas mulheres estavam vendo seus bebês morrerem. Eu ouvia as mães soluçando, gritando, batendo no vidro, chutando a parede. Eu estava na sala de testemunhas pensando: 'Não há vencedores, todo mundo está sendo enganado'. As execuções eram apenas situações tristes em todos os lugares. E eu tive que testemunhar toda aquela tristeza, uma vez após a outra."

Lyons seguiu em frente por mais sete anos, observando presos caminharem para sua morte com uma inquietante docilidade, até que ela deixou a TDCJ em um amargo processo judicial por discriminação de gênero — ela conseguiu vencer a ação.

"Eu pensei que estar longe do sistema prisional me faria pensar menos sobre as coisas que eu tinha visto, mas era exatamente o contrário. Eu pensava sobre isso o tempo todo. Era como se eu tivesse tirado a tampa da caixa de Pandora e não conseguisse mais fechá-la."


Há sinais de que o Texas está perdendo seu apetite pela execução de condenados.

A última grande pesquisa sobre o tema no Estado, em 2013, revelou que 74% dos texanos apoiavam a pena de morte - então, é improvável que a câmara da morte seja desmantelada tão cedo.

No entanto, sete execuções ocorreram em Huntsville no ano passado, o mesmo número que em 2016 - muito menos do que o recorde de 40 em 2000.

Lyons acredita que o Texas empregou a pena de morte mais do que o necessário, mas continua sendo uma apoiadora dessa punição nos piores casos. E o estado, como Lyons admite, continua sendo o local dos maiores e mais loucos crimes nos EUA.

No Cemitério Joe Byrd, um belo terreno onde prisioneiros cujos corpos não foram reclamados por familiares foram enterrados por mais de 150 anos, Lyons está entre as fileiras de cruzes e se pergunta quantos desses homens ela viu morrer. Mas não são as execuções das quais ela se lembra que mais a incomodam: são as que ela esqueceu.

"Você não vê muitas flores nas sepulturas aqui", diz Lyons. "E o que isso diz sobre mim, que não consigo me lembrar de alguns daqueles homens que vi executados? Talvez eles mereçam ser deixados em paz e esquecidos. Ou talvez seja o meu trabalho lembrar."

















A o menos duas pessoas morreram e várias ficaram feridas após dois trens colidirem na noite desta segunda-feira (7) no estado da Baviera, no sul da Alemanha. As informações são da imprensa alemã, citando autoridades locais e a companhia ferroviária estatal Deutsche Bahn.

Os dois mortos foram identificados como o maquinista de um dos trens e uma passageira que desceria na próxima estação e, por isso, estava de pé no corredor, relatou a mídia local. Segundo um porta-voz da Deutsche Bahn, o incidente deixou ainda 14 feridos, sendo um em estado grave.

Os trens – um de passageiros e outro de carga – colidiram por volta das 21h20 (horário local, 16h20 em Brasília) a cerca de 700 metros da estação de Aichach, na rota entre as cidades de Ingolstadt e Augsburg, informou a companhia ferroviária. Eles não descarrilaram.

Ainda não está claro por que os dois veículos seguiam no mesmo trilho e em direções opostas. Segundo a Deutsche Bahn, o acidente está sendo investigado. "A situação é séria. A causa ainda precisa ser determinada", afirmou um porta-voz da empresa ao jornal alemão "Bild".

Equipes de resgate, bombeiros e policiais estão no local para socorrer as vítimas e apurar a situação. O tráfego ferroviário na linha afetada foi suspenso, sem previsão de ser retomado. A companhia disponibilizou um serviço de ônibus para substituir o trecho bloqueado.

Segundo o jornal local "Aichacher Zeitung", os feridos foram encaminhados de ambulância ou helicóptero a hospitais nas cidades de Aichach e Friedberg.

Durante a noite, o líder do distrito de Aichach-Friedberg, Klaus Metzger, agradeceu às equipes de resgate por seu "trabalho profissional" e aos residentes da região, que foram rápidos em oferecer ajuda e em disponibilizar suas garagens para abrigar os feridos.

A colisão foi o segundo acidente ferroviário a fazer vítimas na Baviera nesta segunda-feira. Mais cedo, duas pessoas morreram quando um carro foi atingido por um trem em um cruzamento entre trilho e rodovia em Seeshaupt, no lago Starnberg. O carro foi arrastado por várias centenas de metros.

















Um antigo membro do alto comitê do Partido Comunista da China (PCC), Sun Zhengcai, que chegou a ser considerado como uma figura emergente do país, foi condenado à prisão perpétua por suborno, informou nesta terça-feira a imprensa estatal.

Sun Zhengcai foi declarado culpado de aceitar o total de 170 milhões de iuanes (26,7 milhões de dólares) em subornos, segundo a agência de notícias Xinhua.















Milhares de armênios aclamaram na noite desta segunda-feira, em Erevan, o líder opositor Nikol Pashinián, na véspera da eleição de um novo primeiro-ministro no Parlamento.

"Há apenas um candidato e é este do povo", disse Pashinián do palanque instalado na Praça da República, no centro de Erevan, acrescentando que tem o apoio da maioria dos blocos do Parlamento.

Acompanhado por Serj Tankian, cantor americano de origem armênia do grupo de rock System of a Down, Pashinián disse estar "95% seguro" de que será eleito primeiro-ministro "amanhã".

Nikol Pashinián, um ex-jornalista de 42 anos, foi o único a se apresentar para o cargo de chefe de governo.

É a segunda vez em oito dias que apresenta sua candidatura. Em 1º de maio, fracassou em sua tentativa, após o Partido Republicano, que conta com 58 do total de 105 deputados, bloquear sua eleição.

A Armênia está mergulhada há três semanas em uma crise política sem precedentes, após a demissão de Serzh Sargsián, em 23 de abril, eleito premier seis dias antes pelo Parlamento após ocupar a chefia de Estado durante dez anos.

Um novo fracasso em se eleger o chefe de governo provocará a convocação de eleições antecipadas.

















O desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, que pegou fogo e foi ao chão no centro de São Paulo, não apenas escancarou o problema do déficit habitacional no Brasil como jogou luz sobre a situação dos imóveis vazios que, mesmo sem condições adequadas, atraem milhares de pessoas em busca de teto.

O país tem, pelo menos, 6,9 milhões de famílias sem casa para morar. Tem também cerca de 6,05 milhões de imóveis desocupados há décadas.

Esse descompasso, que já havia sido indicado pelo Censo de 2010, tem motivado uma onda de ocupações e invasões em uma escala jamais vista no país, diz o urbanista Edésio Fernandes, professor de direito urbanístico e ambiental da UCL (University College London).


"A diferença das ocupações tradicionais está no volume. Não se sabe quantas pessoas vivem dessa forma, sem falar das práticas precárias de aluguel e o surgimento dos cortiços, sobretudo nas áreas centrais, agravado pelo crescimento da população de rua", diz Fernandes, pontuando que as novas ocupações são maiores que muitos municípios brasileiros em termos populacionais.

O professor cita como exemplo dessa nova onda a ocupação batizada de Izidora, em Belo Horizonte. Formada por três vilas interligadas (Esperança, Rosa Leão e Vitória), Izidora reúne 30 mil pessoas numa área de cerca de 900 hectares ocupada a partir de 2013. Fernandes cita também a ocupação Povo Sem Medo, de São Bernardo, que em uma semana já tinha reunido 6 mil pessoas no ano passado.


Fernandes diz que o problema é a falta de leis para definir onde os mais pobres vão morar. "Não há planejamento e pensamento sobre onde vão viver os pobres. (...) Os centros de cidades estão perdendo população, mas o lugar dos pobres é cada vez mais a periferia", afirma o professor, que é membro da Development Planning Unit da UCL.

Para resolver esse problema, diz Fernandes, a solução não passa apenas por facilitar a aquisição de propriedades para quem tem baixa renda. Ele defende uma mescla de políticas públicas, que incluem também propriedades coletivas, moradias subsidiadas e auxílio-aluguel como medidas necessárias para acabar com o déficit habitacional, que é maior entre famílias que têm renda entre zero e três salários mínimos - cerca de 93% dos 6,9 milhões de famílias sem teto têm renda de até R$ 2,8 mil.


É por isso que a arquiteta e urbanista Joice Berth defende reservar cotas habitacionais em espaços com mais infraestrutura para negros.

"A gente precisa desfazer o modelo de casa grande e senzala", afirma Berth, dizendo que bairros como Pinheiros e Itaim Bibi, em São Paulo, são bairros mais brancos e com maior renda "onde a negritude não pode estar".

A arquiteta pontua que "brancos e pretos pobres se parecem, mas não são iguais". Por isso, ela defende cotas não apenas em programas de aquisição de imóveis em conjuntos habitacionais, mas também uma política que garanta acesso direto à terra aos negros.

Ela também acredita que está na hora de radicalizar as pautas. "Até porque com o advento das cotas (na educação) temos pessoas com novo olhar", observa.

Em relação às ocupações, Berth diz que a solução pode passar por reformar esses imóveis e manter os moradores que lá estão.

O professor Edésio Fernandes, no entanto, observa que o "Brasil não tem tradição nem know how" para transformar imóveis comerciais em residenciais, e isso pode encarecer e dificultar essa conversão. "Faltam tradição e tecnologia", salienta.


Fernandes observa ainda que programas como o Minha Casa Minha Vida (MCMV) deixaram a desejar. Na avaliação dele, além de não atender com prioridade a população com renda mais baixa, o MCMV oferece imóveis de baixa qualidade construtiva e ambiental.

O professor lembra, no entanto, que o Brasil não é o único país a enfrentar dificuldades para manter uma política habitacional de qualidade. Fernandes cita o incêndio consumiu Grenfell Tower, prédio de 127 apartamentos para pessoas de baixa renda em Londres, que usou material de baixa qualidade e inflamável em uma reforma antes da tragédia que matou 71 pessoas.

Ele também compara o incêndio da torre britânica com o do prédio do centro de São Paulo. "Os dois incêndios revelam muito mais do que a falência de um modelo e de uma política, revelam a perversidade dessa forma de se fazer cidade e moradia", afirma.

A falência, acredita Fernandes, também se estende ao sistema de representação política e reflete a falta de mobilização da sociedade para demandar seus direitos.

"Sobretudo, é a falência da nossa história de não confrontar a estrutura fundiária, segregada e privatista", diz.


Fernandes e Berth conversaram com a BBC e defenderam mudanças na política habitacional brasileira no sábado, durante palestra no Brazil Forum UK, evento organizado por estudantes brasileiros no Reino Unido.

















O Corpo de Bombeiros passou a procurar nesta segunda-feira (7) mais um desaparecido após o desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, no Centro de São Paulo. O prédio desabou no último dia 1º, após pegar fogo.

Depois que foi encontrado, na última sexta-feira (4), o corpo de Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro, que caiu quando era resgatado durante o incêndio, os bombeiros passaram a trabalhar com a hipótese de outras cinco pessoas nos escombros. Nesta segunda-feira, no entanto, entrou para a lista também Artur Hector de Paula, de 45 anos, que também morava no edifício.






Os bombeiros entraram nesta segunda-feira (7) no 7º dia de buscas e remoção dos entulhos do desabamento do prédio Wilton Paes de Almeida. Durante a madrugada, 35 homens se revezaram separando o entulho retirado da estrutura colapsada.

Desde o desabamaneto, bombeiros se revezam no trabalho 24 horas por dia. De acordo com o comando da corporação, o trabalho de buscas e retirada dos escombros deve durar mais 15 dias, devido à grande quantidade de material.
















Um corpo foi encontrado na Rua Sá Ferreira, em Copacabana, na tarde desta segunda-feira, 7. O local é próximo ao acesso à favela do Pavão-Pavãozinho, onde, pela manhã, equipes do Batalhão de Ações com Cães (BAC) da Polícia Militar fizeram uma operação para coibir a ação de traficantes.

De acordo testemunhas ouvidas pelo RJTV, da TV Globo, moradores do morro levaram o corpo para o acesso à favela por volta das 15h. Ele ainda não foi identificado, mas seria de um suspeito de tráfico de drogas. A Polícia Militar negou que tenha havido troca de tiros na região. A Divisão de Homicídios foi acionada. A via chegou a ser fechada por cerca de uma hora no fim da tarde para o trabalho da perícia.

















Tem início nesta quarta-feira (9) o bloqueio dos celulares irregulares habilitados a partir do dia 22 de fevereiro passado no Distrito Federal e Goiás. A medida atende decisão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). De acordo com a Anatel, os usuários que já têm aparelhos móveis irregulares habilitados não serão desconectados, caso não alterem o seu número a partir do prazo acima.

De acordo com a Anatel, amanhã (8), véspera do bloqueio, os celulares irregulares, também chamados de piratas, receberão a seguinte mensagem de texto: “Operadora avisa: Este celular IMEI XXXXXXX [número do IMEI] é irregular e deixará de funcionar nas redes celulares”.

A medida tem o objetivo de coibir o uso de telefones móveis não certificados, com IMEI (do inglês International Mobile Equipment Identity) adulterado, clonado ou outras formas de fraude.

A decisão de fazer o bloqueio foi tomada pela agência reguladora em novembro do ano passado. A iniciativa no DF e em GO será um teste para avaliar o impacto real da medida.

Para saber se o número de IMEI é legal, basta discar *#06#. Se a numeração coincidir com o que aparece na caixa, o aparelho é regular. Caso contrário, há uma grande chance de o aparelho ser irregular. A estimativa é de que um milhão de novos aparelhos irregulares entrem nas redes das prestadoras mensalmente.

Outros estados

Em setembro, as mensagens começarão a ser enviadas para aparelhos habilitados no Acre, Rondônia, São Paulo, Tocantins, Região Sul e demais estados da Região Centro-Oeste. As mensagens aos usuários de aparelhos irregulares serão encaminhadas a partir de 23 de setembro de 2018.

O bloqueio dos aparelhos será a partir de 8 de dezembro de 2018. A medida vale para aparelhos irregulares habilitados a partir de 23 de setembro de 2018 nesses estados.

Em seguida será a vez da Região Nordeste e demais estados das regiões Norte e Sudeste. O encaminhamento de mensagens aos usuários ocorrerá a partir de 7 de janeiro de 2019 e impedimento do uso dos aparelhos irregulares a partir de 24 de março de 2019.

Aparelhos estrangeiros

Celulares comprados no exterior vão continuar funcionando no Brasil, desde que sejam certificados por organismos estrangeiros de certificação equivalentes à agência reguladora.

Não serão apontados como irregulares, os equipamentos adquiridos por particulares no exterior que, apesar de ainda não certificados no Brasil, tenham por origem fabricantes legítimos.














Por volta das 03 horas da madrugada de sabado (05.05), a Central de Operações 190 do 7º Batalhão PM recebeu a informação da Empresa responsável pela segurança de uma Agência Bancária localizada no Centro de Aquidauana, sobre a presença de criminosos no local, tentando praticar furtos.

Imediatamente as Equipes Operacionais do 7º Batalhão PM (Radiopatrulha de Aquidauana, Anastácio, Trânsito e Força Tática) foram até o local e depararam-se com alguns dos criminosos que, ao verem as guarnições de serviço, tentaram fugir (pulando os muros das casas ao lado), mas foram presos.

Em seguida, as equipes ainda prenderam outros dois envolvidos, um deles escondido em uma instalação ao lado, e outro, em uma rua paralela.

Questionados sobre o fato, os autores disseram terem quebrado a parede do banco, com a finalidade de destruir caixas eletrônicos e furtar o dinheiro da Agência. Ambos estavam de posse de um veículo com placas de Santa Catarina, usado para virem daquele estado até Aquidauana para praticar o crime.

Algumas horas depois, mais dois envolvidos que tinham a incumbência de informar os demais sobre a aproximação da polícia, foram capturados. Ao todo, quatro homens (26, 31, 36 e outro de idade não informada) foram presos.

Pelos crimes cometidos, ambos foram encaminhados à Delegacia de Polícia local para as providências.

Assessoria de comunicação Social do 7º Batalhão PM.





















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