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Foram publicados nesta terça-feira (27) os balanços da Crown Estate, entidade britânica que detém as propriedades da família real e que é controlada pela Rainha Elizabeth II. Segundo o relatório de contas, no ano fiscal 2016-2017 a monarquia britânica teria alcançado a renda recorde de 328,8 milhões de libras (cerca de R$ 1,4 bilhão), um aumento de 8,1% em relação ao ano anterior.

Uma parte desse resultado foi conseguido graças às receitas provenientes da produção de energia eólica. Segundo a mídia britânica, há alguns anos Elizabeth ordenou a instalação de usinas eólicas no mar perto do litoral da Escócia, em uma porção de território pertencente a Coroa Britânica. Um investimento que teria encontrado a oposição do marido Philip, duque de Edimburgo, que o descreveu como "absolutamente inútil" e também de seu filho Charles, Príncipe de Gales, que se referiu a obra como "uma horrível mancha na paisagem escocesa”. Entretanto, a rainha teria mantido sua decisão, que agora rendeu aos cofres reais 27,7 milhões de libras (cerca de R$ 118 milhões).




Segundo a lei britânica, as receitas da Crown Estate são depositadas diretamente no Tesouro do Reino Unido, que em seguida passa parte desses recursos para a família real, na base de um valor calculado a cada dois anos. Dessa forma, Elizabeth receberá 82,2 milhões de libras (cerca de R$ 350,5 milhões) para financiar seu "trabalho oficial" com um aumento anual de 6 milhões de libras (cerca de R$ 25,5 milhões). Elizabeth usa esse dinheiro para bancar as viagens oficiais, pagar os salários de seus funcionários e utilizará também esses recursos para a mega-reestruturação de sua residência, o Palácio de Buckingham, que se encontra em uma situação muito crítica. Uma obra que vai durar pelo menos dez anos e que custará 396 milhões de libras (cerca de R$ 1,6 bilhão).









pós ter a foto de seu resgate estampada nos principais veículos da imprensa internacional no início do mês, Emad, de 2 anos, conseguiu um tratamento pelo governo do Irã para a sua rara doença. Emad aparece nas imagens sendo retirado do prédio do Parlamento iraniano por uma janela para o andar inferior, quando o local era alvo de um ataque.



O menino e sua mãe estavam no Parlamento para fazer um apelo para conseguir um tratamento. Eles esperavam na área de recepção quando se viram em uma situação perigosa, quando quatro homens armados e suicidas atacaram o prédio e começaram a disparar contra pessoas.
O ataque de 7 de junho, que também teve como alvo o Mausoléu do Aiatolá Khomeini, deixou 17 mortos e dezenas de feridos. O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou a autoria.



“Todos estavam fugindo. Todos estavam tentando encontrar uma maneira de se salvar. Alguns conseguiram, mas muitos foram mortos”, diz Zahra Khorasani, mãe de Emad, à agência Reuters. “Eu disse a mim mesma que eu sobreviveria ou morreria. O que Deus quisesse iria acontecer”.

Khorasani ficou feliz que seu filho não conseguia ouvir os tiros, por conta de sua audição ruim. Ela agarrou o menino e correu. Em um dos corredores, forças de segurança deram a eles coletes à prova de balas e os tiraram do prédio.




Emad mora com os pais e dois irmãos em uma pequena casa alugada na cidade de Gorgan, no norte do país. Seu pai, Mohammad Hossein Esmaeilnejad, está desempregado há dois meses. Uma deficiência em uma de suas pernas dificulta que ele consiga um novo emprego.

Zahra diz à Reuters que eles gastaram todas as suas economias para encontrar um tratamento para a doença rara do filho. Ele sofre de Mucopolissacaridose, doença causada pela incapacidade de seu organismo de produzir enzimas específicas.
“Emad passou por cirurgia três vezes. Gastei todo o meu dinheiro e peguei emprestado de todo mundo que pude. Ninguém nos empresta dinheiro mais”, diz.

No dia do ataque, 7 de junho, o pai de Emad foi aos correios para enviar uma carta ao presidente pedindo ajuda. “Naquele dia eu rezei a Deus: ‘Se o Senhor consertar as coisas, seria ótimo. Se não, não vou pedir ajuda a qualquer pessoa de novo”, diz Hossein.
Zahra levou o filho ao Parlamento para fazer um apelo desesperado por ajuda. “Alguém me disse para ir ao Parlamento para pedir ajuda. Eu preparei uma carta e fui”, diz.

Depois do incidente, a família recebeu a visita do ministro da Saúde. “Ele foi muito amigável”, diz Hossein. O ministro ordenou que Emad recebesse imediatamente tratamento pelo governo. Ele também concordou em enviar o menino a outro país se fosse necessário.
Hossein diz que a foto do resgate de seu filho resolveu metade de seus problemas. “Os outros problemas ainda estão aí. Estou desempregado e não tenho casa”, diz.










Um grupo de influentes ex-ministros, políticos e diplomatas da Rússia, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos lançou um apelo nesta terça-feira (27) aos presidentes Donald Trump e Vladimir Putin, para que realizem uma declaração conjunta durante o próximo encontro do G20 em que se comprometem a jamais começar uma guerra nuclear um contra o outro.





"Uma guerra nuclear não pode ser vencida e nunca deve ser travada”, diz a carta assinada pelo ex-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Igor Ivanov, pelo ex-ministro da Defesa britânico, Des Browne, pelo ex-ministro das Relações Exteriores e vice-chanceler da Alemanha, Wolfgang Ischinger, e pelo ex-senador democrata norte-americano Sam Nunn, este último responsável por todas as negociações de desarmamento nuclear entre a EUA e União Soviética desde a década de 1980, e agora presidente do “Nuclear Threat Initiative”.

Segundo esse políticos, Putin e Trump deveriam assinar uma declaração conjunta que reconheça a responsabilidade das duas maiores potências atômicas em prevenir uma catástrofe nuclear.
A carta indica também metas mais ambiciosas, como a criação de um novo grupo de contato Otan-Rússia para a gestão de crises, com o objetivo de intensificar as comunicações entre a Aliança Atlântica e o governo russo e reforçar a confiança mútua, reduzindo assim o risco de acidentes e conflitos desencadeados por erros ou mal-entendidos.

Segundo os signatários do documento, o risco de enfrentamentos não intencionais na Europa Oriental, onde ambos os lados aumentaram o deslocamento de unidades militares e sistemas de armas, além de realizar contínuos exercícios e treinamentos, nunca foi tão alto desde os anos mais tensos da Guerra Fria.

A carta também indica uma terceira etapa que Trump e Putin poderiam realizar: uma colaboração específica para “impedir que o Estado Islâmico (EI) ou outras organizações terroristas disponham de armas nucleares ou outras armas de destruição de massa". Atualmente, existem mais de 150 países onde os materiais radiativos ou úteis para a fabricação de armas de destruição de massa podem ser encontrados em estruturas públicas e particulares sem nenhuma proteção, tais como hospitais ou centros de pesquisa universitários.

Além disso, os signatários da carta convidaram Trump e Putin a abrir discussões aprofundadas para alcançar acordos, mesmo que informais, sobre ameaças cibernéticas aos sistemas de controle e alerta dos próprios arsenais nucleares: “É muito alarmante o fato que não existam regras de conduta no espaço virtual do mundo nuclear estratégico", diz o documento.

Segundo a carta, Rússia, Estados Unidos e Europa enfrentam atualmente uma ampla gama de problemas, “mas isso não deve distrair essas potências da tentativa de alcançar medidas concretas para interromper a espiral negativa em que cairam suas relações diplomáticas e reduzir assim os perigos reais de confronto”.









Lucia* reza cada vez que leva a sua colheita de folhas de coca para os compradores no departamento (estado) colombiano de Putumayo. "Peço a Deus que ninguém me pare. Não fazemos mal a ninguém."
A presença policial aumentou desde que os guerrilheiros das Farc deixaram a densa selva ao longo da fronteira com o Equador, após o acordo de paz com o governo em Bogotá, em novembro do ano passado.

Lucia cultiva a matéria-prima da cocaína. "O risco é grande, mas as nossas necessidades são maiores. Se não fizermos isso, teríamos que estar roubando", afirma.
Estima-se que a sobrevivência de cerca de 72 mil famílias colombianas dependa de plantações ilegais. Elas dizem não ter alternativa.





As regiões de cultivo de coca sofrem com a negligência estatal crônica – e com o pior de um conflito armado de cinco décadas no país. Há falta de boas estradas, água corrente, eletricidade ou cadeia de comercialização – uma infraestrutura necessária para tornar viável o comércio legal. Os produtos agrícolas apodrecem muitas vezes no seu caminho para o mercado.
A coca, por outro lado, pode ser facilmente movimentada – sem risco de danos.

A situação é mais propícia do que nunca. O comércio de drogas em algumas regiões de cultivo está sofrendo uma crise. Com a retirada dos guerrilheiros, os cocaleiros perderam os seus principais compradores. "Um grama de pasta de coca caiu de 1,7 mil pesos (aproximadamente 5 centavos de euro) para mil", explica Ramiro Palma, líder comunitário em San Miguel, em Putumayo. "Algumas pessoas pararam de plantar."
A maioria dos pequenos plantadores de coca está disposta a aceitar o plano de substituição do governo. Mas eles se sentem desconfortáveis. Programas anteriores não conseguiram ter impacto e deixaram muitas pessoas indigentes.

Margory vive num povoado que destruiu todas as suas plantações alguns anos atrás, na esteira do programa de substituição Guardabosque. Para enfrentar as despesas, ela ajuda agora na colheita de coca em outra região, longe de seus dois filhos.

"Culturas regulares trazem poucos ganhos. Não se pode cobrar muito por bananas e mandioca, de forma que não recebemos o suficiente para sobreviver. Dizem que cacau vale a pena, mas somente para aqueles que dispõem de grandes quantidades", diz. "Nenhum outro cultivo pode substituir o da coca."

Programas de substituição anteriores ignoraram a necessidade de melhorar a infraestrutura local. "O dinheiro destinado a ajudar os plantadores com projetos alternativos encheu os bolsos das cooperativas de outras partes do país. Elas cobravam o dobro ou o triplo do real valor dos produtos agrícolas que distribuíam", afirma Fernando Palacios, prefeito de La Hormiga, em Putumayo. "As pessoas ficaram sem assistência técnica adequada. Os cultivos que plantaram não deram certo, porque não se adaptaram ao solo."

O pior de todos foi o Plano Colômbia, programa patrocinado pelos EUA. Ele intensificou a fumigação, que afetou as plantações legais e a saúde das pessoas da região.
Na fazenda de Lucia, nenhuma planta conseguiu crescer depois que passou um avião borrifando herbicida. "Nós havíamos plantado cacau e tudo secou. Ficamos com dívidas em vez de lucro. Não houve alternativa a não ser retornar para o cultivo da coca", conta.

Apesar de duas décadas de esforços americanos de erradicação e bilhões de dólares gastos, a produção de coca aumentou para níveis recordes em 2016, segundo um relatório da Casa Branca. A área de cultivo é agora estimada em 180 mil hectares.

Há esperanças de que o governo tenha aprendido com os erros do passado. O atual Programa Nacional Integral de Substituição de Cultivos de Uso Ilícito (PNIS) oferece assistência técnica a agricultores e uma renda básica durante os primeiros 20 meses para ajudar na transição – da plantação de coca para negócios legais. Os incentivos aumentaram para 36 milhões de pesos colombianos (cerca de 41 mil reais) por família, distribuídos num espaço de dois anos.

"O PNIS faz parte de uma reforma rural estratégica, que envolve o desenvolvimento da propriedade pública, serviço de saúde e educação", diz Eduardo Diaz, diretor da Agência para a Substituição de Cultivos Ilícitos na Colômbia. "Almejamos ter um maior número possível de plantadores, tomara que 100%, aderindo à substituição voluntária."
No entanto, muitos agricultores estão céticos. "No programa Guardabosque, nos prometeram eletricidade e boas estradas. Nós fizemos a nossa parte, mas o governo, não", reclama, por sua vez, Margory.

Eduardo Diaz disse que o governo se comprometeu a fazer o programa dar certo. "Não se trata somente da substituição de cultivo. A paz está em jogo. Se falharmos, estes territórios serão facilmente tomados por atores armados, que veem nessas plantações uma oportunidade de enriquecer-se", explicou.

A meta do governo é limpar 100 mil hectares de coca por ano, bem acima da meta de 20 mil hectares do ano passado.

Numa tentativa de conter essa meta, plantadores de coca em Tumaco, a municipalidade com a maior produção de coca na Colômbia, bloquearam estradas na província de Narino, durante semanas no início deste ano. Os protestos escalaram para a violência, com mortos tanto do lado dos cocaleiros quanto das forças de segurança.
O governo diz que as metas de erradicação atingem somente grandes plantações em propriedade dos cartéis de droga. "Essas pessoas não têm nenhum interesse em chegar a um acordo", esclarece Diaz.

Indiscutivelmente, narcotraficantes estavam por trás dos protestos em Tumaco. Mas a erradicação forçada pode ter unido grupos criminosos organizados e pequenos plantadores de coca em torno de uma causa comum.
"Se o governo der apenas um pequeno empurrão, vamos encontrar o nosso caminho. Precisamos de algo para poder começar", afirma Margory.








Béatrice Huret, uma ex-simpatizante da extrema direita e viúva de um policial, foi julgada na França, nesta terça-feira (27), por ter ajudado um imigrante iraniano - pelo qual se apaixonou - a entrar em território britânico.

A Justiça considerou Huret culpada, mas a isentou de pena. Os juízes do tribunal de Boulogne-sur-mer (norte do país) não mantiveram as acusações com circunstâncias agravantes de "organização criminosa" e de "colocar em risco a vida de outros", como pedia o Ministério Público.
Após o veredicto, Huret declarou à AFP estar "aliviada". Ao chegar ao tribunal, essa mulher de 44 anos comentou que, com o julgamento, todos compreenderiam o que havia feito.

"O objetivo da minha vida é ele (Mokhtar). Estou disposta a dar minha vida por ele. A única coisa que me preocupa é que não poderei vê-lo, se eu for para a prisão", afirmou.



Na madrugada de 11 de junho de 2016, em uma praia, Béatrice Huret acalentou Mokhtar em seus braços. Após passar oito meses no acampamento de Calais, ao norte da França, esse iraniano partia com dois refugiados em uma pequena embarcação rumo à Inglaterra.
Ela os ajudou a comprar o barco na internet, além de organizar a viagem.

"Se eu não tivesse feito isso, eles teriam achado outra pessoa para fazê-lo. Era o objetivo deles, e não pude fazer nada para fazê-los mudar de ideia", ressalta ela, em sua casa a 25 km de Calais.
Sua história de amor teve início em fevereiro de 2015. A ex-auxiliar de enfermagem conheceu a "selva" de Calais por coincidência, quando deu carona a um jovem sudanês até a entrada do campo de refugiados.
"Me incomodou ver todas aquelas pessoas, caminhando em meio à lama", lembra ela.
A "selva", na qual viviam entre 6.000 a 8.000 imigrantes em condições insalubres, na esperança de ir para a Inglaterra, foi desmantelada em novembro de 2016 pelas autoridades francesas.

Béatrice Huret se tornou colaboradora e, um ano mais tarde, viu Mokhtar pela primeira vez. Ele foi um dos manifestantes iranianos que se revoltaram contra o fechamento de parte do acampamento.

"Meu inglês se limitava a 'hello, thank you, goodbye'. Por isso, não falei com ele imediatamente. Ele que se levantou para me trazer chá, pareceu-me gentil, tranquilo, e seu olhar... foi paixão à primeira vista", conta ela, enquanto fuma um cigarro atrás do outro.

Passados dois meses, um outro colaborador pediu a Béatrice Huret para alojar Mokhtar, que planejava ir até a Inglaterra de caminhão. Ela aceitou, o plano fracassou, e Mokhtar acabou ficando um mês na casa dessa mulher de 44 anos, que vive com a mãe, de 76, e com o filho, Florian, de 19.
"Nossa história de amor começou nessa época, com a ajuda do Google tradutor", contou.

Não foi fácil para essa mulher que apoiava o partido francês de extrema direita Frente Nacional (FN) e foi casada com um policial durante 20 anos.
Em sua época de casada, trabalhava à noite como auxiliar de enfermagem em uma casa de idosos, cuidava do filho, dormia um pouco, fazia as tarefas domésticas...
"Tinha uma vida comum, votava na Frente Nacional, assim como meu marido", reconhece.

O iraniano, de 37 anos, era professor de língua persa no Irã. Agora, vive em Sheffield, na Inglaterra, onde conseguiu um visto de trabalho. A cada dois fins de semana, ela vai visitá-lo. Seu inglês melhorou: "Entendo tudo, mas continuo tendo dificuldade para falar", diz, sorrindo.

Dois meses após a viagem de Mokhtar rumo à Inglaterra, Béatrice Huret foi convocada a depor na delegacia, onde o seu ex-marido trabalhava. "Disse-lhes toda a verdade, porque não acreditava ter feito nada de ilegal", admite.








A Procuradoria da cidade italiana de Brindisi abriu uma investigação nesta terça-feira (27) por homicídio doloso (com intenção de matar), no caso do desaparecimento da brasileira Simone Scheuer Sousa, 35 anos, funcionária do navio de cruzeiro MSC Musica que desapareceu durante a navegação entre Veneza e Brindisi no dia 19 de junho.


Os policiais italianos já obtiveram as gravações das câmeras de segurança internas do navio. Foram também ouvidas pessoas próximas da brasileira, que trabalhava na embarcação como funcionária de limpeza. Segundo os investigadores, não consta que a mulher teria deixado o navio antes da partida do porto de Veneza.

O alerta sobre o desaparecimento de Simone foi dado quando o navio estava navegando em frente a cidade de Pescara, no centro da Itália, em direção de Brindisi. As buscas no Mar Adriático, realizadas pelos militares da Capitania dos Portos, não obtiveram nenhum resultado. Os investigadores ainda recolheram tudo o que estava na cabine de Sousa, mas ainda não há elementos para fazer uma completa reconstrução dos fatos.





Os policiais italianos já obtiveram as gravações das câmeras de segurança internas do navio. Foram também ouvidas pessoas próximas da brasileira, que trabalhava na embarcação como funcionária de limpeza. Segundo os investigadores, não consta que a mulher teria deixado o navio antes da partida do porto de Veneza.

O alerta sobre o desaparecimento de Simone foi dado quando o navio estava navegando em frente a cidade de Pescara, no centro da Itália, em direção de Brindisi. As buscas no Mar Adriático, realizadas pelos militares da Capitania dos Portos, não obtiveram nenhum resultado. Os investigadores ainda recolheram tudo o que estava na cabine de Sousa, mas ainda não há elementos para fazer uma completa reconstrução dos fatos.

A investigação da Procuradoria foi aberta contra "pessoas não identificadas", já que não há suspeitos ainda sobre o possível crime.










Cerca de 3 mil consultas e exames foram cancelados e 350 pacientes deixaram de realizar tratamento de radioterapia nesta terça-feira (27) depois que o sistema do Hospital de Câncer de Barretos (SP) foi invadido por hackers.
Todas nas unidades da instituição em Jales (SP), Fernandópolis (SP), Porto Velho (RO), Juazeiro (BA) e Campo Grande (MS) foram afetadas. O departamento de informática estima levar até três dias para reverter o ataque cibernético.

“O problema é bem parecido com o que aconteceu em nível global há mais ou menos três meses: um ataque, onde alguns dados são criptografados, e afetou as nossas estações de trabalho”, disse o gerente de tecnologia da informação, Douglas Vieira dos Reis.

Em uma mensagem exibida nos computadores, os hackers pedem o pagamento de 300 dólares em bitcoins, a moeda virtual mais conhecida da internet, para liberar o sistema novamente. A Polícia Federal foi acionada e uma equipe técnica auxilia na análise dos equipamentos.

Reis afirmou que os prontuários dos pacientes não foram prejudicados porque o banco de dados e o sistema oncológico em si foram preservados e estão em funcionamento. Entretanto, com os computadores bloqueados é impossível acessá-los.

“A nossa equipe, no momento, está mobilizada, trabalhando na resolução do problema, mas, por se tratar de um parque tecnológico bem grande, isso deve legar algum tempo. A gente ainda está mensurando esse tempo para colocar tudo nos eixos novamente”, disse.





O coordenador do departamento de radioterapia, Daniel Marconi, afirmou que o ataque foi identificado por volta de 9h e prejudicou, inclusive, os aparelhos usados na terapia radioativa. As sessões foram canceladas.

“Um dos tratamentos que a gente faz é a radiocirurgia. Com esse tratamento, a gente implanta um alo no crânio do paciente, é feito com parafusos. A gente tinha implantado o alo por volta de 7h e, infelizmente, tivemos que desparafusar e dispensar a paciente”, contou.

As sessões de quimioterapia, entretanto, foram mantidas. O diretor clínico do hospital, Paulo de Tarso, destacou que os pacientes com consultas e exames agendados devem comparecer às unidades, apesar do ataque cibernético. Casos de urgência e emergência também estão sendo atendidos.

“Talvez seja necessária uma consulta extraordinária porque nós não conseguimos acessar os exames de laboratório e de imagem. Serão reagendados normalmente, sem nenhum problema. Os pacientes internados não tiveram prejuízo em relação ao tratamento”, disse.

O ataque dos hackers também prejudicou os atendimentos na Santa Casa de Barretos, que desde o ano passado passou a ser administrada pela Fundação Pio XII, a mesma que gerencia o Hospital de Câncer.
O médico emergencista César Maurício da Silva explicou que todos os procedimentos realizados na unidade nesta terça-feira foram manuais, desde a abertura de fichas, até as prescrições médicas e solicitações de exames. Nenhum paciente deixou de ser atendido.

“Mas, houve atrasos e, em alguns casos de menor gravidade, que tem característica ambulatorial, você acaba remarcando, pedindo para o paciente retornar mais tarde, ou no outro dia. Então, não deixa de haver algum transtorno”, afirmou.








Ao menos 104 pessoas que estavam em uma lista aprovados no vestibular da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), divulgada na segunda-feira (26), precisaram lidar com a frustração ao descobrirem que, na verdade, foram reprovadas. Segundo a Udesc, houve um erro da empresa responsável pelo processamento dos dados.

A lista original com os 1.000 aprovados nos quatro cursos a distância (EAD) foi retirada do ar poucas horas após sua publicação. As informações foram corrigidas e o site da instituição publicou uma nova listagem oito horas após o primeiro anúncio. Outros nomes foram adicionados no lugar dos excluídos.




A candidata Helyara Thamyris de Oliveira Ramos, de 25 anos, não só viu a primeira lista como comemorou a falsa aprovação no curso de Administração Pública de Joaçaba, no Oeste. Ela só soube do erro na tarde desta terça-feira (27) quando estava no trabalho.
“Ontem, meus amigos e familiares me parabenizaram, fiquei muito feliz com o resultado, afinal é uma faculdade gratuita, quem não ficaria feliz com isso? Circularam notícias em jornais da cidade com o meu nome [referindo-se à aprovação]”, contou.

Nesta tarde, Helyara se preparava para avisar pessoas próximas de que a lista estava errada. “Ainda não digeri a história direito, pois não me entra na mente acontecer isso em um vestibular, um erro tão grosseiro. Isso é um assunto muito sério e delicado, você classificar e depois desclassificar alguém", disse.




"Não entendo como eles demoram praticamente um mês para divulgar e mesmo assim fazem de forma errada. Compreendo menos ainda eles refazerem todos esses cálculos classificatórios em questão de horas, sendo que antes a empresa levou esse tempo todo para divulgar a lista em que foi visto o meu nome”, protestou a candidata.
Segundo Helyara, com a nova divulgação, o nome dela ficou em uma lista de espera para a segunda chamada. “Enviei formulário de informação e e-mails à faculdade, porém não obtive retorno. Estou esperando, ainda não consegui pensar sobre o que será feito”, afirmou.

Jussara Tiepo, candidata ao curso de Administração Pública em Videira, também teve o nome excluído. "Eu conferi o gabarito e vi que acertei poucas questões, então pensava que nem havia passado. Até que ontem uma colega que também fez fez me mandou uma mensagem me parabenizando. Quando fui conferir a lista, não estava mais disponível, mas recebi dela a primeira lista", conta.


A universidade informou em nota que houve um erro da empresa contratada para o processamento de dados. “A empresa, em vez de aplicar a cada curso o seu gabarito, usou um único gabarito [para todos os quatro cursos]. Consequentemente, gerou uma ‘falsa lista’”, explicou Rosângela Machado, coordenadora de vestibular da Udesc.













mestre-sala da Beija-Flor, Claudio de Souza, foi internado com crise de depressão e não compareceu à delegacia para prestar depoimento nesta terça-feira (27), como era previsto. Claudinho foi citado nesta segunda-feira (26) como principal suspeito da tentativa de homicídio sofrida pelo policial civil aposentado Milton Luiz Batalha Estrela, de 50 anos.

Ubiratan Guedes, advogado do sambista, afirmou que vai entrar em contato com o delegado responsável pelo caso o mais breve possível para dizer que assim que Claudinho tiver alta da equipe médica, irá até a delegacia.
O advogado contou ainda que não teve contato com Claudinho e que foi a família que o procurou para representar o caso.

“Não sei quando ele foi internado, mas imagino que tenha sido no domingo, logo após o ocorrido. Uma pessoa de bem que passa por um processo desse fica abalada. Estou aguardando ele estar em condições psicológicas para conversar com ele”, comentou.


Imagem cedida pela Rede Globo


A Polícia Civil confirmou que Claudinho já foi intimado e o delegado da 57ª DP ( Nilópolis), Leandro Aquino, que está investigando o caso, irá consultar o médico responsável para saber se ele tem condições de prestar depoimento e, caso a resposta seja positiva, será ouvido no hospital ou clínica onde estiver. Caso ele não tenha condições, o delegado irá aguardar para ouví-lo. Apesar da internação do suspeito, a Polícia Civil informou que a investigação segue normalmente.

Na noite do último sábado (24), em Nilópolis, Baixada Fluminense, Milton levou um tiro no pescoço que causou uma lesão na coluna e pode comprometer os movimentos do paciente - há a suspeita de tetraplegia. A Polícia Civil confirmou que a própria vítima citou Claudinho como autor do crime e afirmou que iria intimá-lo para depor sobre o caso.
A vítima já foi ouvida pelos agentes, que buscam imagens e testemunhas que possam ajudar na apuração dos fatos.

A Beija-Flor disse que não vai se pronunciar sobre o caso por se tratar de um episódio da vida pessoal de Cláudio, que, segundo a assessoria da agremiação, “sempre foi um homem pacato e correto com todos”.









O piloto da aeronave que foi interceptada com 634 kg de cocaína em Goiás, Apoena Índio do Brasil, disse à Polícia Federal (PF) que informou um plano de voo falso à Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo o delegado responsável pelo caso, Bruno Gama, Apoena afirmou que criou uma trajetória para repassar às autoridades caso fosse abordado, como ocorreu.

"Ele [piloto] informou que repassou um plano de voo como se tivesse saído de uma fazenda no Mato Grosso, e que fosse a outra fazenda, mas na verdade, como ele mesmo alegou, seria um plano de voo falso. Ele não saiu daquela fazenda", disse o delegado em entrevista.
Inicialmente, a FAB afirmou que o piloto da aeronave disse ter decolado da fazenda Itamarati Norte, no Mato Grosso, arrendada para a empresa Amaggi, da família do ministro da Agricultura, Blairo Maggi. No entanto, após serem presos, o piloto e o copiloto, Fabiano Júnior da Silva, disseram à PF que saíram da Bolívia com destino a Jussara, no noroeste goiano, sem passar pela propriedade.

Procurada novamente após as declarações do delegado da PF, a FAB informou que seu posicionamento permanece o mesmo que foi publicado em seu site na tarde de segunda-feira (26). A nota informa que "a confirmação do local exato da decolagem fará parte da investigação conduzida pela autoridade policial".
“A nossa detecção radar em toda a região do país, ela não consegue detectar aeronave no solo. Por isso que se faz uma interrogação do piloto. Se ele estiver utilizando o espaço aéreo brasileiro de acordo com as regras estabelecidas, logicamente que nós vamos saber que ele decolou de algum aeródromo”, disse o tenente Brigadeiro Gerson Machado, do comando de operações aeroespaciais da FAB.





Por meio de seu perfil em uma rede social, o ministro Blairo Maggi afirmou que "está acompanhando as investigações da FAB sobre o local de decolagem da aeronave". Ele disse que quando houver uma confirmação, ele informará. O ministro comentou ainda que a "fazenda é extensa e vulnerável à ação do tráfico internacional".
Já a Amaggi disse por meio de nota que "não tem qualquer ligação com a aeronave descrita pela FAB e não emitiu autorização para pouso/decolagem da mesma em qualquer uma de suas pistas".

A aeronave, matrícula PT-IIJ, foi interceptada no domingo (25) na zona rural de Jussara, que fica a cerca de 225 km de Goiânia, no noroeste do estado. Os ocupantes fugiram do local, mas a droga foi apreendida pela Polícia Militar e levada para a sede da PF em Goiânia.
O piloto e o copiloto foram detidos pela PF na noite desta segunda. Eles foram presos em um hotel a cerca de 30 km do local onde a aeronave pousou.
"Na aeronave foram encontrados alguns documentos pessoais [...]. Moradores viram duas pessoas suspeitas que haviam entrado em um hotel. Quando chegamos lá identificamos que eles seriam as pessoas que fugiram do avião", disse Gama.

A dupla informou à Polícia Federal que saiu com o carregamento da Bolívia e tinha como destino uma fazenda em Jussara. Ainda em depoimento à corporação, o piloto informou que receberia R$ 90 mil para levar a droga. Já o copiloto disse que era responsável pela cocaína.

"Vai ser apurado agora desde a propriedade da aeronave, quem seria o real proprietário dessa droga e qual seria o destino final da droga, pois há fardos indicando que podem ser outros estados ou até mesmo para o exterior. [Carregamento vale] aproximadamente R$ 20 milhões no território nacional. Quando a droga vai para fora o valor vai duplicar ou triplicar", afirmou o delegado.

Ainda segundo o delegado, Polícia Federal havia repassado informações sobre o carregamento de cocaína à FAB, que enviou um avião para fazer o acompanhamento da aeronave. A Força Aérea ordenou que o bimotor mudasse a rota e pousasse no Aeródromo de Aragarças, em Goiás. Inicialmente, o piloto obedeceu às ordens, mas ao invés de pousar, desviou o curso.

Com isso, o avião da FAB "executou um tiro de aviso" para fazer a aeronave cumprir as ordens. O órgão esclareceu que o disparo não atingiu nenhuma parte do bimotor. A aeronave então pousou na zona rural de Jussara. Na aterrissagem, a asa da aeronave e a cauda ficaram danificadas.

O tenente-coronel da Polícia Militar Ricardo Mendes informou na segunda que a corporação foi acionada logo no início da interceptação. "O Graer [Grupo de Radiopatrulha Aérea da PM] foi chamado pelo fato da aeronave já estar em espaço aéreo de Goiás e pela mobilidade do helicóptero da polícia de conseguir pousar em locais mais difíceis, coisa que o avião da FAB não conseguiria", informou Mendes.

O policial afirmou ainda que a cocaína encontrada era pura. "Ainda poderia ser misturada, e a quantidade, multiplicada. Essa foi a maior apreensão de cocaína da história por parte da PM em Goiás", disse.





















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