GIRO DE NOTICIAS
Mais de 240 imigrantes morreram ou desapareceram no Mediterrâneo nesta semana, disseram grupos humanitários nesta quarta-feira (16), ao mesmo tempo que outras 580 pessoas foram retiradas de botes superlotados.
Na segunda-feira, um bote de borracha rasgou e virou com cerca de 150 a bordo, disse Iosta Ibba, porta-voz da agência de refugiados das Nações Unidas, relatando o que haviam contado alguns dos 15 sobreviventes quando chegaram a Catania, no leste da Sicília.
"Os sobreviventes se agarraram nos pedaços do bote que permaneceram na superfície”, declarou Ibba. “Eles ficaram na água por várias horas, alguns disseram dez horas, antes de um navio petroleiro resgatá-los.”
Na terça, 23 pessoas foram salvas por outro navio petroleiro depois que um bote de borracha carregando cerca de 122 pessoas murchou, disse a SOS Mediterrâneo, que opera o barco de resgate Aquarius. Quatro corpos foram recuperados.
"Nós esperamos na água, nos agarrando no que flutuasse, mas a maioria das pessoas se afogou, incluindo o meu irmão menor. Ele tinha 15 anos”, disse um dos sobreviventes à tripulação do Aquarius.
Uma apresentadora da BBC entrou em trabalho de parto logo depois de sair do ar, levando uma de suas colegas a acompanhar o nascimento no hospital.
Victoria Fritz, que apresenta as notícias de negócios do programa televisivo BBC Breakfast, esperava que o bebê nascesse no início de dezembro, mas a bolsa rompeu logo após o fim de sua participação na edição desta quarta-feira (16).
A também apresentadora Sally Nugent entrou em cena depois que o marido de Fritz ficou preso no trânsito.
Mais tarde, a jornalista deu à luz a um menino no St Mary's Hospital, em Manchester, no noroeste da Inglaterra.
Após o parto, Fritz tuitou seus "mais sinceros agradecimentos" pelo "esforço de equipe" do BBC Breakfast.
Uma porta-voz da BBC disse que Nugent tinha a intenção de apenas fazer companhia a Fritz enquanto esperava pelo marido dela.
"Quando Sally ouviu que ela (Victoria) entrou em trabalho de parto, se ofereceu para ficar lá até que o marido de Victoria chegasse, mas o marido nunca chegou, então ela se viu no nascimento."
Nugent tuitou: "Você não vai acreditar no que aconteceu depois do trabalho ontem. Um enorme parabéns à nossa muito inteligente @VFritzNews".
"Vai ser uma ótima história para o aniversário de 21 anos dele! Que dia incrível."
Uma foto da mãe e do bebê foi postada na página do Facebook do BBC Breakfast com o título "Breaking Breakfast Baby News!" (Notícia urgente do Breakfast sobre bebê!).
"Há 24 horas, Victoria apresentava as nossas notícias de negócios - hoje ela tem algumas notícias muito mais importantes para transmitir!"
"Ele estava com um pouco de pressa para cumprimentar o mundo e chegou algumas semanas mais cedo. Então ele não tem um nome ainda, mas mãe e bebê estão bem."
Muitos espectadores ficaram surpresos com a notícia porque Victoria não aparentava estar em uma gravidez avançada.
O ex-ministro da Economia francês Emmanuel Macron lançou nesta quarta-feira (16) a sua candidatura à presidência da França e provavelmente vai atrair votos dos principais candidatos, numa corrida equilibrada que promete uma forte participação do líder de extrema-direita Marine Le Pen.
Macron, de 38 anos, abandonou o gabinete do presidente socialista François Hollande em agosto para preparar sua campanha, e disputará como candidato independente nas eleições do próximo ano.
Ao anunciar sua candidatura à eleição, Macron disse que queria afastar a França da "política baseada no clã", acrescentando: "Eu testemunhei a superficialidade do nosso sistema político por dentro".
As pesquisas de opinião mostram que o próprio Hollande e a esquerda em geral devem sofrer derrotas por causa do desempenho em assuntos como desemprego, segurança nacional e imigração, questões que alavancam Le Pen.
Macron, um ex-banqueiro de investimento que introduziu reformas trabalhistas para Hollande, ainda não definiu suas políticas. Apesar de ser um dos políticos mais populares da França, ele nunca teve cargo eleito e não tem aparato partidário atrás dele. Alguns dizem que sua campanha pode ser difícil.
No entanto, Macron é amplamente visto como um provável candidato que tomará votos do conservador Alain Juppé, o favorito para ganhar a presidência.
Juppé enfrenta uma corrida apertada pela nomeação da centro-direita em uma eleição primária do partido Les Republicains e seus aliados de centro-direita, que começa no domingo. Seu principal rival é o ex-presidente Nicolas Sarkozy.
Um incêndio em salas de cinema de um luxuoso e turístico centro comercial de Lima deixou mortos nesta quarta-feira (16). Segundo a agência Reuters, pelo menos três pessoas morreram. Já de acordo com a EFE, foram quatro mortos.
Segundo a EFE, dois homens e uma mulher que estavam na área do cinema estão entre os mortos. Ainda de acordo com a agência, o diretor de prevenção do Corpo de Bombeiros Voluntários do Peru, César García, afirmou que o incêndio foi controlado apesar da pouca visibilidade no local.
A causa do incêndio ainda é desconhecida e os bombeiros estão trabalhando para resgatar pessoas do centro comercial Larcomar, que fica à beira-mar, disse o chefe do corpo de bombeiros em Lima, Miguel Eduardo Yi. A embaixada britânica, localizada nas proximadades do shopping, foi fechada, disseram autoridades
O Peru sedia a cúpula anual de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) nesta semana, e os líderes mundiais devem chegar nos próximos dias, incluindo os presidentes de Estados Unidos, Rússia, China e outros países.
O incêndio provocou uma intensa fumaça negra que se espalhou pelas ruas próximas do shopping, incluindo um luxuoso hotel onde estão hospedados alguns dos participantes da cúpula.
O presidente americano Barack Obama chegou nesta quarta-feira (16) a Berlim, na Alemanha, para uma reunião com a chanceler Angela Merkel. A visita conclui a etapa europeia de sua viagem de despedida.
Em sua sexta e última viagem oficial à Alemanha, Obama jantará na noite desta quarta com Merkel, sua "parceira internacional mais próxima nos últimos oito anos" e voltará a se reunir com ela na quinta-feira.
No dia seguinte, ambos participarão de um encontro com líderes de Reino Unido, e Obama também deverá ver o presidente francês, François Hollande, a primeira-ministra britânica, Theresa May, e o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi.
A última viagem de Obama como presidente dos EUA começou nesta terça em Atenas, na Grécia, e deve terminar no fim de semana no Peru. No país, ele vai participar do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), onde espera conversar com o presidente chinês, Xi Jinping.
Obama e Merkel escreveream um artigo em conjunto que deveá ser publicado nesta sexta-feira na revista alemã "WirtschaftsWoche" em que afirmam que empregadores, empregados, consumidores e agricultores da Alemanha e dos Estados Unidos irão "sem dúvida" se beneficiar de um acordo de livre comércio sendo negociado entre a União Europeia e os EUA.
"Um acordo que conecte mais nossas economias e que capitalize regras que correspondem a nossos valores compartilhados nos ajudaria a crescer ao longo das próximas décadas e a continuar competitivos em nível global", escreveram os líderes, segundo um trecho adiantado do artigo.
Seus comentários contrastaram acentuadamente com os do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que fez dos ataques a acordos comerciais internacionais um pilar de sua campanha eleitoral, dizendo que eles tiraram empregos de seu país.
Desafiando a retórica protecionista de Trump, Merkel e Obama disseram que os EUA e a Alemanha são mais fortes se trabalharem juntos e ressaltaram que agora a cooperação é mais importante do que nunca, porque a economia global está se desenvolvendo mais rápido do que nunca e os desafios globais estão se desenvolvendo na mesma velocidade.
"Não haverá volta a um mundo pré-globalização", afirmam.
Os dois líderes acrescentaram que norte-americanos e alemães precisam aproveitar a oportunidade para moldar a maneira como a globalização acontece de acordo com seus próprios valores e ideias.
"Devemos às nossas empresas e aos nossos cidadãos – e na verdade a toda a comunidade internacional – ampliar e aprofundar nossa cooperação", afirmam.
Em uma coletiva de imprensa em Atenas, Obama defendeu que os líderes mundiais deem mais atenção ao medo das pessoas em relação à desigualdade e ao deslocamento econômico dentro do contexto da globalização. Ele afirmou que a importância desse debate foi uma das lições que aprendeu com a corrida eleitoral americana deste ano.
"Quanto mais eficazes formos ao lidar com essas questões, menos esses medos podem se canalizar em abordagens contraproducentes, que podem colocar as pessoas contra as outras", disse.
Para Obama, a ascensão do empresário Donald Trump à Casa Branca reflete o desejo da população de "tentar algo" novo e o "temor das pessoas de que seus filhos não sejam tão bons". Ele também relacionou esse sentimento à aprovação em plebiscito britânico para sair da União Europeia.
O presidente da República, Michel Temer, assinou nesta quarta-feira (16) um decreto para instituir o Programa Integrado de Proteção de Fronteiras.
O ato foi assinado na abertura da reunião ministerial com representantes de países do Cone Sul sobre segurança nas fronteiras realizada no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília.
De acordo com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, o decreto organiza a articulação que diferentes órgãos brasileiros devem ter em relação à segurança pública em regiões fronteiriças.
“Ele reordena os órgãos que participam [do tema] otimizando a forma de participação de maneira muito mais prática. Vai ser um comitê que vai programar e acompanhar operações. O que vem faltando nesses combates é algo mais operacional”, disse Moraes.
O encontro reuniu ainda os ministros José Serra (Relações Exteriores), Raul Jungmann (Defesa), e Sergio Etchegoyen (Segurança Institucional), além dos ministros da Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai responsáveis pelo tema. Participaram ainda representantes de estados que fazem fronteiras com esses países, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, durante a reunião, a portas fechadas, os principais temas discutidos foram narcotráfico, tráfico de armas, contrabando, tráfico de pessoas e a lavagem de dinheiro.
O governo busca dar continuidade à reunião sobre segurança pública realizada no dia 28 de outubro, também no Itamaraty, e definir parâmetros para aprofundar o contato entre os países envolvidos na questão fronteiriça por meio de investigações criminais em conjunto.
De acordo com o ministro da Justiça, o governo trabalha agora com base em três eixos principais: inteligência e informação; operações policiais conjuntas; e o combate à lavagem de dinheiro.
Foram regulamentados, por exemplo, protocolos para operações em rotas do tráfico de drogas. O governo brasileiro também vai disponibilizar um centro de informações utilizado na Olimpíada do Rio para os países do Cone Sul.
"Podemos criar uma rede de informações para seguir o dinheiro. Assim, vamos sufocar esse contrabando transnacional", ressaltou Moraes.
O ministro das Relações Exteriores, José Serra, afirmou que, levando em conta os cinco países presentes à reunião do Cone Sul, são aproximadamente 7 mil quilômetros de fronteira, o que desafia o controle entre as divisas.
“Isso mostra a dificuldade que se tem de se controlar. Fronteira passou a ser sinônimo de crime. Temos de mudar isso. Quero repetir que a reunião de hoje mostrou o engajamento do Brasil com nossos vizinhos. Demos um tratamento positivo a uma agenda predominantemente negativa”, comentou.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) anunciou nesta quarta-feira (16) que fechou um acordo de leniência com a Andrade Gutierrez, executivos e ex-executivos da empreiteira, no qual eles admitem a participação em um cartel para o leilão e as obras de construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
No acordo de leniência, empresas ou pessoas assumem a participação em um determinado crime e se comprometem a colaborar com as investigações. Em troca, ficam livres de condenação ou têm a pena reduzida.
De acordo com o Cade, além de admitir envolvimento, a Andrade Gutierrez apontou o participação, no cartel, das empreiteiras Camargo Corrêa e Odebrecht e pelo menos seis executivos e ex-executivos dessas empresas. Camargo e Odebrecht não assinaram acordo de leniência com o Cade. A denúncia aponta que as negociações entre elas teriam começado em julho de 2009, com a divisão dos consórcios que disputariam o leilão de Belo Monte, que aconteceu em 2010.
A Odebrecht informou que não comentará a decisão do Cade ou a denúncia da Andrade Gutierrez. Já a Camargo Corrêa informou que "firmou acordo de leniência em que corrige irregularidades e reitera que permanece à disposição para colaborar com as autoridades.”
"Segundo relatado, ao longo do processo de preparação das propostas comerciais, as empresas teriam alinhado parâmetros tais como premissas da construção, divisão de riscos entre construtoras e investidores e contingenciamento dos riscos. Tal alinhamento de parâmetros visava a criar uma paridade de condições e de preços entre as empresas, o que não é esperado entre concorrentes, e buscava garantir a viabilidade de um pacto colusivo de posterior divisão da construção da UHE Belo Monte entre elas", diz a nota do Cade.
O leilão da hidrelétrica foi vencido pela Norte Energia, formado pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) - subsidiária da Eletrobras -, Construtora Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, entre outras empresas. Entretanto, a Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Odebrecht acabaram contratadas para a construção da usina.
Maior projeto brasileiro no setor elétrico, Belo Monte tem a conclusão das obras prevista para janeiro de 2019. Com um investimento estimado em R$ 28,9 bilhões, a usina terá potência de 11.233 MW e deve gerar 4.571 MW médios, instantaneamente.
A hidrelétrica começou a gerar energia (operação comercial) em abril de 2016, após pouco mais de um ano de atraso.
Em mais um dia marcado por protestos que deixaram cinco feridos, deputados estaduais discutiram nesta quarta-feira (16) dois dos 21 projetos propostos pelo governador Luiz Fernando Pezão. A sessão terminou com um prazo estabelecido para a apresentação de emendas aos dois projetos debatidos, e a promessa do presidente da casa, Jorge Picciani (PMDB), de que vai abrir as galerias e a tribuna de honra da Alerj para os servidores nesta quinta-feira.
A sessão foi encerrada por volta das 18h50. O presidente da Alerj, Jorge Picciani, deu até esta quinta (17), às 18h30, prazo para que os deputados apresentem emendas para dois projetos apresentados pelo governo. Um deles propõe a redução salarial de governador, secretário e subsecretários em 30%. O outro projeto diz que as dívidas do Estado com fornecedores acima de 15 salários mínimos – e não mais 40 – podem ser pagas na forma de precatórios.
Picciani acredita que os ânimos vão se acalmar a partir de agora. Ele disse ter recebido também nesta quarta 16 sindicalistas e abrirá a agenda para receber outras lideranças nesta semana."Tem que se ter paciência. Vamos votar e fazer o melhor em defesa do Estado"
A votação foi precedida por uma manifestação contra o pacote de ajuste fiscal, que aconteceu do lado de fora da Alerj. Enfrentamentos entre manifestantes e PMs deixaram cinco feridos (quatro homens do Batalhão de Choque e um bombeiro), segundo informação da GloboNews. Parte dos manifestantes chegaram a derrubar a grade instalada durante o feriado.
A sessão começou às 15h07, quando 62 dos 70 deputados estaduais do Rio discutiam a crise no plenário da Alerj.
Picciani previu ainda que nenhum projeto será votado em novembro, apenas em dezembro. "Vamos com tranquilidade. O debate será aberto, todos terão direito ao contraditório, e discutiremos os ajustes para que o Rio saia dessa crise", afirmou.
A deputada Enfermeira Rejane (PC do B) afirmou que a sessão deveria ser suspensa e que Pezão seja chamado à Alerj. Já a deputada Cidinha Campos, no fim de seu pronunciamento, gritou "Pede as contas, Pezão". Deputado Waldeck Carneiro (PT) afirmou que se sentiu constrangido com o cerco de policiais no local.
O deputado Marcelo Freixo (PSOL) aproveitou falar isenções fiscais dadas pelo governo. "Abra a caixa preta dos benefícios fiscais de empresas." André Corrêa (PSD) disse que eles precisam fazer as contas para ver o que precisam até 2019.
"Se a gente pensar na próxima eleição, a gente vai entrar em colapso. Aí o novo governador eleito vai ter legitimidade para negociar de sair dessa crise. Por isso, chamo pacto de travessia. Acho que temos que fazer essas contas e ver o que precisamos para chegar até junho de 2019. E ver que o setor empresarial tem que dar a sua contribuição, pelo menos, neste período. Os poderes têm que cortar. E os servidores vão ter que dar a sua contribuição também."
Manifestantes começaram a se concentrar em frente à Alerj por volta das 10h. Em torno das 12h, alguns derrubaram as grades do local. O Batalhão de Choque da Polícia Militar usou bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes.
Houve muita correria, mas um grupo continuou resistindo. Às 13h15, uma nova confusão ocorreu, e a polícia chegou a jogar gás de
pimenta na direção dos manifestantes. Por volta das 13h30, um grupo tentou invadir o prédio da assembleia e chegou a derrubar uma parte da segunda barreira de grades que isolam o Palácio Tiradentes.
Um vídeo feito nesta tarde mostra dois policiais do Batalhão de Choque deixando o cerco a Alerj. "Não queremos mais participar disso", teria dito um deles após a corporação soltar bombas contra servidores, segundo o autor do vídeo, Julio Trindade.
É possível ouvir um estampido no início das imagens. Nelas, os militares são ovacionados por ativistas que os acompanharam. "Parabéns, guerreiro", diz um. "Boa, Choque", diz outro. O vídeo foi publicado em uma rede social e obteve milhares de visualizações em poucos minutos
Enquanto a sessão acontecia no plenário, por volta das 18h, servidores continuavam concentrados em frente à Alerj. Depois de quase cinco horas de protesto, um manifestante informou que um grupo conversou com o presidente da Alerj, Jorge Picciani. Ele informou que ficou acertado que, antes da votação de cada projeto, representantes dos sindicatos vão se reunir com os deputados.
Também ficou marcada uma reunião na próxima terça-feira (22) com representantes de sindicatos. Eles devem levar uma pauta de sugestões para o governo.
Um casal de Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, conseguiu na Justiça que o estado da Bahia fique responsável pela compra do canabidiol, medicamento feito à base de maconha, para o filho que nasceu com microcefalia e sofre com convulsões. O estado recorreu da decisão. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) não se posicionou sobre o caso.
A mãe da criança, Érika Macêdo, teve rubéola antes da gravidez, o que pode ter causado o problema. Além da má formação do cérebro, o menino Arthur também nasceu surdo e com catarata congênita.
O pai, corretor de imóveis Gabriel Gallindo, conta que vários remédios já foram usados no tramanto da criança, mas nenhum funcionou. A esperança da família agora, segundo ele, é o canabidiol, que foi retirado da lista de substâncias proibidas pela Anvisa no início de 2015.
"Tem dias que ele tem seis e já chegou a 10 crises num dia. E quando ele está assim, ele para de se alimentar. Ele engatinhava e deixou de engatinhar. Não tem controle para ficar sentado. Ele interagia e parou de interagir. Não sorri mais. A gente sente que as convulsões faz ele deixar de fazer tudo o que ele aprende. Apaga da memória tudo o que ele aprendeu", destacou o pai do menino, Gabriel Gallindo.
As crises convulsivas do menino começaram logo nos primeiros dias de vida, segundo os pais. Eles afirmam que já tentaram de tudo para amenizar o problema, mas não tiveram sucesso e destacam que não têm condições de arcar com o preço do canabidiol.
"Estávamos pesquisando e descobrimos que uma ampola de 10 ml do canabidiol custa 600 dólares, ou R$ 1,7 mil. E são duas vezes no mês. Uma criança que não está nem recebendo o benefício que é de direito dele. Eu não posso trabalhar como trabalhava antes e até o pai também não pode trabalhar como travalhava. Então, impede de a gente ter esse dinheito para comprar isso. A gente está lutando para o governo custear uma coisa que é benéfica para a saúde de uma criança. A vida não espera", disse Érika Macêdo.
O nerologista Paulo Machado diz que o canabidiol é eficiente para casos como o menino Arthur. "Ele [o medicamento] traz benefícios enormes para pacientes com um tipo de epilepsia como o do garotinho Arthur. São crises de difícil controle que você usa dois, três, quatro tipos de remédios diferentes e em altas doses e mesmo assim o paciente tem crises. O canabidiol não é psicoativo, tem uma baixa toxidade e alta tolerabilidade pelo organismo dos seres humanos, mesmo com uso prolongado. O paciente vai ter resultados excelentes", destacou o especialista.
A Corregedoria Geral da Fundação Casa afirma que instaurou sindicância para apurar a fuga de 35 adolescentes na tarde de terça-feira (15) da unidade Novo Horizonte, em Guaianazes, na Zona Leste de São Paulo. O prazo da investigação é até 90 dias.
Segundo a Fundação, a Polícia Militar foi acionada e segue fazendo buscas na região. Até o momento, 11 jovens foram encontrados. O centro, atualmente, estava com 50 menores cumprindo medida socioeducativa.
Os adolescentes recapturados passarão por uma Comissão de Avaliação Disciplinar (CAD), que vai determinar as possíveis sanções. O Judiciário e os familiares dos jovens serão informados da ocorrência.






























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