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Príncipe William e Kate Middleton vão a jogo beneficente na Índia
O duque e a duquesa de Cambridge participaram neste domingo de um jogo beneficente de críquete com crianças carentes em Mumbai, no primeiro dia de uma visita de uma semana à Índia, cujo roteiro também inclui o isolado reino do Butão, no Himalaia.
O príncipe William sua esposa, Kate Middleton, foram para a capital financeira da Índia e encontraram crianças das organizações não-governamentais Magic Bus, Childline e Doorstep.
Eles fizeram um tour em um ônibus de topo aberto e jogaram uma partida de críquete com uma equipe local e crianças apoiadas pelas três instituições de caridade.
Kate, que estava de óculos escuros e um vestido de verão vermelho, branco e azul, jogou com a lenda do críquete indiano Sachin Tendulkar. Ela bateu apenas uma bola, deixando uma animada partida para William e os demais jogadores em campo.
O casal real, que viaja sem os filhos George e Charlotte, devem participar de um evento de gala para caridade inspirado em Bollywood na noite deste domingo, em meio a especulações de que Kate pode aparecer em um sári desenhado por uma requisitada estilista indiana.
O roteiro de William e Kate inclui Nova Dhéli, onde irão almoçar com o primeiro-ministro Narendra Modi, um safari em Assam – famoso por seus rinocerontes de um chifre –, e o Butão.
A visita será encerrada no próximo sábado no Taj Mahal, revisitando uma cena – muito fotografada – da visita da mãe de William, a princesa Diana, em 1992, ao monumento.
Premiê britânico divulga declarações de impostos para acalmar ânimos
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, deu um passo incomum neste domingo (10) ao publicar suas declarações de imposto na tentativa de encerrar dias de questionamentos sobre sua riqueza pessoal provocados pela menção de um fundo offshore de seu falecido pai nos "Panama Papers".
A relutância inicial de Cameron em admitir que havia sido beneficiado pelo fundo causou furor, agravando seus problemas em um momento em que enfrenta uma difícil batalha política para convencer os britânicos a votarem a favor da permanência na União Europeia em um referendo no dia 23 de junho.
A questão da UE dividiu seu Partido Conservador, enquanto o governo vem passando por uma fase difícil com a renúncia de um ministro, questões sobre a previdência social e acusações que de que estaria falhando em proteger a indústria de aço britânica.
Depois de dizer no sábado que poderia ter lidado melhor com as consequências dos "Panama Papers", Cameron divulgou um resumo de suas declarações de impostos dos últimos seis anos.
Mas, qualquer esperança de que isso iria encerrar a questão não durou muito, já que a edição deste domingo dos principais jornais se concentrou em um presente de 200 mil libras (282,5 mil dólares) dado a Cameron por sua mãe em 2011, sugerindo uma forma de evitar impostos sobre a herança.
Uma fonte do gabinete de Cameron disse que a sugestão é imprecisa, que o presente havia sido declarado e que se tratava de uma mãe presenteando um filho da mesma forma legal que centenas de milhares de britânicos fazem todos os anos.
O líder da oposição, Jeremy Corbyn, do Partido Trabalhista, acusou Cameron de enganar o público divulgando o que ele descreveu como quatro declarações "evasivas" antes de finalmente admitir que havia sido beneficiado pelo fundo de seu pai.
Após a divulgação das declarações de impostos, Corbyn e outros políticos continuaram pedindo por mais informações.
Primeiro-ministro da Ucrânia renuncia ao cargo
O presidente da Ucrânia, Arseni Iatseniouk, anunciou neste domingo (10) que pede demissão e renuncia ao cargo.
"Eu tomei a decisão de me demitir (...). Vou apresentá-la ao Parlamento. Minha decisão está baseada em muitos motivos - a crise política do governo foi desencadeada artificialmente, o desejo de mudar uma pessoa cegou políticos e paralisou a vontade deles de trazer reais mudanças para o país", afirma Iatseniouk, de acordo com a Reuters, em transmissão televisiva.
A demissão ocorre em um momento de pressão na Ucrânia. Desde que houve a decisão de o país se aproximar da União Europeia, são esperadas reformas para combater a corrupção.
Em fevereiro, as autoridades receberam um alerta do Fundo Monetário Internacional (FMI), seu principal credor. A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, ameaçou cortar o fornecimento caso não visse "novos esforços significativos" do governo ucraniano para reformas e luta contra a corrupção. As consequências foram imediatas: a moeda despencou e afastou os investidores da dívida pública do país.
A situação se agravou quando, no mesmo mês, o ministro da Economia, Aivaras Abromavicius, altamente considerado pelos meios empresariais e chancelarias ocidentais, renunciou acusando um parente do presidente de bloquear reformas e querer impor personalidades "duvidosas" em sua equipe. "Nem eu nem minha equipe temos vontade de ser a fachada para a corrupção descarada, marionetes daqueles que querem dispor do dinheiro público ao estilo das velhas autoridades", afirmou na ocasião.
Consequentemente, a pressão se voltou para Arseni Iatseniouk. A inoperância do poder, de acordo com especialistas políticos, poderia até provocar novas eleições antecipadas, tanto legislativas como presidenciais. O presidente, Poroshenko, chegou a falar em "revitalizar" o gabinete de Iatseniouk. O caos político levou, então, à renúncia do primeiro-ministro, neste domingo (10
Responsáveis por atentados na Bélgica planejavam atacar França
Um dos suspeitos dos atentados em Bruxelas, na Bélgica, admitiu que o grupo planejava atacar inicialmente a França, afirmaram promotores do país.
Mohamed Abrini é acusado de ter sido um dos responsáveis pelos ataques à capital belga no último dia 22 de março.
Ele afirmou às autoridades que o grupo mudou de ideia e decidiu realizar o ataque em Bruxelas depois da prisão de Salah Abdeslam.
Belga de origem marroquina, Abdeslam foi um dos responsáveis pelos ataques a Paris em novembro do ano passado, que resultaram na morte de 130 pessoas.
De acordo com os investigadores, Abrini também teria admitido ser o terceiro homem-bomba no ataque ao aeroporto de Bruxelas. Ele, no entanto, fugiu do local sem detonar os explosivos.
Os ataques à Bélgica, que atingiram o aeroporto internacional e a rede de metrô, deixaram 32 mortos.
A autoria dos atentados foi reivindicada pelo grupo extremista autodenominado Estado Islâmico.
Hiroshima reforça segurança para cúpula das Relações Exteriores do G7
A cidade de Hiroshima reforçou a segurança com o desdobramento adicional de cerca de 4.300 policiais para a cúpula das Relações Exteriores do Grupo dos Sete (G7), que começou neste domingo (10) na cidade do oeste do Japão, informou a emissora pública japonesa "NHK".
O município estabeleceu controles exaustivos para todos os veículos que circulam pelas vias em torno do hotel se hospedaram os chanceleres das sete economias mais industrializadas do mundo - Japão, Estados Unidos, Reino Unido, França, Canadá, Alemanha e Itália - durante os dois dias que o encontro vai durar.
Também foi redobrada a segurança em torno ao Parque da Paz, onde os ministros presentes devem fazer uma visita para realizar uma oferenda de flores no pavilhão dedicado às vítimas do bombardeio atômico americano sobre a cidade ao final da Segunda Guerra Mundial em 1945.
A visita do secretário de Estado, John Kerry, representa a primeira de um titular das Relações Exteriores americano a este memorial e o tornará no funcionário de maior categoria de Washington a ir ao local até o momento.
Tanto nas estações de trem - e especialmente na central da cidade, onde para o trem-bala - como no aeroporto se multiplicaram o número de patrulhas, após os recentes atentados em Bruxelas, na Bélgica.
A ilha de Miyajima, situada na baía de Hiroshima, também reforçou a segurança, já que acolherá o jantar de trabalho desta cúpula, da qual também participa a titular das Relações Exteriores da União Europeia (UE), a italiana Federica Mogherini.
Na capital do Japão, Tóquio, também se aumentou a vigilância em estações e aeroportos, assim como nas principais zonas comerciais e de lazer da cidade, segundo detalhou a "NHK".
Protestos contra reforma trabalhista na França têm episódios de violência
Dezenas de milhares de pessoas voltaram às ruas neste sábado (9), na França, para protestar contra o projeto de reforma trabalhista do governo socialista de François Hollande, com episódios de violência em Paris e em várias outras cidades.
Um mês depois da primeira manifestação contra o texto, considerado muito liberal por seus opositores, 120.000 pessoas marcharam por toda a França, segundo o Ministério do Interior.
Apesar da determinação dos organizadores, a afluência era menor do que em convocações anteriores. No dia 31 de março, 390.000 pessoas saíram às ruas, segundo a Polícia; 1,2 milhão de pessoas, de acordo com os sindicatos.
Os organizadores apontavam as férias escolares como motivo do maior comparecimento.
Nas cidades de Nantes e Rennes (oeste), dois dos principais focos de contestação, assim como no encerramento da marcha em Paris, foram registrados confrontos neste sábado entre manifestantes e policiais.
Em Rennes, ao menos quatro pessoas, incluindo três policiais, ficaram feridas. Em Nantes, os manifestantes ergueram barricadas, vitrines foram destruídas, e jornalistas foram atacados violentamente.
Em Paris, três policiais ficaram feridos, segundo a prefeitura. No total, 26 pessoas foram detidas, indicou o Ministério do Interior.
Esta é a sexta vez em que sindicatos de trabalhadores e estudantes convocam os franceses a saírem às ruas para exigir que a reforma seja retirada.
O governo socialista defende esta reforma em nome da luta contra o desemprego que afeta 10% da população economicamente ativa. Seus opositores alegam, porém, que é muito favorável aos empregadores, criticando especialmente a revisão dos critérios que permitem a demissão econômica.
O projeto de reforma será debatido na Assembleia Nacional a partir de 3 de maio.
'Game Over'Em Paris, milhares de pessoas marcharam com cartazes que carregavam slogans como "Game Over, o povo acorda", ou simplesmente "Não".
"Estamos fartos da exploração capitalista que é cada vez pior", explicou em Lille, no norte do país, o professor aposentado Gérard.
Durante a noite, estão planejados encontros cidadãos do movimento "Nuit Debout" (Noite de Pé) em cerca de 60 cidades francesas.
Desde 31 de março, este movimento ocupa a Praça da República em Paris e se estendeu a outras cidades francesas, chegando, inclusive, a Bruxelas. Estes manifestantes, que lembram o movimento dos "indignados" na Espanha e que receberam o apoio do Partido Podemos, têm aspirações que vão além da rejeição da lei trabalhista.
Entre os temas na agenda estão os refugiados, os problemas de habitação, a corrupção, ou a exigência de mais democracia.
"Não confiamos mais em nossos representantes. O sistema está se esgotando, as pessoas devem voltar a ter seu destino nas mãos", estimou Thierry, que participou da primeira "Noite de Pé" organizada em Nice, no sudeste da França, na noite de sexta-feira.
Cristina Kirchner é suspeita em caso de lavagem de dinheiro, dizem jornais
A ex-presidente argentina Cristina Kirchner será investigada por suspeita de lavagem de dinheiro, informaram fontes da Justiça neste sábado (9) citadas pela pelos jornais "Clarín" e "La Nación".
O pedido foi feito com base em dados fornecidos por uma testemunha, na véspera, em um caso que corre sob segredo de Justiça, segundo as mesmas fontes, informou a agência France Presse.
De acordo com as informações vazadas para a imprensa, a testemunha teria mencionado a ex-presidente Cristina (2007-2015) e seu falecido marido, o ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007), como parte das operações sob investigação.
Além de Cristina, o procurador Guillermo Marijuan solicitou que sejam investigados o ex-ministro do Planejamento Federal de Kirchner, Julio De Vido, o financista argentino Ernesto Clarens e outras pessoas que não tiveram sua identidade divulgada.
Na próxima quarta, a ex-presidente deve comparecer à Justiça para testemunhar em um outro caso por suspeita de malversação pública por operações cambiais do Banco Central quando ela ocupava a Casa Rosada.
O Ministério da Justiça declarou neste sábado que não dará "qualquer informação" sobre a identidade dos demais envolvidos, amparados sob a figura de testemunhas protegidas, após o vazamento das declarações do empresário Leonardo Fariña, citando os Kirchner. O juiz do caso, Sebastián Casanello, determinou segredo de Justiça.
No âmbito dessa investigação, a Justiça determinou na quarta-feira a detenção do empreiteiro Lázaro Báez, por suspeita de lavagem de dinheiro. Ele teria multiplicado sua fortuna ao longo das gestões do casal Kirchner.
Báez, de 59, é acusado de ter desviado dinheiro para contas na Suíça nos 12 anos de governo Kirchner, com os quais manteve uma amizade. A imprensa argentina alega que Baéz seria responsável pela administração financeira da família Kirchner.
Grande Florianópolis tem briga de torcida e tiros antes de clássico
A Polícia Militar informou que foram efetuados seis disparos contra a sede da Gaviões Alvinegros, no bairro Coloninha, região continental de Florianópolis, no início da tarde deste domingo (10), dia de clássico no estádio Orlando Scarpelli. Até a publicação desta notícia ninguém havia sido preso.
De acordo com o coronel Araújo Gomes, comandante da 11ª Região, pouco antes das 15h dois homens passaram de moto e fizeram os disparos. Havia movimentação de torcedores no local, mas ninguém ficou ferido.
Pela manhã, a mesma sede foi alvo de disparos, informou o Copom. Em nota, a Gaviões Alvinegros informou que "os tiros alvejados na sede da Torcida foram em conflito entre um torcedor comum, não vinculado à agremiação que se encontrava em frente a sede, com um transeunte".
De acordo com a nota, não há "qualquer envolvimento de nenhuma torcida organizada relacionada ao jogo de hoje".
Torcedores do Figueirense e do Avaí entraram em confronto no início da tarde deste domingo (10), em São José, na Grande Florianópolis.
De acordo com o coronel Araújo Gomes quando os policiais militares chegaram ao local, havia apenas cerca de 15 torcedores do Figueirense. Eles relataram que estavam em frente a uma distribuidora de bebidas quando um grupo de torcedores do Avaí se aproximou.
Ainda segundo a PM, os torcedores relataram que houve uma briga generalizada por volta das 13h, e que torcedores do Avaí teriam utilizado fogos de artifício. Ainda segundo a PM, uma pessoa teria ficado ferida, atigida por um dos fogos. Ela foi socorrida antes da chegada dos policiais.
Os torcedores do Figueirense foram liberados. Patrulhas faziam rondas na região.
Sobe para 11 o número de mortos em tragédia com ônibus em Mamborê
Mais uma vítima do acidente com ônibus em Mamborê, no interior do Paraná, que estava internada no Pronto Socorro de Campo Mourão, morreu na tarde deste domingo (10). Agora, o número de mortos na tragédia totaliza 11 e o de feridos 23. Até as 16h10, seis pessoas permaneciam internadas - três delas em estado gravíssimo.
O ônibus com placas de Dracena, no interior de São Paulo, tinha saído de Presidente Prudente, no mesmo estado, e seguia para o Paraguai. O grupo faria compras no país vizinho quando foi surpreendido por assaltantes na BR-369, em Mamborê. Passageiros relataram à polícia que foram acordados pelo barulho de tiros momentos antes do acidente.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a suspeita é a de que o motorista tenha se assustado e perdido o controle da direção. Desgovernado, o ônibus cruzou a pista e bateu em uma árvore. O veículo ficou completamente destruído.
Duas vítimas eram de Maringá, na região norte do Paraná. São elas: Ana Paula da Silva Pezarini e Adriana Rodrigues. Os corpos foram sepultados neste domingo no Cemitério Municipal.
Outras oito pessoas, que moravam no interior de São Paulo, também morreram no acidente. Entre elas estavam dois irmãos que eram os motoristas do veículo. Eles estão sendo velados em no Velório do Cemitério Campal, em Presidente Prudente.
Corretora de seguros morre após ser baleada enquanto dirigia, em Goiânia
A corretora de seguros Patrícia de Paula Moreira Andrade, de 33 anos, morreu no sábado (9) após ser baleada e bater o carro contra um poste no Setor Sudoeste, em Goiânia. Ela chegou a ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgância (Samu) e levada para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo o irmão da vítima, o administrador Plínio de Paula Moreira Andrade, de 30 anos, o laudo o Instituto Médico Legal (IML) atesta que a provavel causa da morte foi um homicídio e que ela levou um tiro na cabeça. “Ela tinha uma perfuração na testa, mas não tinham certeza do que era. Depois do laudo, me informaram no IML que havia sido uma bala que atingiu a cabeça dela”.
Andrade contou ainda que pessoas que estavam no local ouviram barulhos similares a um disparo de arma de fogo. “Um dos vizinhos disse que ouviu um barulho que seria tipo um tiro ou um pneu estourando. Quando foi ver, o carro dela havia batido em um poste com violência, airbags abriram e tudo”, contou o parente. Ainda segundo ele, após o acidente, a irmã chegou a ser levada para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).
A assessoria de imprensa da unidade de saúde informou por meio de nota que, “vítima de agressão física por arma de fogo, Patrícia de Paula, foi transportada até o Hugo pelo Samu”. Ainda conforme o texto, ela “estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado gravíssimo, em coma e respirava com a ajuda de aparelhos”. O hospital confirmou que Patrícia deu entrada às 3h15 da madrugada e veio a o óbito, ainda no sábado, às 17h15.
Após a constatação do óbito, o corpo foi levado ao IML onde foi periciado e, em seguida, liberado para a família. Segundo o irmão, o corpo foi levado para Itaberaí, no centro de Goiás, onde Patrícia nasceu. O enterro acontece às 16h no Cemitério Municipal São Miguel.
Passageiros relatam 'emboscadas' de taxistas ao tentar usar Uber em PE
O final de semana foi marcado por atritos entre taxistas e motoristas da Uber, no Recife. Passageiros relataram terem sido impedidos por taxistas de entrar em carros solicitados através do aplicativo, que começou a funcionar na capital pernambucana no dia 3 de março. Os casos foram compartilhados através das redes sociais.
A estudante Evelyn Rodrigues foi uma das vítimas. Ao tentar entrar em um carro solicitado pelo aplicativo, na madrugada do sábado (9), o veículo foi trancado por taxistas. O caso aconteceu no Bairro do Recife. “Eles gritavam, tiravam fotos, faziam vídeos e soltavam gracinhas. A polícia chegou ao local, nada foi resolvido. Eles estavam obstruindo a via pública, causando transtorno, mas nem a placa dos carros foram anotadas”, relatou a estudante.
Agentes da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) também estiveram no local, mas para rebocar o carro, apontou Evelyn. “[Os agentes] Mandaram a gente voltar com aqueles táxis. Me revoltou”, contou a estudante. Ela relatou ainda ter ouvido dos mesmos taxistas “lisa, volta de bacurau então se não tem dinheiro!”.
Nas redes sociais, há relatos de outras situações semelhantes, ocorridas também neste final de semana, com passageiros afirmando que os táxis vêm em grande número e impedem o motorista de sair. Outra vítima, que preferiu não ser identificada, relatou que o carro foi cercado no bairro do Pina por diversos taxistas, que a ofenderam verbalmente e só liberaram o motorista depois que todas as pessoas saíram do carro.
Procurado, o presidente do Sindicato dos Taxistas, Everaldo Menezes, apontou que a entidade é contra qualquer postura agressiva. “Nós somos contra qualquer atitude desse tipo. Temos pedido ao taxista para não fazer nada irregular. O que a gente quer é resolver essa questão. Vou voltar a conversar com o pessoal da CTTU para ver o que pode ser feito”, destacou Menezes.
Os taxistas vem afirmando que vem tendo prejuízos e reforçam que o entendimento da prefeitura é de que o Uber é irregular na cidade. Tentou entrar em contato com a CTTU neste domingo, mas não obteve sucesso.
Quando o aplicativo começou a funcionar na capital pernambucana, a Secretaria de Mobilidade do Recife apontou que a Lei Federal 12.587/2012, que trata das atividades de transporte remunerado de passageiros, seja coletivo, escolar ou individual, determina em seu artigo 2º que “é atividade exclusiva dos profissionais taxistas a utilização de veículo automotor, próprio ou de terceiros, para o transporte público individual remunerado de passageiros, cuja capacidade será de, no máximo, 7 (sete) passageiros.”.
A mesma lei foi utilizada pelo diretor de comunicação da Uber no Brasil, Fábio Sabba, para defender a legalidade do serviço. "Os motoristas prestam serviço de transporte individual privado, que consta no segundo parágrafo da lei de Mobilidade Urbana. A gente não vê o Uber como uma competição com o táxi. Nossa ideia é de que existam várias plataformas para que o usuário deixe o carro em casa e use outras alternativas. Você aumenta o mercado existente, é diferente", garante.
Só quero minha vida de volta’, diz em carta travesti presa por morder policial
Só quero minha vida de volta”, declarou a travesti Verônica Bolina, que neste domingo (10) completa um ano presa. Ela é acusada de tentar matar uma idosa, agredir uma transexual e uma mulher, brigar com policiais militares e ainda arrancar a orelha de um policial civil em São Paulo. A declaração da maquiadora está numa das cartas que escreveu para a mãe. De dentro da prisão, também se corresponde com uma amiga. As duas moram no interior do estado.
A mãe de Verônica, a funcionária pública Marli Ferreira Alves, que mora em Mococa, e a amiga da travesti, a transexual Ágata Lima, empresária do ramo de beleza em Ribeirão Preto, forneceram cópias de algumas dessas correspondências .
A travesti de 26 anos nasceu como Charleston Alves Francisco, mas usa o nome social de Verônica Bolina. As cartas foram escritas por ela no ano passado e neste ano dentro do Centro de Detenção Provisória (CDP), em Pinheiros, Zona Oeste da capital. Detida preventivamente, a maquiadora aguarda seu julgamento, ainda sem data prevista.
Apesar de ter agredido mais de cinco pessoas, Verônica ficou conhecida publicamente como vítima nas redes sociais. Isso porque em abril de 2015 fotos da maquiadora, com cabelos curtos, sem peruca, o rosto inchado, roupas rasgadas, descalça e os seios nus, enquanto estava presa, com pés e mãos algemadas e era vigiada por policiais armados, vazaram na internet e acabaram compartilhadas no Facebook e WhatsApp. As imagens mostravam que ela havia sido detida novamente após arrancar a orelha de um carceiro.
O Ministério Público (MP) apura se ela foi torturada. Para a Defensoria Pública há indícios de tortura. Grupos LGBTTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) criticaram a exposição e criaram grupos de apoio na web, como o #somostodosveronica, que pedia a punição de quem tirou e compartilhou as imagens, além da libertação da presa.
Verônica foi detida por policiais militares no dia 10 de abril de 2015 após denúncia de que tentou matar uma vizinha idosa, e agredir uma transexual e uma mulher. Depois, no dia 12 daquele mesmo mês e ano, mordeu e arrancou de um carcereiro dentro do 2º DP.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou à época que policiais da delegacia negaram qualquer agressão à travesti, e que ela apanhou de presos ao se masturbar na frente deles. Em seguida, um carcereiro foi tentar ajudá-la, mas foi mordido por ela, que lhe arrancou parte da orelha, segundo a polícia.
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