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Prefeito de BH decreta luto e admite erro em obra de viaduto
O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), se pronunciou sobre o desabamento do viaduto sobre a avenida Pedro I, na Pampulha, em Belo Horizonte, no início da noite desta quinta-feira (3), e admitiu que erros provocaram o desastre.
— Houve algum erro, não quero avançar em hipóteses, somente o inquérito vai apurar responsabilidades. Certamente no futuro vai se descobrir erro de engenharia, de projeto, de construção, mas o importante no momento é dar assistência para as famílias das vítimas.
Lacerda decretou luto oficial de três dias em Belo Horizonte. Sobre a liberação da avenida Pedro I abaixo do viaduto ainda não entregue, Lacerda disse que é "normal' o tráfego abaixo de estruturas ainda incompletas.
— Isso é normal. Inclusive outros viadutos estão com tráfego liberado com o viaduto ainda em acabamento, todos eles passam por essa situação.
— Em uma construção como essa, de alta complexidade, o projeto é acompanhado por nós, mas não foi feito pela prefeitura. Foi feito pela empresa que ganhou a licitação, uma empresa renomada, de tradição e sucesso no mercado [a empreiteira Cowan].
Enquanto os jornalistas insistiam nos possíveis erros de construção e nas responsabilidades sobre a tragédia, Marcio Lacerda deu as costas e foi embora sem concluir a entrevista.
Grupo bloqueia entrada e saída de ônibus na Estação Pirajá, em Salvador
A entrada e a saída de ônibus da Estação Pirajá, em Salvador, foram impedidas por um grupo de pessoas, não identificado até o momento, no início da tarde desta quinta-feira (3). A ação começou por volta das 12h30 e foi interrompida em torno das 15h.
O bloqueio foi feito com dois ônibus - um apedrejado na entrada e outro com pneus furados na saída. Os dois veículos são da BTU. Tentamos contato com a empresa, mas a pessoa responsável ainda não foi localizada.
Matilde Santos, de 32 anos, estava no local quando começou a confusão. Ela precisou desmarcar a consulta médica da filha, na região do Iguatemi, porque ficou sem ter como se deslocar. "Foi uma confusão muito grande. Fiquei em uma casa lotérica próxima esperando a confusão passar", disse. Por conta a situação, o terminal rodoviário está lotado na tarde desta quinta-feira.
O motivo da ação é desconhecido. O Sindicato dos Rodoviários da Bahia nega qualquer tipo de envolvimento. "O Sindicato repudia qualquer movimento com esta natureza. Não sabemos qual é o motivo dessa manifestação. O sindicato desconhece o movimento", afirmou Fábio Primo, vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários.
Episódio ocorreu na madrugada desta quinta-feira, na Zona Sul de Macapá.
Homem chegou a lesionar a criança com uma tesoura, segundo a polícia
O autônomo Joanderson Silva Paixão, de 19 anos, disse que estava 'alucinado' quando, segundo a polícia, teria feito a esposa e os dois filhos, uma menina de 1 ano e um bebê de três meses, reféns na casa onde mora com a família, na madrugada desta quinta-feira (3), no bairro Jardim Felicidade I, Zona Norte de Macapá. A Polícia Militar (PM) informou que o jovem estava armado com uma tesoura e segurava a criança mais nova no colo e ameaçava matá-la caso a mulher tentasse sair da residência para denunciar o caso. Após a chegada dos militares, o rapaz teria iniciado um incêndio no imóvel com a família dentro. A ação foi contida pela equipe que atendeu a ocorrência.
Não consigo lembrar. Estava alucinado, drogado, mas me arrependo de tudo que possa ter feito", disse o rapaz, que confessou ter usado crack duas horas antes da ocorrência. Ele conta que desde os 13 anos é usuário de drogas.
O comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Amapá, Weligton Nunes, disse que a polícia tentou negociar a liberação dos reféns por cerca de 1 hora. "Tentaram negociar, mas os policiais foram obrigados a agir quando o pai das crianças começou a atear fogo em colchões", relatou o comandante. O oficial acrescentou que o bebê de três meses sofreu pequenos cortes na barriga no momento em que ele era retirado das mãos do suspeito.
Joarderson foi encaminhado para o Centro Integrado em Segurança Pública (Ciosp), do bairro Pacoval, na Zona Norte de Macapá, e posteriormente apresentado na Delegacia de Crimes Contra a Mulher (DCCM). As crianças e a mulher dele foram levadas para o Hospital de Emergências (HE) de Macapá. Elas foram medicadas e passam bem, segundo a PM.
A delegado Rosana Bastos, que atendeu o caso, disse que o suspeito deve ser encaminhado para o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), por não ter condições financeiras de pagar a fiança no valor R$ 1 mil, estabelecido pela Justiça.
"Ele e a família são carentes e não possuem condições de pagar esse valor. Comunicaremos ao juiz esta situação até a 0h de sexta-feira [4]. Ele irá responder por lesão corporal, tanto da companheira quanto do bebê, incêndio e ameaça de morte", destacou a delegada.
Comitê anticrise manda Sabesp tirar menos água do Cantareira em julho
O comitê que avalia e acompanha a crise no Cantareira decidiu que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) deve retirar menos água dos reservatórios do Sistema. A informação foi divulgada em um comunicado divulgado na quarta-feira (2) pelo Grupo Técnico de Assessoramento para Gestão do Sistema Cantareira (GTAG). Nesta quinta (3), o volume acumulado do Cantareira está em 20% do total.
A pretensão da Sabesp era de usar 20,9 metros cúbicos por segundo no mês de julho. Porém, o GTAG recomendou à Agencia Nacional de Águas (ANA) e ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) que estabeleçam como meta o uso de 19,7 metros cúbicos por segundo na primeira quinzena do mês. Depois disso, a situação será reavaliada.
"O GTAG concluiu não ser possível, com o atual volume disponível de 197,5 milhões de m³, o atendimento das vazões pretendidas até o horizonte de planejamento considerado de 30 de novembro de 2014", diz o comunicado do comitê.
Para dar esse número, o comitê considerou um cenário com entrada de água no Sistema de 50% da mínima histórica mensal. Em junho, por exemplo, entrou apenas 46% da mímina histórica registrada no mês desde 1930.
A Sabesp informou, por meio de nota, que as metas estabelecidas pela ANA e pelo DAEE são suficientes para garantir o "abastecimento da população da Grande São Paulo, mesmo diante da pior seca da história".
Nesta quinta, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que na prática a nova meta já está sendo cumprida e não terá impacto no abastecimento. “A medida [da ANA e do DAEE] é correta. Nós já estamos implementando. Ontem foi retirado 17, 8 [metros cúbicos por segundo]. Então, nós já estamos abaixo dos 19 no chamado Túnel 5, que é o que vem para São Paulo”, afirmou.
Alckmin afirmou que a redução na vazão é possível graças à adesão da população ao esforço de redução no consumo, impulsionado pelo programa de bônus. Cerca de 90% evitou os desperdícios. Além de recorrer à reserva técnica, que possui 182 milhões de metros cúbicos, o governo colocou em prática uma gestão de emergência dos recursos hídricos.
“Estamos substituindo o [Sistema] Guarapiranga pelo Alto Tietê e teremos novas entradas agora de 0,5 metro cúbico por segundo do Rio Claro em julho; em setembro do Rio Grande, de mais meio metro cubico. Em outubro, do Guarapiranga, mais um metro cubico”, declarou.
Goiás registra o primeiro caso suspeito de febre chikungunya
Uma moradora de Goiânia de 34 anos pode ser a primeira pessoa de Goiás a contrair a febre chikungunya, doença viral semelhante à dengue. Segundo a diretora de vigilância da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Flúvia Amorim, o maior indício de que se trata da infecção é o fato de a paciente ter sentido os sintomas durante uma viagem à República Dominicana. “No Caribe está acontecendo um surto da doença, com milhares de pessoas contaminadas. Então suspeitamos que ela também tenha contraído o vírus”, explicou.
A doença causa fortes dores de cabeça, prostração, diarreia, vômitos, febre alta e dor nas articulações, principalmente nos pés e nas mãos. Apesar dos sintomas semelhantes aos da dengue, pessoas diagnosticadas com febre chikungunya podem demorar meses para se recuperar.
A paciente chegou ao país em 16 de julho. Segundo Flúvia Amorim, a mulher, que viajava sozinha, informou aos comissários da aeronave que não estava passando bem. Assim, ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), ela foi atendida.
“A situação foi repassada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Anvisa], que avisou à secretaria que tinha uma paciente com suspeita da doença que chegaria a Goiânia. Nossa equipe foi ao aeroporto buscá-la. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência [Samu] a encaminhou ao Centro de Assistência Integral à Saúde [Cais] Vila Nova devido à proximidade com o aeroporto. Ela foi examinada e coletamos material para dengue e outras doenças de diagnóstico diferencial”, relatou a representante da secretaria.
As amostras colhidas foram enviadas ao Instituo Evandro Chagas, localizado no Pará, que é referência neste tipo de exame. Flúvia afirmou que não há previsão de quando sairá o diagnóstico da viajante.
De acordo com a diretora de vigilância, após passar pelo atendimento no Cais, a paciente foi liberada. “Uma equipe tem feito o monitoramento, visitas domiciliares e exames de acompanhamento. Ela está passando bem”, relatou Flúvia.
Transmissão
Como o vírus é transmitido por duas espécies de mosquito, o Aedes aegypti, que também transmite a dengue, e o Aedes albopictus, que é encontrado na zona rural, a Secretaria de Saúde, ao ter conhecimento do estado da paciente, realizou o procedimento de bloqueio de transmissão na casa da vítima, antes mesmo de que ela chegasse à capital. “Vistoriamos o local para eliminar possíveis criadouros do vetor e assim evitar que um mosquito a pique e transmita a doença”, explicou Flúvia.
Conforme a diretora de vigilância, o período de transmissibilidade da doença dura de cinco a dez dias após o início dos sintomas. Durante este intervalo, a orientação da secretaria era de que a paciente não deixasse a residência. Não há vacina nem remédio para cura da doença, apenas para diminuir os sintomas.
Ainda não há registro de pessoas infectadas no Brasil, pois as ocorrências se deram por casos de pessoas que viajaram para outros países e contraíram a doença. Uma vez que a pessoa é infectada pelo chikungunya e se recupera, ela se torna imune à doença.
A diretora de vigilância orienta àqueles que viajarem a países da América Central ou da África e apresentarem sintomas parecidos com a dengue a procurar uma unidade de saúde. “Como os sintomas são praticamente os mesmos, o paciente pode fazer confusão entre chikungunya e dengue. A pessoa não deve se automedicar e precisa procurar uma unidade de saúde o mais rápido possível e comunicar ao médico que se deslocou desses países”, orienta Flúvia.
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