MUNDIAL DE CLUBES
GOLS SUL AMERICANOS, BARCELONA FATURA O TRI
Contra os argentinos do River Plate, foi o uruguaio Luis Suárez quem fez a diferença. Depois dos três gols diante da legião de brasileiros do Guangzhou Evergrande, time chinês comandado por Felipão, o camisa 9 ampliou o recorde ao marcar dois dos três gols na final deste domingo. Além de Suárez, que foi às redes na etapa final, Messi também marcou após se recuperar de problemas clínicos.
Favorito na disputa com Neymar e Cristiano Ronaldo pelo título de melhor do mundo deste ano, Lionel Messi voltou ao time após extrair cálculos renais que o tiraram da semifinal da última quinta-feira. Apesar da valentia e aplicação tática, os argentinos suportaram a pressão do Barcelona por 35 minutos, tempo que Messi levou para abrir o placar em lance polêmico.
Outro que não atuou contra os chineses por ainda se recuperar de lesão muscular, Neymar atuou como titular e deu assistência para o primeiro gol. No entanto, perdeu o protagonismo que vinha conquistando no Campeonato Espanhol para o artilheiro Suárez, que novamente roubou a cena para encaminhar o título ao Barcelona.
Quem também sentiu um gosto especial ao comemorar essa conquista do Mundial, a terceira do Barcelona em seis anos, foi o lateral direito Daniel Alves, cuja renovação na última temporada inaugurou uma novela nos bastidores. Presente no tri conquistado no Japão, o brasileiro faturou seu 30º título na carreira, igualando Pelé em número de conquistas – 21 delas foram pelo Barcelona.
Essa é a segunda vez que dois times do mesmo país faturam o Mundial de forma consecutiva. Além do Barcelona, em 2015, e do Real Madrid, em 2014, duas equipes brasileiras já tinham protagonizado o mesmo feito na década passada. Após o tri mundial do São Paulo, em 2005, o Internacional conquistou o torneio em 2006 ao derrotar o Barcelona na final.
O estádio de Yokohama, que já recebeu até final de Copa do Mundo, em 2002, mais parecia um Monumental de Núñez. Mais de 20 mil torcedores argentinos marcaram presença e, a partir da entrada dos times em campo, não pararam de cantar para empurrar o River Plate.
Diante de tamanho incentivo, o atual campeão da Libertadores não se escondeu, adiantou as linhas e pressionou o Barcelona para recuperar a posse de bola. Mesmo assim, abusando da calma no toque de bola, os catalães conseguiram criar oportunidades. A primeira, aos dez minutos, foi desperdiçada por Messi, que retornava ao time após extrair cálculos renais.
O passe milimétrico de Iniesta encontrou Messi livre entre a zaga do River. Cara a cara com o gol, o atacante escolheu o canto, mas parou em Barovero, que mostrou bom reflexo para evitar a abertura do placar. Bem distribuído em campo, o River Plate conseguia manter o Barcelona longe, em certa medida, da sua área, aproveitando eventuais contra-ataques para desafogar a linha de defesa.
Aos 32 minutos, mais uma chance para Messi. O camisa 10 cobrou falta da intermediária e viu a bola passar perto da trave de Barovero. Três minutos depois, em jogada que contou com cruzamento de Daniel Alves e passe de Neymar, Messi ajeitou a bola entre três marcados, em lance que supõe um toque no braço, e finalizou com precisão para balançar as redes.
Depois de já ir a campo com o time modificado, com Viudez no lugar de Pisculichi, Gallardo voltou para a etapa final com duas alterações. O experiente Lucho González entrou no lugar de Ponzio, enquanto o atacante Martínez substituiu Mora também no intervalo. No entanto, os homens de frente mal puderam contribuir antes de verem o Barcelona ampliar o placar.
Aos quatro minutos, aproveitando a zaga aberta em virtude do lance de ataque, o Barcelona saiu rápido. Ainda no campo de defesa, Busquets descolou lançamento certeiro para Suárez, que dominou, avançou em direção a área e concluiu com firmeza. A bola passou por baixo das pernas de Barovero e encontrou as redes, deixando os catalães ainda mais perto do tri mundial.
Aos 23 minutos, Suárez marcaria seu quinto gol em duas partidas, ampliando ainda mais o recorde. Em jogada do trio de ataque, que ainda não tinha atuado junto neste Mundial, Messi abriu para Neymar, que centrou com perfeição para Suárez. Na corrida, o uruguaio apareceu por trás da zaga e desviou de cabeça no contrapé do goleiro deixando o placar em 3 a 0.
Com o título já distante, o River Plate passou a jogar mais solto dentro de campo. Como um franco-atirador, o time argentino se lançou à frente e obrigou o goleiro Bravo a trabalhar em duas oportunidades. Na primeira, de cabeça, o chileno defendeu no reflexo e, na segunda, fez uma bela ponte para desviar a bola do caminho do gol. Durante os minutos finais, os catalães trocaram passes para esperar o apito final.
COM 2 DE DOUGLAS SAINDO DO BANCO, GARANTE A VIRADA E O 3° LUGAR PARA O SANFRECCE HIROSHIMA
Contra um dos times mais abrasileirados do Oriente, com cinco jogadores além do técnico, estranho que justamente um brasileiro tenha sido protagonista a favor do Sanfrecce Hiroshima. No início da manhã deste domingo, não foi Paulinho, Ricardo Goulart ou Robinho – que nem foi relacionado por Felipão – que chamou a atenção, e sim Douglas, atacante do time japonês que deixou o Brasil quase três anos.
A disputa pelo terceiro lugar, que envolveu o campeão japonês e o campeão da Liga dos Campeões da Ásia, mal começou para os presentes já palpitarem sobre o favorito. Logo aos 3 minutos, o ex-corintiano Paulinho, assim como na semifinal, usou a cabeça para marcar a favor do time de Felipão. Bem colocado dentro da área, só escorou para as redes a bola que rebateu na zaga e calou o Nissan Stadium, predominantemente ocupado por torcedores japoneses..
Apesar do domínio do Guangzhou na primeira etapa, a equipe não conseguiu aproveitar melhor as oportunidades para ampliar a vantagem. Levando o resultado de 1 a 0 para o intervalo, no entanto, o time chinês já garantia o título. No entanto, na volta do intervalo, aos 13 minutos, Douglas substituiu Sato e, na linha de frente, não demorou para fazer a diferença.
Revelado pelo Moto Club, Douglas teve passagens por Madureira e Figueirense antes de migrar para o futebol do Japão. No Oriente desde 2013, foi agora, no fim de 2015, que pôde escrever seu nome na história ao garantir, em 13 minutos, o terceiro lugar do Mundial de Clubes para o Sanfrecce Hiroshima, clube que disputou a competição desde a fase preliminar por ser campeão da J-League.
Aos 25 minutos, Douglas aproveitou o vacilo da zaga, que não afastou a cobrança de escanteio, e só escorou para o gol. Já na reta final da partida, aos 38, novamente de cabeça e diante da confusão da linha de defesa, o brasileiro decretou a vitória e garantiu um lugar no pódio para o campeão japonês da temporada.
GALERIA DA FESTA!!!!
PREMIAÇÕES!!!!
POSIÇÕES!!!
ATÉ 2016....
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