ROGERIO 100


Quarenta minutos após deixar o gramado, Rogério Ceni chegou ao vestiário da Arena Barueri para dar entrevista coletiva. E, assim que entrou, recebeu a primeira de muitas homenagens do clube. O São Paulo lançou um kit especial contendo os uniformes do primeiro gol, marcado no dia 15 de fevereiro de 1997, e do centésimo tento, anotado neste domingo, no clássico contra o Corinthians. Ele ainda será exaltado na terça-feira, no Morumbi, durante a apresentação oficial de Luis Fabiano.
Essa homenagem foi o desfecho de um fim de semana perfeito. Embora não tivesse o poder de prever o futuro, Rogério Ceni trabalhou de maneira especial nos últimos dias. No treino de sábado, após disputar o rachão na linha, ele bateu 40 faltas, com aproveitamento de 70%. Porque sabia que, se tivesse a chance, o que não havia ocorrido nas duas partidas anteriores, teria de ser perfeito. Como foi.
Antes de entrar para a história, Ceni teve momentos de apuro em campo. Viu um time que começou a partida com dificuldades para fugir da marcação do Corinthians. A cada brecha na partida, conversava com seus zagueiros, principalmente com Alex Silva. Ele pedia mais organização no meio-campo, que dava espaço para o rival chegar. O primeiro momento de tranquilidade veio com o belo gol de Dagoberto, aos 39 minutos do primeiro tempo.
Na volta do intervalo, o camisa 1 teve trabalho logo no início, quando fez um milagre em lance de Jorge Henrique, após cruzamento da esquerda. Aos oito minutos, veio a chance que ele tanto esperava. Fernandinho fez boa jogada pela esquerda, cortou para o meio e foi derrubado por Ralf. Falta na entrada da área, pelo lado esquerdo. Na cobrança, a bola teve endereço certo: o ângulo esquerdo de Julio Cesar, que nada pôde fazer. Ceni marcava o centésimo e entrava para a história.
O trabalho daí para frente só aumentou para o camisa 1, já que o Timão pressionou, mesmo com Alessandro e Dentinho expulsos, aos 18 e 28 minutos, respectivamente. Ele fez uma grande defesa em lance de Willian. Depois, quando o juiz Guilherme Cereta de Lima apitou o fim da partida, correu para o abraço e comemorou, com direito a volta olímpica no gramado da Arena Barueri.



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