GIRO DE NOTÍCIAS
Cientistas da Johnson & Johnson refutaram nesta sexta-feira uma asserção publicada em um periódico científico importante segundo a qual o projeto de sua vacina contra Covid-19, que é semelhante ao da vacina da AstraZeneca, pode explicar por que ambas foram ligadas a coágulos sanguíneos cerebrais muito raros em algumas pessoas que as receberam.
No início desta semana, os Estados Unidos suspenderam a distribuição da vacina da J&J para investigar seis casos de um coágulo sanguíneo cerebral raro conhecido como trombose venosa cerebral (TVC), acompanhado por uma contagem baixa de plaquetas, em mulheres norte-americanas de menos de 50 anos entre cerca de sete milhões de pessoas imunizadas com a vacina.
Os coágulos sanguíneos em pacientes que receberam a vacina da J&J têm grande semelhança com os 169 casos europeus relatados de uso da vacina da AstraZeneca entre as 34 milhões de doses administradas no continente.
As duas vacinas se baseiam em uma tecnologia nova que usa uma versão modificada dos adenovírus, que causam a gripe comum, como vetores para levar instruções às células humanas. Vários cientistas apontam que o problema pode ser um "efeito de classe" ligado a este tipo de vacina.
Em uma carta enviada nesta sexta-feira ao New England Journal of Medicine, cientistas da J&J refutaram um relatório de caso publicado no começo da semana por Kate Lynn-Muir e colegas da Universidade do Nebraska que afirmou que os coágulos sanguíneos raros "podem estar relacionados com vacinas de vetor adenoviral".
Na correspondência, Macaya Douoguih, cientista da divisão de vacinas Janssen, da J&J, e colegas apontaram que os vetores usados na vacina da empresa e os da AstraZeneca são "substancialmente diferentes" e que essas diferenças podem levar a "efeitos biológicos bastante diferentes".
A chanceler alemã Angela Merkel, o presidente francês Emmanuel Macron e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pediram nesta sexta-feira (16) a retirada das tropas russas da fronteira com a Ucrânia, em prol da "desaceleração" das tensões na região.
Os líderes alemães, franceses e ucranianos compartilharam, durante uma videoconferência, "suas preocupações sobre o aumento das tropas russas na fronteira com a Ucrânia, bem como na Criméia, anexada ilegalmente", segundo um comunicado conjunto da chancelaria alemã.
Angela Merkel, assim como os presidentes francês e ucraniano, pedem a retirada "desses reforços de tropas para conseguir uma desaceleração" das tensões no local.
Para uma implementação completa dos acordos selados em Minsk, Merkel e Macron “sublinharam seu apoio à independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia”, bem como “a necessidade de ambas as partes respeitarem integralmente os acordos de Minsk”, acrescentou o comunicado.
Durante várias semanas, os confrontos aumentaram entre Kiev e separatistas pró-russos em Donbass (leste da Ucrânia), enquanto dezenas de milhares de soldados russos foram posicionados nas proximidades, aumentando o temor de uma operação militar em grande escala.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, convocou uma cúpula com o presidente russo Vladimir Putin, além do presidente francês, Emmanuel Macron, e a chanceler alemã, - ambos mediadores no dossiê ucraniano - para tentar aliviar as tensões com Moscou.
"Quero que todos os quatro participem para discutir a situação de segurança no leste da Ucrânia" e o fim da "ocupação de nossos territórios", disse ele após um almoço em Paris com Macron e uma videoconferência com Merkel.
Antecipando o resultado da videoconferência, o Kremlin pediu a Paris e Berlim que usassem sua "influência" com o presidente ucraniano para acabar com o que qualificou de "provocações" da Ucrânia no leste de seu território.
Neste contexto volátil, Zelensky reiterou o desejo de seu país de aderir à Aliança Atlântica e à União Europeia. "Não podemos ficar indefinidamente na sala de espera da UE e da OTAN", disse ele ao diário francês Le Figaro.
“Se pertencemos a uma mesma família, devemos viver juntos. Não podemos sair juntos para sempre, como eternos noivos, devemos legalizar nossas relações”, insistiu o ucraniano, à atenção de Paris e de Berlim.
No entanto, a adesão à OTAN parece muito remota em vista da feroz hostilidade da Rússia a tal cenário e da relutância de vários Estados-membros da Aliança, incluindo a França, por medo de provocar Moscou.
A discussão se concentrou principalmente na busca de uma "solução política" para a crise e nos "meios para trazer a Rússia de volta às negociações", segundo observou a presidência francesa, cogitando um encontro "nos próximos dias" de especialistas no chamado "formato da Normandia" (fórum de diálogo entre os quatro países).
A crise em torno da Ucrânia se acalma no momento em que as tensões aumentaram entre Washington e Moscou, desde que Joe Biden chegou à Casa Branca em janeiro.
A Rússia anunciou nesta sexta-feira a expulsão de diplomatas norte-americanos e "recomendou" ao embaixador dos Estados Unidos que retorne a seu país em reação às sanções norte-americanas.
O governo dos EUA decretou na véspera uma série de severas sanções financeiras contra a Rússia e a expulsão de dez diplomatas russos após uma série de atos, incluindo um ataque cibernético gigante e interferência nas eleições presidenciais dos EUA em novembro.
Joe Biden, no entanto, reiterou sua proposta de cúpula com Vladimir Putin para iniciar a "desaceleração" das tensões, uma iniciativa considerada "positiva" pelo Kremlin nesta sexta-feira. A Rússia também anunciou no mesmo dia que limitaria a navegação de navios estrangeiros em três áreas da Crimeia, uma atitude condenada pela União Europeia, até outubro.
"Pedimos à Rússia que garanta o livre acesso aos portos ucranianos no Mar de Azov e permita a liberdade de navegação", respondeu a OTAN.
A probabilidade da Rússia invadir a Ucrânia nas próximas semanas é "reduzida à média", estimou na quinta-feira o chefe das forças norte-americanas na Europa, o general Tod Wolters.
Cansados da quarentena prolongada e rígida adotada na Argentina em 2020 para conter a pandemia de Covid-19, muitos empresários da área da cidade de Buenos Aires decidiram ignorar as novas restrições impostas pelo governo nacional ante o aumento forte dos contágios.
As medidas afetam atividades como academias de ginástica, restaurantes e bares, cujo funcionamento foi muito prejudicado durante grande parte do ano passado, quando o presidente, Alberto Fernández, ordenou uma política rigorosa de distanciamento social para enfrentar a pandemia.
Desta vez, muitos deles decidiram desobedecer o decreto presidencial que entrou em vigor nesta sexta-feira, que estipula que até 30 de abril os comércios gastronômicos só poderão atender em mesas externas durante o dia e se limitar a entregas de noite. Além disso, ele determinou a interdição de espaços fechados destinados a esportes e atividades recreativas, culturais e religiosas.
O movimento "Cadeiras Viradas", que foi criado em 2020 e congrega restaurantes conhecidos de Buenos Aires, garantiu que não acatará o decreto, acrescentando se tratar de um "novo atropelo" contra seu setor.
"A gastronomia não contagia. Somos um espaço seguro para trabalhar. Já se comprovou que não somos foco de contágio, e sim fonte de empregos", disse o grupo em um comunicado.
Fernández se mostrou contrário à "rebelião" destes setores, observando que recebem ajuda estatal para poder sobreviver durante as restrições.
Marcel Hitayezu, nascido em 1956 e que obteve a nacionalidade francesa, foi acusado de crimes de "genocídio" e "cumplicidade com crimes contra a humanidade" por um juiz de instrução do tribunal de Paris, segundo a promotoria nacional antiterrorista, que também se ocupa de crimes contra a humanidade.
"Padre da paróquia de Mubuga (sul), em Ruanda, Marcel H. é acusado de ter", em abril de 1994, "privado de víveres e água os tutsis que se refugiaram em sua igreja" e de ter dado "provisões aos milicianos que atacaram os tutsis que se refugiaram" no templo, informou a promotoria em um comunicado.
"Marcel H. respondeu aos fatos durante seu interrogatório em seu primeiro comparecimento perante o juiz de instrução", acrescentou.
Como ocorreu com todos os suspeitos de participar do genocídio reivindicados por autoridades ruandesas, o padre tinha sido alvo de uma ação de extradição a Ruanda, mas a justiça francesa a negou definitivamente em outubro de 2016.
Mais de 800.000 pessoas foram assassinadas, a maioria delas da etnia tutsi, entre abril e julho de 1994 em Ruanda, segundo dados das Nações Unidas.
O Irã iniciou o enriquecimento de urânio a 60% no complexo de Natanz, disse o chefe nuclear do país nesta sexta-feira, dias após uma explosão no local que Teerã atribuiu a Israel.
"Estamos produzindo cerca de 9 gramas de urânio enriquecido a 60% por hora", disse Ali Akbar Salehi, chefe da Organização de Energia Atômica do Irã. "Mas temos que trabalhar em arranjos para diminuir para 5 gramas por hora."
Mais cedo, o presidente do Parlamento, Mohammad Qalibaf, disse que cientistas iranianos iniciaram o enriquecimento de urânio a 60% com sucesso às 12h40 (horário local).
"O desejo da nação iraniana faz milagres que frustram qualquer conspiração", tuitou Qalibaf.
O Irã disse que sua decisão de elevar o enriquecimento ao nível mais alto de todos os tempos é uma reação a uma sabotagem israelense no domingo ao complexo de Natanz, instalação-chave no programa nuclear do país.
O Irã e potências globais estão reunidos em Viena para tentar ressuscitar um acordo nuclear de 2015 abandonado por Washington três anos atrás, um esforço possivelmente complicado pela decisão de Teerã de aumentar o enriquecimento de urânio.
Abbas Araqchi, principal negociador nuclear iraniano nas conversas vienense, disse no início desta semana que seu país ativará mil centrifugas avançadas em Natanz.
Uma autoridade iraniana disse que o "enriquecimento a 60% será em quantidade pequena".
O Ministério de Saúde confirmou mais 3.305 mortes por covid-19 e 85.774 novos casos da doença nesta 6ª feira (16.abr.2021). O país tem agora 13.832.455 infectados e 368.749 vítimas.
As autoridades informam que 12.298.863 pessoas se recuperaram e que 1.164.843 permanecem em acompanhamento.
A média de novas mortes confirmadas caiu pelo 4º dia seguido e está em 2.862. É o menor patamar desde a 5ª feira anterior (8.abr), quando a curva chegou a 2.820.
Já a curva de novos casos está em 65.612. Também registrou queda pelo 4º dia consecutivo.
A média móvel matiza variações abruptas, sobretudo porque aos finais de semana há menos servidores trabalhando na secretaria, o que reduz os registros dos casos. A curva é uma média do número de ocorrências confirmadas nos últimos 7 dias.
O Brasil tem 1.729 mortes por milhão de habitantes. Apenas o Maranhão tem taxa inferior a 1.000 mortos por milhão.
O Brasil é o 13º no ranking mundial. A República Tcheca, que lidera a lista, tem 2.640 vítimas por milhão.
Mais 701.200 doses de vacina contra COVID-19 chegaram em Minas Gerais, na tarde desta sexta-feira (16/04). São 426.000 da AstraZeneca e 275.200 da Coronavac. O carregamento foi armazenado na Central Estadual de Rede Frio de Minas Gerais, na Região Noroeste de Belo Horizonte. A remessa vai dar início à imunização da população entre 60 e 64 anos. O 13º lote também será usado para aplicar a primeira dose em trabalhadores da saúde, pessoas de 65 a 69 anos e profissionais das forças de segurança. Além disso, os imunizantes serão destinados para completar o esquema vacinal de mais grupos, com a segunda dose em trabalhadores da saúde e na população entre 65 e 69 anos. As vacinas vieram de caminhão, de São Paulo, serão distribuídas para as 28 Unidades Regionais de Saúde (URSs) do estado e depois chegarão aos municípios responsáveis pela campanha de imunização. A logística de envio ainda será divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
A Polícia Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal um relatório em que acusa o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de obstruir uma investigação que havia levado a uma apreensão recorde de madeira ilegal na região amazônica e de favorecer madeireiros e ainda de integrar uma organização criminosa envolvida num esquema de receptação e crimes ambientais.
O documento, uma notícia crime produzida pelo superintendente da PF no Amazonas, delegado Alexandre Saraiva, foi encaminhado ao STF para avaliar se abre uma investigação criminal contra Salles. O ministro tém foro privilegiado e só pode responder por crimes de natureza penal perante o Supremo.
Nas 38 páginas da notícia crime, o ministro do Meio Ambiente aparece como fazendo uma defesa dos madeireiros, desacreditando o teor das investigações da Operação Handroanthus, realizada em dezembro passado e que obteve uma apreensão recorde de madeiras. O relatório cita que ele chega a respaldar documentos supostamente fraudados de aquisição de madeira.
Segundo o documento, "resta patente" que Salles e outro acusado "de forma consciente e voluntária, e em unidade de desígnios", dificulta "a ação fiscalizadora do Poder Público no trato de questões ambientais, assim como patrocinam, direta, interesses privados (de madeireiros) e ilegítimos perante a administração pública, valendo-se de suas qualidades de funcionários públicos".
O relatório menciona ainda que ele integra, "na qualidade de braço forte do Estado, organização criminosa orquestrada por madeireiros alvos da Operação HANDROANTHUS - GLO com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais de crimes de receptação qualificada e crimes ambientais com caráter transnacional".
Procurado, o ministro do Meio Ambiente disse que não vai se manifestar.
A área ambiental do governo Jair Bolsonaro --no qual o país tem tido recordes de desmatamento-- tem sido alvo de críticas internacionais.
Os hospitais públicos na capital fluminense só têm estoque de medicamentos necessários à intubação de pacientes por mais três dias, afirmou na manhã desta sexta-feira, 16, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz. Para tentar evitar a falta dessas substâncias, essenciais para pacientes de covid-19, até os sedativos usados no Centro de Controle de Zoonoses da prefeitura foram recolhidos. Os insumos foram levados para o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari (zona norte), unidade de referência do município para o tratamento da doença. Esses sedativos podem ser aplicados também em humanos. As cirurgias eletivas veterinárias estão suspensas.
“Todos os hospitais (instalados no Rio) municipais, estaduais e federais têm um abastecimento (de medicamentos) para três dias, e a gente tem remanejado para toda a rede, para que não falte em nenhuma unidade e que a gente consiga manter um equilíbrio neste fornecimento”, disse Soranz. “Toda a rede SUS e a rede privada estão contribuindo para a manutenção desses insumos, que são estratégicos. O Ministério da saúde centralizou essa compra e tem distribuído por meio do governo do Estado, que é responsável por esta logística.”
Segundo o secretário, as cirurgias eletivas estão suspensas na cidade do Rio de Janeiro “e isso inclui as cirurgias no centro de veterinária”. “Não faz o menor sentido continuar consumindo itens essenciais para intubação e para a saúde humana nas unidades veterinárias”, afirmou ele. “Então, a gente está utilizando todo este material relativo a sedativos e a bloqueadores neuromusculares nas unidades que têm um alto atendimento de pessoas com covid ou outras doenças em que é necessária a intubação”, disse o secretário.
Em nota emitida à tarde, a Secretaria municipal de Saúde afirmou que recebeu uma remessa dos medicamentos do kit intubação na quinta-feira, 15. Os hospitais foram abastecidos. Há previsão de recebimento de novas remessas nos próximos dias, diz a pasta. A secretaria “trabalha com o remanejamento dos insumos entre as unidades”.
“O País todo está com muitas pessoas internadas, o que consome muito material e medicamentos. O Ministério da Saúde definiu que essa compra específica seria centralizada e está entregando de acordo com os leitos cadastrados. A Secretaria Municipal de Saúde e o Ministério da Saúde estão organizando o fluxo para que o abastecimento permaneça de modo continuado”, conclui a nota.
Também em nota, a secretaria de Saúde do Estado do Rio afirmou que entregou na quinta-feira, 15, medicamentos do “kit intubação” a 55 hospitais que atendem pacientes em tratamento de covid-19. Desses, 36 receberam anestésicos e bloqueadores musculares. Os insumos compõem o estoque de medicamentos para o período estimado de sete dias de atendimento. Esses estoques também são compostos por substâncias adquiridas pela gestão do próprio hospital e/ou município gestor, diz a pasta.
Soranz anunciou também que a prefeitura decidiu estender até o dia 27 algumas medidas restritivas para evitar aglomerações e tentar combater a disseminação do coronavírus.
Continua proibida a permanência na areia das praias. São permitidas na orla apenas atividades esportivas individuais ou coletivas. Estas não podem causar aglomeração. Boates não podem abrir. Festas e eventos seguem proibidos. Bares, lanchonetes e restaurantes podem funcionar até às 21h.
O funcionamento do comércio está mantido das 10h às 18h. Museus, bibliotecas, cinemas, teatros e parques podem ficar abertos das 12h às 21h.
A Polícia Civil prendeu dois homens pelo comércio ilegal de arma de fogo. A ação ocorreu na última quinta-feira (dia 15), em um estabelecimento comercial, no Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo.
Os agentes da Cerco (Central Especializada de Repressão à Crimes e Ocorrências Diversas), da 5ª Delegacia Seccional de Polícia, realizavam atividades para combater o crime organizado quando descobriram que integrantes de uma facção estariam prestes a comercializar armas de fogo para a prática de crimes diversos na Zona Leste da Capital e que a entrega do armamento iria acontecer em um bar na Zona Sul.
Os policiais foram até o local e, após monitoramento, prenderam dois homens dentro do estabelecimento, com uma sacola. Dentro dela foram encontrados um fuzil 556 e duas pistolas, calibres 9mm e .40, além de munições calibres 32 e 22. Todo o armamento foi apreendido para perícia.
Questionados, os suspeitos confessaram que as armas seriam vendidas. Além disso, foi constatado que um dos homens é o líder de uma organização criminosa, responsável por ordenar atentados contra a polícia.
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