U2 faz show marcante misturando som e imagem Banda irlandesa cita Dilma e massacre no Rio de Janeiro
Um show do U2 só pode dar errado se acabar a energia no estádio ou se o palco for atingido por um meteoro. Como nada disso aconteceu, você já pode imaginar o resultado.
Em seu show de estreia da turnê 360º, em São Paulo, neste sábado (9), a banda prometeu muito e entregou tudo numa apresentação que é quase o limite ao qual o rock pode chegar em seus sonhos de grandeza.
A noite começou com o Muse, grupo preferido de Stephenie Meyer, a criadora da saga Crepúsculo. A banda se esforçou, fez um bom show, mas boa parte do público não ligou muito. Afinal, todo mundo estava ali para ver o U2.
Mas o show dos ingleses serviu para mostrar de leve o potencial do palco, que lembra uma aranha gigantesca e permite ao público que chegou cedo ficar muito próximo dos artistas. A estrutura monstruosa tem um telão em 360º feito para criar um impacto visual impressionante.
A entrada do U2 foi precedida por Trem das Onze (de Adoniran Barbosa), uma homenagem aos paulistas. Em seguida, os músicos surgiram ao som de Space Oddity, clássico de David Bowie. A música de abertura foi Even Better Than the Real Thing, hit do disco Achtung Baby, de 1991. Ali o público já estava ganho, porque o U2 é um daqueles grupos que arrebanha seguidores no lugar de fãs.
Quer dizer, Bono e Cia. podem fazer qualquer coisa que todo mundo vai aplaudir de qualquer jeito. Mas nem por isso eles se acomodam.
Nos primeiros vinte e tantos minutos, toda a parafernália que acompanha a banda causa uma certa desconfiança. Dá a impressão de que estão querendo desviar o foco da música com passarelas que se movem e muitas luzes. Mas conforme as canções vão surgindo, fica claro que o telão meio que se transforma num quinto membro da banda, ajudando a potencializar o desfile de hits – e olha que ficou material importante de fora.
Em Mysterious Ways, o telão começa a mostrar sua cara com imagens se misturando com os músicos no palco. O impacto vai crescendo e chega ao grau máximo em Miss Sarajevo e City of Blinding Lights. O telão se expande e cria um espetáculo visual possivelmente jamais visto na história do rock. Era fácil ver muita gente boquiaberta com o que estava acontecendo ali na frente.
Em Mysterious Ways, o telão começa a mostrar sua cara com imagens se misturando com os músicos no palco. O impacto vai crescendo e chega ao grau máximo em Miss Sarajevo e City of Blinding Lights. O telão se expande e cria um espetáculo visual possivelmente jamais visto na história do rock. Era fácil ver muita gente boquiaberta com o que estava acontecendo ali na frente.
Em vários segmentos é difícil escolher para onde olhar: se para os músicos ou para o que acontece no vídeo, tamanha a qualidade do visual. Mas enquanto isso, tome hits para todo mundo cantar junto e aí vem Elevation,Beautiful Day, Vertigo, One. Do disco novo, No Line on the Horizon, vieram quatro músicas espalhadas entre as 25 tocadas.
É claro que a apresentação do grupo teve algumas presepadas que transformam o U2 na "Liga da Justiça" do rock. Várias citações à injustiça e desigualdade no mundo se fizeram presentes. Mas não seria o U2 se não fosse assim, certo? Um momento tocante mesmo foi aquele em que Bono lembrou as crianças mortas no massacre na escola do Rio de Janeiro e os nomes delas surgiram no telão.
No fim das contas, tirando toda a parafernália do palco, o U2 mostrou um bom show. Não foi perfeito, porque ficaram de fora hits que poderiam muito bem ter entrado no lugar de canções como I Will Follow, Miss Sarajevoe Hold Me, Thrill Me, Kiss Me, Kill Me. Faltaram no repertório, por exemplo, Stay, New Years Day e Desire.
É claro que a apresentação do grupo teve algumas presepadas que transformam o U2 na "Liga da Justiça" do rock. Várias citações à injustiça e desigualdade no mundo se fizeram presentes. Mas não seria o U2 se não fosse assim, certo? Um momento tocante mesmo foi aquele em que Bono lembrou as crianças mortas no massacre na escola do Rio de Janeiro e os nomes delas surgiram no telão.
No fim das contas, tirando toda a parafernália do palco, o U2 mostrou um bom show. Não foi perfeito, porque ficaram de fora hits que poderiam muito bem ter entrado no lugar de canções como I Will Follow, Miss Sarajevoe Hold Me, Thrill Me, Kiss Me, Kill Me. Faltaram no repertório, por exemplo, Stay, New Years Day e Desire.
O que também deixou a desejar foi um pouco mais de espontaneidade. O show é todo muito programado, longe de ser frio, mas um pouco mais de leveza e molecagem cairiam bem. Mas também estamos falando de jovens senhores beirando os 50 anos. Há que se dar um desconto.
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