GIRO DE NOTÍCIAS












Depois de tomar o controle do Afeganistão, vinte anos após o ataque de 11 de setembro, o Talibã vem dando demonstrações de poderio. Líderes fundamentalistas, que eram procurados ou tinham sido expulsos do país pelas forças ocidentais lideradas pelos Estados Unidos, voltaram a ser vistos em Cabul nos últimos dias. Neste sábado, como informaram representantes do grupo extremista, um dos cofundadores do Talibã, mulá Abdul Ghani Baradar, chegou à capital afegã para dar início ao processo de formação de um novo governo.




Essa é a primeira vez que um líder de alto escalão da milícia radical retorna ao país desde 2001, quando o Talibã foi expulso do poder pelos EUA após o ataque às Torres Gêmeas. Baradar entrou no país na última terça-feira, 17, vindo do Catar, mas havia optado por ir para a segunda maior cidade do país, Kandahar, berço historio do grupo fundamentalista. Baradar foi quem chefiou a equipe, do lado dos extremistas, que negociou o acordo de paz com o governo americano e o cessar-fogo com o antigo governo afegão. Preso em 2010 no Paquistão, ele foi solto em 2018 a pedido do então presidente Donald Trump para participar dessas negociações em Doha. 

Outro líder do Talibã que voltou a circular na capital esta semana foi Khalil Haqqani, um dos terroristas mais procurados pelos Estados Unidos e cuja a recompensa por encontrá-lo tinha sido fixada em 5 milhões de dólares. A mídia, controlada pelo organismo extremista, mostrou imagens de Haqqani encontrando-se com Gulbuddin Hekmatyar, um rival durante a Guerra Civil do princípio dos anos 1990, mas influente na política afegã.

Baradar, o cofundador do Talibã, segundo informações de representantes do grupo radical, chegou à capital afegã para iniciar conversas com outros dirigentes para formar um novo governo. A iniciativa acontece quase uma semana depois de combatentes do grupo fundamentalista tomarem o controle da capital sem qualquer resistência. Baradar se mantinha em Doha, no Catar, onde participou das negociações que resultaram na retirada americana do Afeganistão. Desde que os talibãs assumiram o poder e a segurança passou a estar ameaçada, milhares de pessoas desesperadas lotam o aeroporto de Cabul.

Esta semana o mundo presenciou imagens estarrecedoras como comandantes armados do grupo extremista sentados em volta da mesa do gabinete da Presidência na capital do Afeganistão. Representantes da milícia já informaram que pretendem preparar um novo modelo de governo para o país nas próximas semanas, com equipes distintas para lidar com questões financeiras e de segurança interna. A nova estrutura, de acordo com um porta-voz, não será uma democracia nos moldes ocidentais, mas “protegerá os direitos de todos”. Embora o Talibã tenha adotado um discurso mais moderado ao retornar ao poder, existem relatos de perseguições a jornalistas afegãos, pessoas que trabalham com as forças dos EUA e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).







A ex-presidente interina da Bolívia Jeanine Áñez tentou se matar na prisão neste sábado, devido à sua situação judicial, afirmou seu advogado Jorge Valda, acrescentando que ela envia com sua ação "uma mensagem de socorro".

"No dia de hoje, a ex-presidente tentou tirar a própria vida, no que, graças a Deus, fracassou", diz Valda em um vídeo enviado por sua equipe de colaboradores à AFP, depois que o governo informou que Jeanine havia se "autolesionado" em uma prisão de La Paz.









A ministra da Justiça italiana assinou neste sábado um pedido de extradição do Chile de três ex-militares chilenos condenados à prisão perpétua na Itália pelo assassinato de dois cidadãos italianos no âmbito do Plano Condor.

O pedido é feito depois que o supremo tribunal italiano condenou à prisão perpétua em julho o coronel Rafael Francisco Ahumada Valderrama, o suboficial Orlando Vásquez Moreno e o sargento Manuel Vásquez Chahuan, reformados. Os três foram condenados à revelia pelo assassinato e desaparecimento, em 1973, dos italianos Juan José Montiglio e Omar Venturelli durante o Plano Condor, executado pelas ditaduras do Cone Sul nas décadas de 1970 e 1980 contra opositores.

A ministra da Justiça, Marta Cartabia, assinou o pedido de prisão provisória e extradição dos acusados, que foi encaminhado à embaixada italiana em Santiago, confirmou a AFP.

Juan José Montiglio, conhecido como Aníbal, era um estudante de biologia de origem italiana que ingressou no chamado Gap, grupo de militantes que se encarregava da defesa pessoal do presidente socialista Salvador Allende, e foi um dos que permaneceram ao seu lado até a sua derrubada e morte, em 11 de setembro de 1973.

Após o bombardeio ao palácio presidencial de La Moneda e a morte de Allende, os soldados de Pinochet conduziram Montiglio a um quartel localizado nos arredores da cidade, fizeram com que ele cavasse sua própria sepultura, atiraram contra ele e lançaram uma granada, para garantir que seu corpo desapareceria. No entanto, um pequeno fragmento do corpo foi encontrado 44 anos depois e revelou a verdade sobre o preso desaparecido.

Omar Venturelli, filho de emigrantes italianos ordenado padre, liderou o povo mapuche na ocupação de terras e, por isso, foi suspenso pelo bispo Bernardino Piñera. Posteriormente, ingressou no movimento revolucionário, casou-se e se tornou professor da Universidade Católica de Temuco.

Venturelli desapareceu em 10 de outubro de 1973 e ficou estabelecido que ele estava na chamada caravana da morte organizada pelo general Sergio Arellano Stark, um dos mais cruéis e simbólicos repressores da ditadura chilena, que liderou uma das operações de extermínio mais brutais e morreu em 2016.

A investigação sobre o desaparecimento de italianos no Chile de Pinochet data de 1998. Vinte e três italianos que viviam no Chile, Bolívia, Peru e Uruguai foram assassinados no âmbito do Plano Condor.







Depois da Suíça e da França, a Alemanha anunciou que flexibilizará as regras para a entrada de brasileiros. A partir deste domingo, 22, todos os turistas vindos do país que já tomaram as duas doses da vacina contra a Covid-19 poderão entrar em solo alemão sem a necessidade de cumprir quarentena. A relação de imunizantes aceitos pelo governo alemão inclui os imunizantes aplicados no Brasil – Pfizer, AstraZeneca (incluindo Covishield, produzido na Índia e usado no Brasil) e Janssen –, com exceção da Coronavac. A expectativa é que em breve haja a inclusão da vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e produzida aqui pelo Instituto Butantan nessa lista, assim como a sua aprovação pela Agência Europeia de Medicamentos.

O Instituto Robert Koch (RKI), a agência governamental alemã para o controle e prevenção de doenças infecciosas, informou na sexta-feira, 20, que o Brasil terá seu extatus alterado de “área com variantes do vírus” para “área de alto risco de Covid-19”, a partir da zero hora deste domingo. Como outros países europeus já estabeleceram, os viajantes brasileiros só poderão entrar no país após terem recebido a segundo dose da vacina há pelo menos 14 dias.

O turista brasileiro completamente imunizado que desejar visitar a Alemanha terá que apresentar um comprovante de vacinação, que poderá ser o Certificado Covid Digital da União Europeia ou outro similar, como o gerado pelo aplicativo ConecteSUS. O documento (digital ou impresso) precisa estar em inglês, alemão, espanhol, francês ou italiano. Os visitantes ainda precisarão preencher um formulário sanitário digital, com informações pessoais e histórico de viagens.

A decisão da Alemanha de abrir as portas para os brasileiros imunizados vai de encontro com as medidas já adotadas por países como a Suíça, França, Islância, Catar e Bahamas, por exemplo. A expectativa é que na primeira semana de setembro o Canadá também se junte a essa relação.

A Alemanha soma 3,85 milhões de casos de Covid-19 e 91.963 mortes.








Opositores do passaporte sanitário e da vacinação obrigatória contra a Covid-19 voltaram a se manifestar na França neste sábado, embora a mobilização tenha perdido força pela segunda semana consecutiva.

Os protestos reuniram 175.503 pessoas na França, segundo o Ministério do Interior, frente a 214.845 na semana anterior, na qual já havia diminuído o número de participantes. O grupo militante Le Nombre Jaune contabilizou 388.843 participantes no último sábado, também abaixo dos 415.000 relatados na semana anterior.

O sexto fim de semana de mobilização transcorreu em um ambiente tranquilo. Vinte pessoas foram presas e um membro das forças de segurança ficou ferido, segundo o ministério.

O certificado sanitário, aprovado pela maioria dos franceses, é obrigatório em bares e restaurantes, em serviços médicos sob certas condições, em trens e em mais de 120 shoppings e lojas da região de Paris e do sul. O documento pode ser obtido com o esquema de vacinação completo, com um teste de antígenos ou se a doença foi superada nos últimos seis meses.

Em Paris, houve quatro manifestações, uma delas convocada por Florian Philippot, da extrema direita, ex-número 2 da Frente Nacional.

De acordo com o Ministério da Saúde francês, mais de sete em cada 10 pessoas receberam pelo menos uma dose de vacina e mais de seis em cada 10 estão totalmente imunizadas na França.






O Superior Tribunal de Justiça (STJ) expressou em nota neste sábado "preocupação" com o pedido de impeachment apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na peça encaminhada na véspera ao Senado, Bolsonaro afirma que Moraes teria cometido crime de responsabilidade ao tomar "medidas e decisões excepcionais", cometer "abusos" contra o presidente da República e coibir a liberdade de expressão.

Em nota, o STJ afirmou que, nos termos do artigo 2o da Constituição Federal, "os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário são independentes e harmônicos entre si", e que o "Poder Judiciário tem como função preponderante a jurisdicional, diretamente vinculada ao fortalecimento da democracia e do Estado de Direito".

"A convivência entre os Poderes exige aproximação e cooperação, atuando cada um nos limites de sua competência, obedecidos os preceitos estabelecidos em nossa Carta Magna."

Segundo o STJ, o Brasil constitui-se em um Estado de Direito, cujas decisões judiciais podem ser questionadas por meio de recursos próprios, observado o devido processo legal.

O pedido de impeachment foi feito após Moraes ter determinado, em julho, que a Polícia Federal retomasse investigação sobre suposta interferência de Bolsonaro no comando da corporação.

Depois, no início de agosto, Moraes acolheu notícia-crime encaminhada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o presidente por sua conduta ao atacar o sistema eleitoral brasileiro.

Neste sábado, ao comentar o assunto, Bolsonaro afirmou que o pedido de impeachment "não é revanche".








O Brasil registrou 585 novas mortes pela covid-19 neste sábado, 21. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 773, abaixo de 800 pela primeira vez desde 7 de janeiro, quando o indicador estava em 741.

Neste sábado, o número de novas infecções notificadas foi de 25.717. No total, o Brasil tem 574.243 mortos e 20.553.744 casos da doença.

Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, 19,43 milhões de pessoas estão recuperadas.

São Paulo registrou 172 novas mortes pela covid nas últimas 24 horas. Apenas o Rio de Janeiro também superou a marca dos 100 óbitos no período, com 114 novas vítimas. Acre e Rondônia não notificaram novas mortes pela covid neste sábado.

O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.

O Ministério da Saúde informou que foram registrados 28.388 novos casos e mais 698 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 20.556.487 pessoas infectadas e 574.209 óbitos. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.








A primeira sexta-feira após o fim das restrições de horários de funcionamento de estabelecimentos comerciais em São Paulo foi marcada por aglomerações em bares lotados.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram aglomeração de pessoas sem qualquer distanciamento entre elas, além da falta do uso de máscaras. As informações são do G1.

Um dos vídeos mostra um carro da Polícia Militar próximo a dos locais lotados, mas sem abordar as pessoas que estavam sem máscaras.

As medidas foram suspensas na última terça-feira, 17, pelo governador João Doria (PSDB),  mesmo com os indicadores da pandemia ainda fora de controle.

Estabelecimentos comerciais e serviços não têm mais limite de horário de funcionamento e nem de capacidade de ocupação de público.

Destacando o congestionamento de veículos na noite de ontem nas estradas que levam ao litoral e ao interior do estado.








A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga se a estudante de odontologia Nathiely da Silva do Nascimento, de 20 anos, presa em flagrante por se passar por médica, obteve ajuda de um ex-namorado para ter acesso ao Hospital Municipal Miguel Couto. Segundo as investigações, o médico em questão fazia plantões na unidade e pode ter facilitado a entrada da jovem.




Segundo a polícia, a suspeita sobre o médico foi levantada pela direção do próprio hospital. Segundo o relato, no último dia 15, a equipe recebeu “prints” das publicações realizadas por Nathiely nas redes sociais e a informação de que a estudante circulava pelo hospital. A direção passou a apurar o caso e descobriu que ela frequentava a unidade e que já manteve um relacionamento com um plantonista, cujo nome não foi divulgado.

Na quinta-feira, a diretora do hospital viu a jovem na unidade e decidiu abordá-la. Ao ser questionada, ela deu versões divergentes e, em seguida, a Polícia Militar foi acionada.

A mulher foi conduzida por policiais militares à delegacia e autuada por crime de uso de documento falso. Ela portava um crachá falso de estagiária, que era usado para entrar no hospital, um documento de auxiliar de saúde bucal, um carimbo, jaleco branco e um pijama hospitalar.

Nas redes sociais, Nathiely costumava para divulgar seu suposto trabalho como especialista em ortopedia no Hospital Municipal Miguel Couto e postava fotos com a guia, estetoscópio, carimbo e uma caneta em cima, sugerindo que estava clinicando.

Informações iniciais são de que Nathiely não fazia atendimentos na unidade e nem era contratada do hospital. Os investigadores, contudo, seguem investigando se ela chegou a atuar como falsa médica em alguma outra unidade.







Suspeito da autoria de 12 assassinatos em Belo Horizonte e Região Metropolitana, um homem de 31 anos foi preso pela Polícia Civil, na última quarta-feira (18/8). O fato foi revelado nesta quinta (19/8). A prisão foi efetuada quando os policiais investigavam o homicídio de um homem de 33 anos, ocorrido no último dia 19 de junho. A surpresa veio com a confirmação de que o suspeito era o mesmo de outros 11 crimes. Ele estava internado num hospital de Venda Nova.

Segundo a delegada Ingrid Estevam, a divisão de uma organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas no bairro Jardim Felicidade, na capital mineira, está sendo apontada como motivação para uma série de crimes ocorridos na região nos últimos meses.

Ela explica que o motivo teria sido o desentendimento do líder da facção com um dos aliados, o que resultou na divisão do grupo. “A vítima, de 33 anos, teria optado por ficar ao lado do líder original da organização criminosa, gerando descontentamento e ameaças por parte dos dissidentes.”

No dia do crime, segundo ela conta, dois homens se aproximaram numa moto e atiraram contra a vítima, em plena luz do dia. A vítima estava numa barbearia quando foi surpreendido e assassinado.

As investigações possibilitaram a identificação do homem de 31 anos, que já está preso, e outro de 25 anos, morto um mês depois do crime, como autores do homicídio.

A delegada Ingrid diz que o principal suspeito pelo homicídio do homem de 25 anos, seria o comparsa de 31 anos. “O objetivo dele é se tornar o maior líder na região. Sempre muito cruel com suas vítimas, mata durante o dia, querendo firmar seu nome na região. Como o comparsa era do mesmo nível, ele não queria concorrência.”

Sobre o conflito entre os grupos criminosos do bairro Jardim Felicidade, o chefe da Divisão Especializada em Investigação de Crimes Contra à Vida (DICCV), delegado Frederico Abelha reforça que “O DHPP tem trabalhado na identificação de lideranças do tráfico e monitorando essas tomadas de território que elas têm promovido, já que o objetivo é de um excluir o outro do seu território. Estamos atentos e monitorando essa situação”.

A delegada chefe do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Letícia Gamboge, diz que “as ações realizadas pelo DHPP, por meio da Divisão de Crimes Contra a Vida e da Delegacia Especializada de Homicídios de Venda Nova, entre 2020 e julho de 2021, têm sido bastante efetivas. Nós tivemos uma redução substancial no número de homicídios naquela região”.









Comentários

Postagens mais visitadas