COPA SANTANDER LIBERTADORES


SANTOS EMPATA E GARANTE VAGA NA DECISÃO

A final chegou! O Santos dominou no primeiro tempo e sofreu no segundo, mas conseguiu a vaga na decisao da Taça Libertadores no empate por 3 a 3 com o Cerro Porteño, na noite desta quarta-feira, no estádio General Pablo Rojas, conhecido como La Olla, em Assunção. O anfitrião, apoiado por 25 mil torcedores incansáveis, fez trapalhadas e até iludiu o Peixe. Mas reagiu na etapa final e tentou muito buscar uma vitória por dois gols de diferença. O time paulista impediu com sorte, competência e muita qualidade do goleiro Rafael.
Sorte e competência ao Santos
Talvez nem o mais otimista dos santistas pudesse prever um primeiro tempo como o desta quarta-feira. Um gol rápido, que esmoreceu o Cerro Porteño. Um gol de Zé Eduardo. Ele mesmo criticado nas últimas partidas, completou cruzamento de Elano e acabou com um jejum de 14 jogos: dez pela Taça Libertadores e quatro pelo Paulista.
A torcida azulgrana, que fez uma linda festa antes do início da partida, murchou. O otimismo paraguaio foi por terra logo aos dois minutos. Sorte do Santos. Superior tecnicamente, o time alvinegro passou a ter campo para jogar. O Cerro se abriu. Havia um enorme espaço entre os meias e a zaga da equipe de Assunção. Por ali, Danilo e Arouca circulavam livres.
Neymar, até então, não havia acertado lances. Trocava de posições com Zé Eduardo, mas ainda não havia conseguido uma jogada mais incisiva. O Cerro foi para o abafa. O técnico Leonardo Astrada mexeu com apenas dez minutos. Sacou Torres para a entrada do meia argentino Iturbe e lançou o time à frente.
De repente, um chutão. Edu Dracena mandou a bola para cima para afastar o perigo. Não tinha a menor intenção de armar alguma coisa. Só que ai, ela pingou a frente de Neymar. Antes do atacante alcançar, Pedro Benítez tocou de cabeça para o goleiro Barreto. Era só encaixar. O camisa 1, porém, numa espanada bisonha, mandou a bola para dentro de seu próprio gol. 2 a 0. Agora, o Cerro precisaria de quatro gols. E o goleiro foi anotado na súmula como o autor do tento.
A situação do Peixe era confortável. A do Cerro, desesperadora. Mas um sopro de esperança percorreu as lotadas arquibancadas da Olla Azulgrana quando Iturbe cobrou escanteio para César Benítez escorar de cabeça, sozinho. A zaga santista ficou olhando. Nesse momento, o estádio explodiu:
- Si, se puede (sim, é possível)!
Astrada, então, foi para o tudo ou nada. Tirou o volante Burgos e colocou o atacante Lucero. Uma mudança suicida. Abriu-se um imenso latifúndio atrás da linha média paraguaia. Foi nesse espaço vazio que Arouca arrancou livre para armar a jogada do terceiro gol, marcado por Neymar. Nesse momento, a vaga santista na final da Libertadores era questão de tempo, de 45 minutos e mais os acréscimos.

CERRO PORTEÑO-PAR 3 X 3 SANTOS
Barreto, Piris, Uglessich, Pedro Benítez e César Benítez; Cáceres, Júlio dos Santos, Burgos (Juan Lucero) e Ivan Torres (Iturbe); Fabbro e Bareiro (Nani)Rafael, Jonathan (Pará), Edu Dracena, Durval e Alex Sandro; Adriano, Arouca, Danilo e Elano (Possebon); Neymar e Zé Eduardo (Maikon Leite)
Técnico: Leonardo AstradaTécnico: Muricy Ramalho
Gols: Zé Eduardo, aos dois minutos, Barreto (contra), aos 27,  César Benítez, aos 31, e Neymar, aos 46 minutos do primeiro tempo. Juan Lucero, aos 15 minutos, e Fabbro, aos 36 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Iturbe, Uglessich (Cerro); Alex Sandro, Jonathan, Elano, Rafael e Edu Dracena (Santos)
Vermelho: Edu Dracena
Local: Estádio , General Pablo
Rojas em Assunção (PAR). Data: 1/6/2011. Árbitro: Wilmar Roldán
(COL). Auxiliares: Abrahan González e Eduardo Diaz (COL)





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