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A Itália registrou nesta segunda-feira, 13, o menor crescimento nos contágios pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) em termos percentuais desde que a pandemia começou a se disseminar pelo país, em 21 de fevereiro.

De acordo com balanço divulgado pela Defesa Civil, a Itália contabiliza agora 159.516 casos, crescimento de 2% em relação ao dia anterior. Até então, a menor taxa havia sido registrada em 7 de abril, com 2,3%. Já em termos absolutos, o aumento foi de 3.153 pessoas infectadas, menor valor também desde 7 de abril, com 3.039. Por outro lado, o país registrou 566 mortes nesta segunda-feira, 135 (+2,8%) a mais que no domingo, elevando o total de vítimas para 20.465.

A Itália também soma 35.435 curados, crescimento de 3,6%. Com isso, o número de casos ativos atingiu 103.616, alta de 1,3%. Desse total, 72.333 estão em isolamento domiciliar; 28.023 pacientes estão internados em quartos normais; e 3.260 seguem em UTIs. Esse é o décimo dia seguido de queda na quantidade de pacientes em terapia intensava.





De acordo com as autoridades sanitárias da Itália, o país já atingiu o "pico" da pandemia, mas este se apresenta na forma de um "platô", ou seja, a curva de contágios ainda levará um tempo para começar a cair.

"Há sinais positivos, mas o número de mortos ainda é elevado porque se refere a contágios precedentes", disse Giovanni Rezza, membro do comitê científico que assessora o governo no combate à pandemia.

O primeiro-ministro Giuseppe Conte já anunciou a extensão da quarentena até 3 de maio, mas algumas atividades comerciais, como livrarias e papelarias, podem reabrir as portas em 14 de abril, com exceção de determinadas regiões, como Lombardia e Piemonte.

Apesar disso, o ministro da Saúde, Roberto Speranza, afirmou no sábado (11) que a vida só deve voltar à normalidade completa quando houver uma vacina contra o novo coronavírus.











Não faz muito tempo, o presidente português disse que seu país era a Suécia do sul. Ainda que o popular Marcelo Rebelo de Sousa tenha se referido na época às conquistas diplomáticas, a definição poderia ser estendida hoje à luta contra o coronavírus. Portugal contorna a pandemia com um índice de casos por milhão de habitantes que é a metade do sueco. Embora o mundo continue boquiaberto olhando para o norte, britânicos, suíços, holandeses e alemães poderiam aprender alguma coisa mais ao sul, com o latino Portugal, onde o coronavírus avança sob controle.

O cordeirinho que ainda exibe cordão umbilical não sabe, mas nasceu com um estrela. Graças a estes tempos de calamidade, não acabará em alguma churrasqueira nesta Páscoa. “Foi parido esta manhã”, confirma o pastor Horácio. O animal quase não pode se manter de pé ao lado dos outros filhotes, alguns dias mais velhos que ele, todos indultados pelo coronavírus. “Hoje é este bicho e não há demanda, amanhã será a seca e não haverá pasto. Em 10 anos não haverá nada nem ninguém por aqui.” Horácio cria as ovelhas numa aldeia do Alentejo, uma região do tamanho da Catalunha onde o coronavírus não conseguiu matar. Um caso excepcional dentro do exemplo já excepcional que é Portugal.




Em 2 de março foram descobertos os primeiros casos positivos em Portugal, praticamente o último país infectado da Europa Ocidental, e por causa de importações da Itália e da Espanha. Embora a autoridade sanitária tivesse considerado a Covid-19 uma “gripe forte” dias antes, as previsões mais pessimistas apontavam para um milhão de contagiados, 10% da população do país. Quarenta dias depois, existem apenas 16.000 casos e 470 mortes. Numa guerra sem fim, os profissionais de saúde portugueses abrem mão das medalhas. “Não somos melhores que os italianos nem que os espanhóis”, afirma o pneumologista Filipe Froes. “São etapas diferentes. Estamos três semanas atrás da Itália e uma ou duas atrás da Espanha. É cedo para avaliar Portugal.”

Até agora, os dados portugueses são muito mais encorajadores que os da França, Reino Unido, Alemanha, Holanda, Bélgica e Suíça, estereótipos da suposta eficácia, disciplina e racionalidade do norte da Europa.

“Todos os países aplicam as mesmas medidas, mas nós tivemos mais tempo de prepará-las”, diz Froes. “No início, a atividade do vírus foi mais brusca na Itália e na Espanha, agindo em mais focos geográficos e em instituições sensíveis, como hospitais e lares de idosos.”

Em 13 de março, o primeiro-ministro português, António Costa, decretou o estado de alerta e o fechamento dos colégios. Tomou a medida ao mesmo tempo em que a Espanha, com a diferença de que esta registrava 6.000 contágios e 132 mortos, e Portugal apenas 112 positivos, nenhum mortal. Naquele mesmo dia, foi detectado o primeiro caso de contágio local, um dado importante para frear a expansão do vírus, segundo a epidemiologista Inês Fronteira. Do primeiro caso importado ao primeiro entre locais, 11 dias haviam passado, ao contrário da Itália e da Espanha, que demoraram 23 e 28 dias, respectivamente, para localizá-los. Um estudo da professora de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa indica que a reprodução do vírus em Portugal, nos primeiros 25 dias da epidemia, foi por isso a mais baixa da Europa, inclusive inferior às cifras da Coreia do Sul e da China.

Apesar da cautela dos especialistas portugueses, faz uma semana que os contágios duplicam a cada oito ou nove dias. “É verdade”, reconhece o pneumologista Froes, “que na fase de desenvolvimento do contágio ativamos a rede de atenção primária. Com isso, conseguimos uma resposta domiciliar ao paciente para seguir o tratamento em casa e uma melhor resposta ao doente grave nos hospitais”. Hoje, 82% dos contagiados continuam a recuperação em seus domicílios.

Os hospitais estão longe do colapso, e os de campanha nem foram capacitados. João Mota, chefe de proteção civil de Grândola, transformou um espaço de feiras num hospital temporário. “No momento ele não é necessário [há quatro casos na localidade], mas está preparado para que outros hospitais transfiram para cá pacientes com doenças não contagiosas”, afirma. Os 233 internados nas UTIs do país utilizam seis ventiladores por cabeça, e nesta semana chegarão outros tantos para completar um total nacional de 3.000 aparelhos.

A epidemia se concentra na Grande Lisboa e na região do Porto, com 90% dos casos positivos. No extremo oposto está a terra de Horácio, o Alentejo, com 0,5%. Com 33% da superfície do país continental, a região tem apenas 23 habitantes por quilômetro quadrado, como na Suécia. “A densidade populacional é um fator fundamental numa expansão epidemiológica”, diz a demógrafa Maria Filomena Mendes, da Universidade de Évora.

O coronavírus, longe de distanciar instituições e partidos, aproximou-os. O presidente, Rebelo de Sousa (Partido Social-Democrata, PSD), e o primeiro-ministro, Costa (Partido Socialista, PS), se complementam e publicamente escondem suas discrepâncias. Não há provas de que a unidade institucional cure epidemias, mas sim de que as brigas políticas estimulam o mal-estar da sociedade. Nas redes sociais portuguesas, é impossível encontrar vídeos de cidadãos insultando ou raivosos (tampouco engraçados). Nas ruas, a polícia não controla, “sensibiliza”; não multa, “recomenda”. Em abril, somente deteve – no sentido mais leve do termo – 74 pessoas por violar o confinamento. Empresas e lojas permanecem abertas – com a exceção de bares e restaurantes – enquanto o presidente já anuncia que o estado de emergência continuará até maio.

Seja pelos médicos, pelos políticos ou pelo povo, Portugal está lidando com a situação melhor do que muitos países, embora ela não seja a ideal. Faltam testes, máscaras e gel desinfetante. Os planos de prevenção se esqueceram dos lares de idosos, como reconhece o pneumologista Froes. “Tínhamos que ter sido mais rigorosos na avaliação do risco nessas instituições.”

Aos 70 anos, o pastor Horácio não tem medo do coronavírus. “Lutei na guerra de Moçambique, depois fui a Angola, depois ao Iraque... Se ele vier, aqui estamos. Você acha que o vírus se lembrará de nós?”.










Segundo país do mundo com o maior número de casos de coronavírus depois dos Estados Unidos, a Espanha autoriza a partir desta segunda-feira (13) uma retomada parcial do trabalho. Enquanto muitos governos mantêm as medidas rigorosas de confinamento da população, a fim de diminuir a taxa de mortes diárias, Madri permitirá aos espanhóis retomarem, em certa medida, o caminho para as fábricas, canteiros de obras e escritórios.

"Estamos longe da vitória, enquanto tentamos encontrar essa normalidade em nossas vidas", disse o chefe do governo espanhol, Pedro Sanchez, no domingo (12).

A volta parcial ao trabalho é uma tentativa de retomar a economia do país, ainda bastante fragilizada pela Covid-19 e acontece após o fim de duas semanas de paralisação de todas as atividades não essências no país.  

Contudo, barreiras sanitárias para evitar um novo aumento do número de contágios serão mantidas, como a distribuição de dez milhões de máscaras para pessoas que farão uso do transporte público. O material está sendo entregue pela polícia espanhola em estações de metrô.

O primeiro contágio do novo coronavírus na Espanha foi confirmado em 31 de janeiro, mas somente em março houve uma multiplicação exponencial de doentes. A comunidade autônoma de Madri, onde se encontra a capital espanhola, é a região mais afetada, seguida pela Catalunha.





A volta das atividades profissionais que está em andamento também na China, após o levantamento das medidas de isolamento na região de Wuhan, onde a pandemia começou em dezembro passado, está longe de estar na agenda de muitos outros países.

A Europa continua sendo o continente mais afetado pela pandemia, com mais de 75.011 mortes e 909.673 casos de contaminação.

Na França, o presidente Emmanuel Macron deverá anunciar na noite desta segunda-feira (13) uma extensão do confinamento da população. Neste domingo (12), o país observou uma ligeira diminuição no número de pacientes em terapia intensiva pelo quarto dia consecutivo, bem como no número de mortes em um dia no hospital (310 mortos contra, 345 no dia anterior), para um total de 14.393 casos fatais.

Em todo o mundo, a Covid-19 já matou mais de 112.500 pessoas, desde dezembro de 2019.

Os Estados Unidos continuam sendo o país mais afetado, com pelo menos 22.020 mortes e mais de 555.000 casos confirmados. Porém, o número diário de mortos vem mostrando sinais de queda há vários dias em alguns dos países mais afetados como Itália, França e Estados Unidos.

A Itália teve no domingo o seu dia com menor número de mortes em mais de três semanas. Foram 431 em 24 horas, num total de quase 20.000 mortes no país. Desde 19 de março, o número diário ultrapassou sistematicamente a marca de 500 mortos.

A pandemia também parece estar chegando ao seu pico nos Estados Unidos, onde 1.514 novas mortes foram registradas em 24 horas, um número em declínio pelo segundo dia consecutivo.













O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta segunda-feira confiar que os Estados Unidos continuarão a financiar a agência que lidera a resposta global à pandemia de Covid-19, apesar de críticas recentes do presidente norte-americano, Donald Trump.


O diretor-geral da OMS também disse que os países da Europa que consideram levantar as medidas de isolamento social devem ser orientados pela necessidade de proteger a saúde humana, acrescentando: "As medidas de restrição devem ser levantadas lentamente e com controle".





Tedros, perguntado por um jornalista norte-americano sobre relatos de que Trump pode cortar o financiamento nesta semana, disse que conversou com o líder norte-americano há duas semanas.

"O que sei é que ele é favorável e espero que o financiamento à OMS continue. O relacionamento que temos é muito bom e esperamos que isso continue".












A China registrou 108 novos casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2) nas últimas 24 horas, sendo que 98 deles são de pessoas com histórico de viagem recente ao exterior ou recém-chegados de outros países, informou ao Comissão Sanitária Nacional nesta segunda-feira, 13. Já nos casos domésticos, dos 10 registrados, sete estão na província de Heilongjiang e três em Guangdong.

Com isso, há 1.378 casos importados registrados na China, dos quais 511 já se curaram, 867 ainda estão hospitalizados - e desses, 38 estão graves. A Comissão ainda informou que há 61 novos casos assintomáticos sendo monitorados, totalizando 1.064, dos quais 307 vieram do exterior, e que duas novas vítimas foram registradas na província de Hubei, o epicentro do novo coronavírus no território.





As autoridades, no entanto, têm manifestado preocupação com a quantidade de casos que vem sendo registrados na província de Heilongjiang, que fica na fronteira com a Rússia. Além dos sete casos de contaminação comunitária, dos 98 novos casos importados, 56 foram registrados no local - e desses, 49 informaram que retornaram da Rússia recentemente.

Por conta do avanço da covid-19 na região, medidas de isolamento foram reforçadas desde a última semana e Heilongjiang vem sendo considerada o novo epicentro da doença. Desde o início da pandemia, o país contabiliza 82.160 contaminados, dos quais ainda 1.156 ainda encontram-se em tratamento, 77.663 se curaram e 3.341 faleceram.












O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta segunda-feira (13) que as medidas de isolamento social mais restritivas contra o novo coronavírus continuarão em vigor até 11 de maio, ao menos. O país está em quarentena praticamente completa desde 16 de março.

Em pronunciamento, Macron disse que 11 de maio marcará o primeiro passo da reabertura do país, com a reabertura progressiva de creches e escolas. Ele ainda admitiu que precisará reforçar os testes para a Covid-19.





O anúncio do presidente francês foi feito no mesmo dia em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) determinou critérios para relaxar as medidas de isolamento contra o novo coronavírus

Macron também pediu que empresas de seguros trabalhem para garantir a sobrevivência dos negócios na França. O presidente francês ainda afirmou que vai trabalhar em um plano específico para os setores mais afetados pela pandemia, como turismo, hotelaria e entretenimento.

Dados da Universidade Johns Hopkins mostram que a França registra mais de 137 mil casos confirmados do novo coronavírus. O número de mortos pela Covid-19 no país passa de 14 mil.












A segunda-feira amanheceu com a notícia do falecimento de Moraes Moreira, cantor e compositor, aos 72 anos. De acordo com familiares de um dos mais importantes músicos brasileiros, o novo baiano morreu em sua casa na Gávea, no Rio de Janeiro, onde morava sozinho. A família diz que Moreira “estava bem” e que foi achado já morto. Horas mais tarde, a assessoria do artista confirmou que ele sofreu um infarto agudo do miocárdio.

Antônio Carlos Moreira Pires nasceu “muito desgraçadinho”, como costumava dizer, com crises de asma, em Ituaçu, na Chapada Diamantina da Bahia. Ali, aos 13 anos, começou a tocar sanfona nas festas de São João. Ainda na adolescência, aprendeu a tocar violão. Foi para Salvador prestar vestibular para medicina, mas desistiu ao conhecer Tom Zé em um seminário de música. Anos depois, formaria com Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Luiz Galvão e Paulinho Boca de Cantor os Novos Baianos, grupo que marcou o Brasil de 1969 a 1975 e cujas canções eternizaram-se nas gerações posteriores. O amigo Paulinho foi um dos que, muito emocionado, confirmou a morte do artista.

Moreira, que em recente entrevista ao jornal O Globo afirmou que as músicas dos Novos Baianos tinham sido compostas “na base do LSD”, deixou o grupo em 1975, lançando mais de 20 discos em carreira solo. Disse que a decisão foi em prol dos filhos Davi e Ciça que vivam com ele sua mulher, Marília, no sítio da banda. “Como aqueles meninos iam se alimentar se os caras tomavam o leite deles no mingau da larica?”, dizia.

Ao lado de Luiz Galvão, Moreira compôs a maioria das canções do grupo, responsável por um dos álbuns mais icônicos da música brasileira, Acabou Chorare, de 1972.

Sempre enérgico e versátil, o cantor e compositor foi o primeiro artista a cantar em trio elétrico no Carnaval de Salvador, junto ao Trio Elétrico Armandinho, Dodô & Osmar. A partir daí, seus frevos trieletrizados, como ele denominava, passaram a ser marca registrada da festa baiana. Em 2017, ao completar 70 anos, ele foi homenageado pelo carnaval soteropolitano. O trio teve um problema técnico na embreagem e atrasou bastante a saída no circuito. O público, no entanto, manteve-se fiel, esperando-o e seguindo-o durante todo o percurso.

“Nossas canções resistiram a tudo e a todos, dando mostras de que vieram para ficar. Passada a euforia dos sucessos imediatos, elas ressurgem gloriosas, no gogó dos foliões, inteiras e renovadas pela juventude. Reforçam assim um conceito que tenho: um bom Carnaval se faz com passado, presente e futuro”, celebrou Moreira naquele ano.

Ativo até o final, Moraes Moreira estreou no final do ano passado o show Elogio à inveja, em que interpretava canções que gostaria de ter feito. Quem há de dizer, de Lupicínio Rodrigues, Gente humilde, de Vinicius de Moraes, Chico Buarque e Garoto, e Aos pés da cruz, de Orlando Silva faziam parte do repertório.

Em quarentena desde março, devido à pandemia de Covid-19, Moreira estava recluso em casa, compondo e escrevendo. Uma das obras recentes foi um cordel de esconjuro ao coronavírus: “Eu temo o coronavírus / E zelo por minha vida / Mas tenho medo de tiros / Também de bala perdida, / A nossa fé é a vacina / O professor que me ensina / É a minha própria lida”.













Um vídeo que mostra fortes ondas da ressaca do mar atingindo as praias de Mongaguá, no litoral de São Paulo, viralizou nas redes sociais. Nas imagens gravadas na sexta-feira (9), dois homens aparecem conversando em frente a um portão, ao fundo pessoas andam de bicicletas no calçadão. Todos são atingidos pela força da água.






Uma das pessoas que aparecem no vídeo é o frentista Herwenton Camargo Martins, de 33 anos. Ele estava passando pela avenida Mário Covas Junior de bicicleta, com a filha de cinco anos, quando foram atingidos por uma das ondas.

Herwenton conta que saiu com a filha para tirar fotos do mar agitado e que estavam voltando para casa no momento em que a ressaca ficou mais perigosa. Ele também estava com um amigo, que passa de bicicleta na frente nas imagens.

De acordo com Herwenton, ele só percebeu a onda quando já era tarde demais. Ele usou os pés de apoio para segurar a bicicleta e evitar que o impacto da água levasse a filha, que estava presa na cadeirinha.

Apesar do susto, pai e filha não se machucaram. No entanto, o receio de Herwenton é que o episódio tenha traumatizado a filha, Sophia. “Eu gosto de surfar e aproveitava os dias de folga para ensinar a minha filha. Ela tinha um pouco de receio do mar, mas agora acho que está aterrorizada.”













Depois de cogitar, na última quinta-feira, 9, o uso da Polícia Militar para garantir o isolamento social no Estado de São Paulo, o governador João Doria (PSDB) disse nesta segunda-feira, 13, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, que serão agentes da Vigilância Sanitária que devem começar a visitar comércios e outros estabelecimentos não essenciais que insistem em ficar abertos em meio à quarententa contra o novo coronavirus. O que a PM fará é dar apoio a esses agentes.

Doria havia recebido críticas de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro após o anúncio da medida, classificada como autoritária, e chegou a ser alvo de um protesto na Avenida Paulista neste fim de semana. O governador disse que as críticas vinham de "pequenos grupos" e afirmou que não está "preocupado" com essas manifestações, "que têm espírito político". "A elas, o meu distanciamento. Prefiro ficar com a medicina", disse Doria.





Serão 200 agentes de vigilância sanitária, que irão a locais já mapeados pelo Sistema de Monitoramento Inteligente (Simi), do governo estadual, que está listando os locais através de denúncias. Os agentes, segundo Doria, também irão orientar pessoas aglomeradas em locais públicos -- mas sem o estabelecimento de multa ou outras punições. Na capital paulista, epicentro da doença, a vigilância sanitária municipal reforçará a ação, e o Estado espera o mesmo dos demais municípios.

Doria disse que não comentaria entendimento da Procuradoria Geral da República e da Advocacia Geral da União de que caberia ao presidente da República decisões sobre o isolamento, não a governadores. Entretanto, afirmou que, no Brasil, são os Estados que coordenam, regionalmente, as ações de educação, saúde e segurança. "As incidências dos vírus não são iguais em todos os Estados", disse o governador, ao pedir manutenção do respeito ao pacto federativo.

O governador classificou como "boa notícia" o índice de isolamento social no Estado ter atingido 59% no úlitmo domingo, 12, dia de Páscoa. O governador, o secretário da Saúde, José Henrique Germann, e o infectologista David Uip, que coordena o Centro de Contigência do Covid-19 em São Paulo, viram uma evolução no dado em relação a índices da semana passada (na quinta-feira, o índice foi de 47%, e foi subindo gradualmente até domingo).

"É um índice extremamente importante no mund democrático", disse Uip. Entretanto, o dado considerado ideal pelo próprio governo é uma taxa de 70% de isolamento no Estado, dado que ainda não foi atingido desde que esse monitoramento, feito a partir de informações de antenas das operadoras de celular, passou a ser feito, há duas semanas.

A taxa ideal, segundo o governo, seria de 70% de pessoas isoladas em casa. Esse é o índice, segundo os técnicos, que é capaz de retardar o avanço da Covid-19 de forma a impedir o colapso do sistema de saúde, o que pode acarretar em um aumento expressivo do número de mortes.

Uip, entretanto, afirmou que uma coisa seria comemorar o índice, mas outra é manter o alerta para a gravidade dos dados. Em São Paulo, nesta segunda, há 836 pessoas internadas em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) por causa do coronavírus.

"Foi uma boa resposta da população e eu tenho convicção de que a maioria dos brasileiros de São Paulo é a favor" das medidas de isolamento social, disse o governador.










A rede estadual de Saúde do Rio já tem 70% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ocupados por pacientes infectados pelo novo coronavírus. Enquanto os hospitais de campanha do Estado não são inaugurados, há disponíveis, atualmente, apenas 217 leitos.

No caso dos leitos de enfermaria, a ocupação pelas vítimas da Covid-19 é de quase metade da rede: 49%. 

O governo estadual já anunciou a construção de oito hospitais de campanha para tratar os infectados. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, 548 leitos foram destinados aos contaminados neste contexto de pandemia. Ao todo, diz a pasta, serão disponibilizados cerca de 3.4 mil, sendo 2 mil nos novos hospitais.

Há ainda o hospital de campanha do Riocentro, na zona oeste, concebido pela Prefeitura. Serão 500 leitos nessa unidade.




Até este domingo, 12, o Rio já tinha registrado 2.855 casos da doença, com 170 mortos. Aos poucos, as vítimas começam a aparecer com maior frequência em municípios pobres da Região Metropolitana, como os da Baixada Fluminense, e em bairros mais humildes da capital.

O medo de haver um colapso na rede é uma das grandes preocupações das autoridades. No caso do Rio, o governador Wilson Witzel e o secretário Edmar Santos têm reforçado que o momento é de ficar em casa, saindo apenas em situações inevitáveis.

Nas últimas duas semanas, contudo, é perceptível nas ruas da capital fluminense um aumento na circulação de pessoas. Filas têm sido formadas nas agências bancárias, por exemplo, que funcionam em horário reduzido.

A orla também tem ficado cheia de pessoas que praticam atividades como caminhada, corrida e pedalada - o que não é proibido pelas autoridades e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). As areias das praias, no entanto, estão com acesso proibido. Policiais percorrem a orla à procura de quem desobedece a determinação.













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